Estreia do projeto Terça Cênica leva arte e cultura para comunidade do Campus I da UNEB

Projeto estreou no Campus I com atividades artísticas e culturais

Música, dança, literