A UNEB realizou hoje (13) as provas do concurso público para técnicos e analistas universitários da instituição, atendendo demanda histórica da comunidade acadêmica e da sociedade.
O certame aconteceu nos dois turnos: matutino (para técnicos, requer ensino médio) e vespertino (para analistas, exige ensino superior).
Segundo a comissão de acompanhamento do concurso, 3.576 candidatos fizeram as provas nos dois turnos. A abstenção ficou em 38,78% do total de inscritos.
A reitora da UNEB, Adriana Marmori, esteve no Colégio Estadual Luís Viana Filho, no bairro de Brotas, para acompanhar a realização das provas.
“Esse concurso é uma demanda histórica apontada pelos técnicos administrativos da nossa universidade e por toda a comunidade acadêmica. Reitero a importância do apoio do governo do estado na luta para ampliarmos nosso quadro de servidores e servidoras. Hoje, após quase 15 anos, o concurso é uma realidade. Ainda em 2024 teremos um quadro de servidores e servidoras renovado, já ocupando seus postos de trabalho”, celebrou a reitora.
A pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (PGDP), Rosângela Matos, e a presidente da comissão do concurso, Anhamoná Brito, estiveram com a reitora durante a visita.
“Hoje é um grande dia para a UNEB. Esse concurso vem para recomposição do nosso quadro técnico administrativo, em atendimento a uma enorme demanda da comunidade acadêmica e da sociedade. Desejo êxito e qualificação nessa nova etapa da nossa universidade”, ressaltou Rosângela Matos.
Anhamoná Brito destacou que “estamos realizando esse concurso de maneira célere, mas também responsável, de modo a garantir que as necessidades da universidade, nos 32 departamentos, sejam acolhidas, consolidando ainda mais a qualidade do serviço público prestado ao povo baiano”.
As provas aconteceram em quatro locais, em Salvador, e contou com a atuação de uma ampla equipe de colaboradores.
De acordo com a comissão, 130 candidatos fizeram pedidos de condições especiais para realização das provas – como salas de fácil acesso, ledores, transcritores, intérpretes de libras, apoio a candidatas lactantes, entre outras –, garantindo a qualidade inclusiva do certame.
As provas correram em clima de tranquilidade e organização, sem maiores incidentes nos dois turnos de aplicação. “Tivemos apenas um caso de candidato atrasado que não conseguiu ingressar. A comissão de acompanhamento manteve plantão no campus da UNEB (bairro do Cabula) durante todo o dia, de maneira a contribuir com o saneamento de eventual necessidade”, contou a presidente da comissão.
Também membro da comissão de acompanhamento, Fernando Carvalho destacou o trabalho democrático desempenhado pela comissão e pela Reitoria da UNEB: “Houve um amplo movimento de escuta, para que todos os departamentos da universidade pudessem apresentar suas demandas e ter suas necessidades representadas no edital do concurso”.
O concurso está ofertando 34 vagas para técnicos universitários (nível médio) e 34 para analistas universitários (nível superior), para suprir postos de trabalho em todos os departamentos/campi da UNEB na capital e interior do estado e também na administração central da instituição.
Além dessas vagas de convocação imediata, o concurso vai constituir um cadastro reserva de candidatos classificados e não convocados, os quais poderão ser convocados a qualquer momento, assim que houver a aprovação de novas vagas.
Os gabaritos das provas serão liberados nesta segunda-feira (14) e o resultado final do certame será divulgado em 14 de novembro.
Texto: Wânia Dias/Ascom. Fotos: Jean Gomes/Ascom e divulgação.
O Campus XVIII da UNEB, em Eunápolis, ganhou sua sede própria.
Essa demanda histórica da comunidade acadêmica local começa a ser conquistada, em uma articulação entre a Reitoria, a direção do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) da campus e o governo do estado.
Foi publicado ontem (2) no Diário Oficial do Estado (DOE-BA) resumo de termo de cessão de imóvel em que o governo, com meio das secretarias estaduais de Administração (Saeb) e da Educação (SEC), faz a cessão de uso do prédio onde funcionava o Colégio Professor Fernando Alban, localizado no município, para implantação da sede própria do Campus XVIII da UNEB.
Reitora Adriana Marmori: agilizar obras, para entrega do imóvel em 2025.1.
O processo teve início no ano passado, com solicitação da reitora Adriana Marmori.
“Estamos muito felizes porque começamos a atender essa demanda histórica da comunidade de Eunápolis. Nossa gestão não medirá esforços para agilizar as obras de reforma e adequação no prédio, ouvindo as necessidades da comunidade acadêmica. Esperamos entregar a nova sede própria do Campus XVIII para as atividades do próximo semestre letivo”, comemorou a reitora, agradecendo ao governo e secretários de estado pelo atendimento do seu pleito.
O pró-reitor de Administração (Proad), João Rocha, informou que já deslocou uma equipe para Eunápolis para efetuar levantamento das condições do imóvel e das necessidades da comunidade acadêmica, visando preparar o edital de licitação para as obras.
“Vamos publicar o edital de licitação o mais breve possível. As obras de reforma e adequação vão atender as necessidades da comunidade, tanto nas áreas de ensino, pesquisa e extensão quanto de inovação”, afirmou o pró-reitor.
João Rocha (Proad) e Charles Nascimento (DCHT) (à esq.): equipes já trabalhando.
O Campus XVIII funciona, há muitos anos, em espaço cedido por uma grande empresa privada instalada no município. O espaço, contudo, já não atende com qualidade as necessidades da comunidade acadêmica do departamento.
O diretor do DCHT, Charles Nascimento, ratifica o grande contentamento que a comunidade acadêmica está sentindo com a conquista do novo imóvel.
“A nossa mais antiga servidora, Glória Venturoti, coordenadora da Secretaria Acadêmica, disse: ‘Eu tenho só 25 anos esperando essa sede própria‘. Nosso coordenador de informática, Pierre, falou que estamos fazendo parte da história da UNEB. Docentes, alunas e alunos, bem como todos aqueles envolvidos em nosso departamento estão felizes e confiantes em um futuro de expansão e consolidação da UNEB em Eunápolis como a mais importante instituição de ensino superior deste território”, enfatizou Charles Nascimento.
O diretor fez questão para “agradecer a todos e todas que se empenharam, no passado e no presente, para realização desse sonho da sede própria, em especial o ex-diretor do departamento Wilson Araújo, a reitora Adriana Marmori, a vice-reitora Dayse Lago, a todos os pró-reitores, em especial ao pró-reitor João Rocha (Proad), e ao chefe de gabinete da Reitoria, Pedro Daniel, também ex-diretor de nosso campus”.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Imagem: Anderson Freire/Ascom. Fotos: Acervo internet.
O Programa Universidade para Todos (UPT UNEB), por meio do Polo de Camaçari e extensões, realizou o Seminário Escolha Profissional: desafios, dilemas e expectativas no último dia 21 de setembro, na Escola Municipal Madre Diamantina, em Dias D’ávila.
O evento contou com a participação de 400 pessoas e reservou atividades diversas como palestra, mesa-redonda, rodas de conversas, relatos de experiências e atividades culturais.
Segundo Simone Wanderley, coordenadora geral do UPT UNEB, iniciativas como essa são de suma importância para fortalecer os cursistas no momento da escolha profissional.
Jaqueline, Sérgio Henrique e Simone participaram da programação do evento.
“A escolha de uma profissão coincide com um período da vida do indivíduo de transição, marcado por intensas crises e mudanças que é a adolescência. Assim, ao pensar na escolha, e consequentemente no vestibular, a maioria dos jovens demonstra sentimentos que vão desde uma simples preocupação até intensa ansiedade e pavor. Por isso eventos dessa natureza são essenciais nesta etapa da trajetória dos cursistas”, explicou Simone.
Participaram da atividade o diretor do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus de Camaçari, Sérgio Henrique da Conceição, a coordenadora financeira do UPT UNEB, Jaqueline Machado, além de docentes do departamento, monitores e professores especialistas do programa.
A atividade integra uma série de ações realizadas pelos polos do UPT UNEB, em toda a Bahia, com o objetivo de qualificar o percurso formativo dos cursistas com leveza e ludicidade.
Acompanhem o IG @oficialuptuneb e saiba mais sobre as iniciativas do programa.
O Programa Universidade para Todos (UPT/UNEB 2024), coordenado pela Secretaria estadual da Educação (SEC – BA), realiza Aulão Especial de Literatura, neste sábado (14), às 9h, no Teatro UNEB, no bairro do Cabula, em Salvador. A atividade contará com transmissão ao vivo, pelo Canal oficial do programa no YouTube.
O evento reserva um bate-papo com o escritor, ensaísta e professor Gildeci Leite, autor do livro A Casa do Mistério ou A Casa do Renascimento, que figura entre as obras literárias sugeridas no Vestibular UNEB 2025.
As monitoras da vez serão Michele Regina e Gleissia Santos, com orientação da professora especialista da área Carla Severiano.
O evento, que será aberto ao público, contará ainda com atividades artísticas, sorteios e dinâmicas.
Palestrantes do evento foram apresentados pela reitora Adriana Marmori na sede do Cepaia/UNEB.
A UNEB avançou mais uma vez em sua política institucional de internacionalização.
Na tarde dessa segunda-feira (2), a universidade lançou o projeto Gestão Universitária: Diálogos Sul-Sul, uma iniciativa da Reitoria e Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), na sede do Centro de Estudos dos Povos Afro-Indígenas Americanos (Cepaia), no centro histórico de Salvador.
Reitora Adriana Marmori: integração entre universidades brasileiras e africanas.
Com mediação da reitora Adriana Marmori, a palestra reuniu reitores e pró-reitores de várias universidades estaduais e federais da Bahia, representantes de órgãos públicos do estado, docentes e discentes africanos. Da UNEB, prestigiaram também o evento a vice-reitora Dayse Lago, o secretário especial Elizeu Clementino (Serint), a diretora do Cepaia, Lilian Encarnação, e outros gestores, além de professores, estudantes e técnicos de diferentes campi. O encontro teve transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.
“Este é um momento muito relevante para a UNEB, por estarmos reunindo aqui em nossa casa importantes universidades estaduais e federais e a UniLuanda, de Angola, para refletirmos sobre formas de aproximação e integração entre nossas instituições e as africanas. Refletirmos sobre como valorizar e aprofundar as relações acadêmicas, científicas, culturais e epistemológicas nessa cooperação Sul-Sul”, destacou a reitora Adriana Marmori.
Lembrando o pioneirismo da UNEB na implantação do sistema de cotas para negros em 2002, a reitora salientou que “temos esse compromisso assumido há mais de 20 anos e esse debate vai continuar e avançar em muitos outros eventos, projetos e ações, na perspectiva de maior integração entre a Bahia e Angola e outros países da África“.
Cooperação começa pela educação
No começo de sua fala, o reitor da UniLuanda assinalou que “estamos aqui fazendo diplomacia acadêmica e científica, estamos a construir uma caminhada para as gerações futuras que será um legado muito importante”.
Reitor Alfredo Buza (UniLuanda) propôs aulas remotas e pesquisas conjuntas entre países.
“Quero agradecer à magnifica reitora Adriana Marmori e à UNEB por este momento de reflexão. Quando falamos de cooperação Sul-Sul, devemos questionar por que o Sul global, que detém os maiores recursos do planeta, continua a olhar uma relação Sul-Norte? – alguma coisa não está ajustada nisso, não está bem”, considerou Alfredo Buza.
O desafio para reverter essa realidade, segundo o reitor da UniLuanda, começa pela educação: “Não vamos falar de cooperação Sul-Sul se não tivermos a cooperação educacional”. Propondo sair mais da teoria e ir para a prática, Alfredo Buza elencou algumas possibilidades de cooperação entre a UNEB e sua instituição: intercâmbio e mobilidade estudantil, pesquisas científicas conjuntas, aulas remotas de professores de Angola em cursos aqui e vice-versa e promover eventos artísticos, culturais e acadêmicos entre as universidades e os países.
Rossana Souza (GCUB): cooperação como espaço de resistência contra-hegemônico.
Em sua participação, a diretora executiva do GCUB, Rossana Souza, apresentou o conceito e breve histórico da Cooperação Sul-Sul (CSS): “Trata-se de uma designação simbólica, não geográfica, porque ocorre entre países em desenvolvimento tanto do Hemisfério Sul quanto do Hemisfério Norte. Configura-se como um espaço de resistência híbrido, contra-hegemônico”.
A diretora executiva informou que o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras, fundado em 2008, “é uma associação sem fins lucrativos, de caráter acadêmico, científico e cultural, que promove missões internacionais, seminários internacionais, programas de mobilidade internacional, publicações, treinamentos, entre outras atividades”.
No início do evento, os reitores Adriana Marmori e Alfredo Buza assinaram um aditivo de mobilidade estudantil ao convênio de cooperação técnica entre a UNEB e a UniLuanda em vigência. Também foi assinada a prorrogação do acordo de cooperação entre a universidade angolana e a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), representada pela reitora Amali Mussi.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.
Encontro teve participação de cerca de 90 membros da comunidade acadêmica de vários campi.
A UNEB está construindo a Rede LGBTQIAPN+ da universidade, que vai conectar diversos coletivos e ações na instituição voltados para essa comunidade.
A iniciativa está sendo coordenada por um grupo de trabalho (GT) constituído pela Reitoria, a partir de proposta surgida durante a campanha institucional do Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, ocorrida em junho passado.
O encontro, amplamente divulgado em listas de e-mails e redes sociais, aconteceu remotamente, via aplicativo de internet, para possibilitar a participação de membros de todos os campi e unidades da universidade.
Com a presença de cerca de 90 pessoas, entre professores, técnicos administrativos, discentes e gestores da UNEB, a reunião contou com a participação da reitora Adriana Marmori.
Reitora Adriana Marmori e vice-reitora Dayse Lago expressaram o apoio da gestão.
“Parabenizo a todas, todos e todes que idealizaram e estão à frente dessa proposta tão importante para nossa universidade. Penso que essa rede deve ter um desenho colaborativo, de interação com outras redes que a UNEB vem estabelecendo há muito tempo, com coletivos e grupos de pesquisa. Também pode ter articulação, por exemplo, com o Grupo Gay da Bahia (GGB), com a Parada do Orgulho LGBT+ da Bahia (para a qual a universidade leva um trio), com as ações focadas na campanha “16 Dias de Ativismo na UNEB pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, em todos os campi, com reflexões e discussões, entre outras”, destacou Adriana Marmori.
A reitora colocou o apoio institucional da gestão universitária à iniciativa da rede: “Infelizmente, ainda temos muito preconceito institucional e precisamos ficar vigilantes e avançar na inclusão. Esta UNEB que defendemos há 41 anos como pública, gratuita e inclusiva deve primar pelo princípio da inclusão de todas as formas – e uma delas é a construção dessa Rede LGBTQIAPN+ institucional”, reiterou Adriana Marmori.
Também prestigiou a reunião a vice-reitoraDayse Lago: “Eu fico muito feliz em ver essa rede institucionalmente se formar. Temos muitos membros da comunidade atuando e militando nessa área, mas práticas inclusivas são da responsabilidade de todas e todos nós. E temos observado que muitas vezes os nossos colegas – sejam técnicos, sejam professores, sejam estudantes – não sabem como lidar com certas situações relacionadas à comunidade LGBTQIAPN+. Então, vemos relatos marcados de muita dor. Essa rede pode contribuir muito para enfrentar essas questões. Contem comigo”, disse a vice-reitora.
Rozin Daltro (em performance no vídeo): “Na trama do coletivo não estamos sós”.
“Teia de Nós“
A reunião foi conduzida pela assessora de Comunicação (Ascom) da UNEB, Wânia Dias, que relatou breve histórico, contexto e objetivos da proposta de criação da Rede LGBTQIAPN+ da universidade.
“Não queremos aqui inventar a roda. Sabemos e valorizamos a longa história de lutas e conquistas de tantas pessoas desta universidade nessa questão. A UNEB é uma universidade comprometida com a diversidade e a inclusão –
inclusive em seus documentos institucionais. Essa rede vem para agregar, somar esforços, contribuir para um ambiente acadêmico mais seguro e inclusivo em todos os campi”, esclareceu Wânia Dias.
No início do encontro, a assessora apresentou o vídeo “Teia de Nós“, de autoria de Rozin Daltro, que trabalha no Núcleo de Relações Públicas da Ascom. “Não somos apenas conexões, somos abrigo e escudo, onde a presença do outro nos reafirma em um mundo que frequentemente nos desumaniza. Nossa rede é a força que nos torna visíveis e livres (…) Na trama do coletivo não estamos sós”, diz Rozin Daltro em sua performance no vídeo-poema.
Visando conhecer melhor e oportunizar a participação de quem deseje colaborar na construção da rede institucional, foi disponibilizado no encontro um formulário online, acessível a qualquer membro da comunidade universitária.
Diversos coletivos e membros de centros de pesquisa relataram ações e conquistas.
Diversos coletivos e membros da comunidade LGBTQIAPN+da universidade participaram da reunião, relatando as atividades desenvolvidas, dificuldades enfrentadas e avanços alcançados.
Também participaram do encontro o Coletivo de Estudantes Cotistas da UNEB (Cecun), Entre Elas – Educação e Culturas, Unetrans+, Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (Mped), entre outros.
A parte final do encontro foi destinada aos próximos encaminhamentos para consolidação da Rede LGBTQIAPN+ da UNEB. Entre as sugestões, estão a elaboração da cartilha UNEB Diversa, para distribuição em toda a universidade.
Compõem o GT constituído pela Reitoria para construção da Rede LGBTQIAPN+ da UNEB a assessora Wânia Dias (Ascom), o funcionário da Ascom, Rozin Daltro, o chefe de Gabinete da Reitoria (ChefGab), Pedro Daniel, os pró-reitores de Extensão (Proex), Rosane Vieira, de Ações Afirmativas (Proaf), Dina Rosário, e de Assistência Estudantil (Praes), Jean Santos, o secretário especial de Relações Internacionais (Serint), Elizeu Clementino, e a assessora especial de Cultura e Artes (Ascult), Nelma Aronia, e a coordenadora da Agência UNEB de Inovação (AUI), Suely Messeder.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Imagens (prints): Danilo Oliveira/Ascom.
44 conselheiros do Consu e convidados foram recebidos pela comunidade Payayá para sessão solene.
“Somente uma universidade pública poderia fazer uma homenagem como esta. Viva a universidade pública, cuja mãe é o povo! Salve a UNEB, a universidade do povo!”
Foi com essas palavras que o escritor e professor Juvenal Teodoro da Silva – reconhecido na Bahia e no país como o líder indígena Cacique Juvenal Payayá –, manifestou, visivelmente emocionado, sua gratidão ao receber o título de Doutor Honoris Causa da UNEB.
A solenidade foi mais um marco histórico da universidade: pela primeira vez, o Conselho Universitário (Consu) da UNEB deslocou-se até o território indígena Payayá, no município de Utinga, região baiana da Chapada Diamantina, para a entrega da mais alta honraria acadêmica ao cacique, em festiva cerimônia realizada na manhã de hoje (16), com transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no Youtube.
Reitora Adriana Marmori: diálogo muito forte com os povos indígenas.
“Este é um Consu histórico e memorável! O dia em que o cacique, poeta, ativista dos direitos dos povos indígenas e difusor de conhecimento para as novas gerações foi condecorado e homenageado com a maior honraria da universidade, entregue em seu território e diante de sua comunidade. Agradeço a aprovação unânime do Conselho e peço aos conselheiros que, em gesto simbólico, tirem a borla da cabeça – borla na academia significa conhecimento e aqui, neste espaço, a gente se rende ao conhecimento dos povos originários”, iniciou sua fala a reitora Adriana Marmori, que presidiu a solenidade.
A reitora salientou que a Bahia possui a segunda maior população indígena do país: “E isso se deve à herança ancestral dos povos indígenas e dos povos negros africanos trazidos compulsoriamente para o Brasil. Por isso, nós estamos aqui, a UNEB está aqui, porque ela já nasceu interiorizada, capilarizada, enraizada em todos os territórios do estado – e assim nossa universidade se articula com saberes que transbordam respeito, criatividade e compartilhamento”.
“Temos um diálogo muito forte com os povos indígenas. Neste ano a UNEB passou a ter 32 departamentos, porque criamos o pioneiro Departamento dos Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Camponesas, no município de Jeremoabo. Nossos registros apontam 495 egressos indígenas de cursos de graduação e de pós-graduação; e atualmente são 528 indígenas matriculados em diferentes cursos e campi da universidade. É um universo significativo, mas ainda é pouco. Criamos uma bolsa-auxílio exclusiva para estudantes indígenas, para contribuir com sua permanência nos cursos. Precisamos de mais, mais bolsas, mais indígenas“, disse Adriana Marmori.
Gestores da UNEB e do governo estadual celebram com homenageado.
Reconhecendo o talento literário do laureado, a reitora citou trecho de uma das obras de Juvenal Payayá – “Hoje os Payayá engrossam o quadro dos apelidados de índios dispersos, índios urbanos, índios desaldeados, índios não puros, impuros, sem nada, sem direito a ser o que são; apesar desse preconceito, nós, os Payayá, nunca desistiremos: lutamos reunindo foças e recursos inexistentes, em busca de identificar os poucos Payayá que certamente restaram do grande massacre” – e completou: “Precisamos ter um outro olhar, um olhar para o triste caminho do genocídio indígena. E assim eu conclamo a UNEB, o nosso Conselho, toda a comunidade baiana, a continuar se firmando como espaço de produção de ciências, se somando às lutas históricas das comunidades indígenas, fazendo ecoar essas denúncias”, destacou Adriana Marmori.
Como lembrança do momento histórico, a reitora pediu para distribuir a todos os presentes o livro “Em busca do mapa da verdade“, de autoria do cacique, impresso pela universidade.
“Estamos aqui para ajudar a salvar a terra“
Com lágrimas nos olhos, Juvenal Payayá agradeceu à comunidade da UNEB pelo título que lhe foi outorgado, em especial à reitora Adriana Marmori, “uma mulher sábia, que considero da minha família”.
O cacique salientou também que “o povo Payayá não é apenas um povo que quer seu território para sobrevivência: estamos aqui para ajudar a salvar a terra, a salvar o rio, lutamos para preservar a vida. Plantamos aqui mais de 50 mil mudas de plantas nativas”.
Cacique Juvenal Payayá: “Salve a UNEB, a universidade do povo!”
“Meu agradecimento de coração por esta oportunidade, por tudo o que a UNEB fez e faz para nossos povos. Receber um titulo deste é poder ocupar um espaço de fala como este aqui. A liderança é uma das coisas mais importantes para nossos povos. Nunca esqueci dos ensinamentos dos nossos pais, avós e antepassados; obedecer aos mais velhos e à natureza, saber se guiar pelas melhores orientações – isso me fez chegar até aqui. Ainda criança descobri que, sem educação, a gente não vai para lugar nenhum“, afirmou o novo doutor honoris causa da UNEB.
Segundo Juvenal Payayá, “é necessário que se refaça a história dos povos ditos extintos, que se reconstrua o mapa desses povos. Nossa gratidão aos caciques que me antecederam e que nos encaminharam a não desistir dessa luta”.
Esposa do cacique, Edilene Payayá é coautora de obras com o marido.
Escritor, poeta, desenhista, ativista, professor, palestrante, entre outras atividades, Juvenal Teodoro da Silva, nasceu em uma aldeia na Chapada Diamantina, em 1945. Estudou História, na Universidade de São Paulo (USP), e Economia, na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). É membro da Red Latinoamericana por la Defensa del Patrimonio Biocultural e membro fundador dos movimentos Associativo Indígena Payayá (Maip) e Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba). Foi membro também dos conselhos estaduais de Educação da Bahia (CEE-BA) e dos Direitos dos Povos Indígenas do Estado (Copiba). É autor de mais de uma dezena de livros publicados, entre romances, contos, crônicas e poesia, alguns em coautoria com sua esposa, Edilene Payayá.
A mesa solene da cerimônia foi composta pela reitora Adriana Marmori, a vice-reitora Dayse Lago, a superintendente de Politicas para Povos Indígenas (SPPI), da Secretaria estadual da Promoção de Igualdade Racial (Sepromi), Patrícia Pataxó – que representou o governador do estado, Jerônimo Rodrigues –, o reitor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Jacques Miranda, representando os demais reitores presentes, a técnica administrativa da UNEB Ana Cleide Payayá, madrinha do homenageado, e os conselheiros (Consu) representantes das categorias docente, Clóvis Piau, técnico administrativo, Adaltiva Xavier, e discente, Eduardo Guerra.
Patrícia Pataxó representou o governador do estado na sessão.
Em mensagem de vídeo enviada ao evento, o governador Jerônimo Rodrigues parabenizou a reitora Adriana Marmori, os conselheiros do Conselho Universitário e toda a comunidade acadêmica, pelo “reconhecimento muito justo ao Cacique Juvenal Payayá“, desejando ao líder indígena que “os encantados protejam seus caminhos”.
Coube à representante do governador no evento, Patrícia Pataxó, informar ao laureado que o governo do estado autorizou a abertura de processo para doação daquele território à União (governo federal), a fim de que seja criada a reserva indígena do povo Payayá. “Não existem povos indígenas sem territórios indígenas”, reforçou a superintendente.
“Magnífica reitora, hoje é dia sobretudo de gratidão, estar aqui é uma missão para mim. Nosso agradecimento muito especial à UNEB, por todo o esforço de trazer a universidade aos povos indígenas. O Brasil é plural e nossas universidades públicas são territórios indígenas também”, assinalou Patrícia Pataxó.
Proponente do título, Ana Cleide Payayá é técnica administrativa da universidade.
Proponente do título ao Cacique Payayá quando era membro do Consu – proposta que foi aprovada por unanimidade em junho de 2023, sendo publicada como Resolução 1.576/2023 –, a servidora técnica da UNEB Ana Cleide Payayá recordou, no seu discurso panegírico, a dedicação e etapas superadas até o encaminhamento do processo no Conselho Universitário.
“Em minha pesquisa de doutoramento, estudei sobre a longa trajetória de luta do cacique. Também desenvolvi um projeto de extensão universitária com a comunidade Payayá. E culminou com o meu reconhecimento por essa etnia indígena. Tudo isso foi consolidando a ideia de propor o título ao Conselho. Espero que esse honraria traga mais força e vitalidade ao Cacique Juvenal“, assinalou a madrinha do homenageado.
A cerimônia, em clima de alegre confraternização, foi prestigiada pela comunidade acadêmica e gestores da UNEB, indígenas do território Payayá e caciques de outras etnias, políticos e autoridades da região e de outros órgãos do estado, reitores e gestores de outras universidades e instituições de ensino públicas, entre outros convidados.
No começo da sessão, foi exibido vídeo-documentário sobre a vida e luta do Cacique Juvenal Payayá, produzido pela Assessoria de Comunicação (Ascom) da UNEB. Vale ainda registrar que, antes da solenidade e no seu encerramento, a comunidade Payayá apresentou danças e músicas rituais da etnia.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.
A UNEB está atendendo uma demanda histórica: vai realizar um amplo concurso público para o corpo técnico da universidade.
Após quase 15 anos desde o último certame direcionado a essa categoria de servidores, a gestão universitária vai lançar edital público para preenchimento de 68 vagas.
São 34 vagas para técnicos universitários (nível médio) e 34 para analistas universitários (nível superior), para suprir postos de trabalho em todos os departamentos/campi da UNEB na capital e interior do estado e também na administração central da instituição.
De acordo com o edital (ver retificação do edital), as inscrições para o concurso vão estar abertas entre os próximos dias 13 de agosto e 5 de setembro. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pelo link na página do Instituto de Desenvolvimento e Capacitação (Idecap), responsável pela execução do certame.
Além dessas vagas de convocação imediata, o concurso vai constituir um cadastro reserva de candidatos classificados e não convocados, os quais poderão ser convocados a qualquer momento, assim que houver a aprovação de novas vagas.
“Esse concurso representa uma grande vitória para a nossa comunidade acadêmica e para o povo baiano. Essas vagas ampliam o nosso corpo técnico, fortalecendo o trabalho dessa categoria tão importante, o que repercute diretamente na qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão unebiana”, destacou a reitora.
Adriana Marmori lembrou ainda que, há 15 anos, a UNEB não realizava um concurso amplo para técnicos administrativos. “Essas vagas foram conquistadas com muita luta e articuladas em diversas reuniões com o governo do estado. Esse é um dos nossos principais compromissos assumidos com a comunidade acadêmica e hoje está sendo cumprido”, celebrou.
A UNEB, por meio da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), relançou chamada pública para estudantes de pós-graduação que tenham interesse em participar de mobilidade internacional, promovida pelo programaErasmus+, ao qual a universidade é associada.
A iniciativa visa ofertar uma (1) vaga para discente regularmente matriculado em programa de pós-graduação da UNEB interessado em cursar um período de dois (2) meses no primeiro semestre do ano letivo de 2025, na Universidade do Egeu (University of the Aegean – UAegean), na Grécia, instituição também associada ao programa.
Para se candidatar, o estudante deve encaminhar formulário de inscrição (modelo na chamada), entre os dias 30 de agosto e 20 de setembro próximos, para o e-mail selecaoserintcme@uneb.br, devidamente preenchido e acompanhado da documentação exigida na chamada pública.
O processo seletivo constará de duas fases: na primeira, homologação da documentação enviada e análise do currículo Lattes, carta de intenção e plano de trabalho (modelos na chamada); na segunda, entrevista virtual via plataforma Microsoft Teams. O resultado final da seleção está agendado para ser divulgado no dia 24 de outubro, na página da Serint.
O estudante selecionado no programa terá como benefícios duas bolsas de apoio individual no valor de 850€ (oitocentos e cinquenta euros), bolsa-auxílio no valor de 820€ (oitocentos e vinte euros) para despesas de viagem e isenção de taxas acadêmicas.
Os recursos e bolsas referentes à chamada pública serão oriundos do Erasmus+, programa da União Europeia (EU) destinado a apoiar a educação, a formação de jovens e o desporto naquele continente.
A UNEB publicou, na edição de hoje (8) do Diário Oficial do Estado (DOE-BA), quatro portarias convocando mais 17 candidatos aprovados, por ordem de classificação, nos últimos concursos públicos docentes realizados pela universidade – referentes aos editais 034/2022 e 097/2023.
Os convocados assumirão o cargo de professor, na classe de auxiliar, nível A, em regime de 40 horas, do quadro da carreira docente da instituição, nos respectivos componentes curriculares e departamentos/campi para os quais se candidataram nos certames.
Os candidatos citados nos anexos das portarias devem encaminhar à Coordenação de Ingresso e Cessão de Pessoal (COICP), da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da UNEB, os exames de saúde e documentos relacionados também nas portarias – até o próximo dia 6 de setembro – exclusivamente pelo e-mail admissao2022@uneb.br.
Todos a documentação deve ser enviada no formato PDF em dois arquivos: 1 – arquivo com os exames médicos e a Declaração de Histórico e Estado de Saúde; 2 – arquivo com os documentos pessoais. [Veja página da PGDP/UNEB com orientações e informações.]
As portarias 670/2024, 671/2024 e 672/2024 referem-se ao concurso docente relativo ao Edital 034/2022. Já a Portaria 673/2024 concerne ao concurso docente de que trata o Edital 097/2023.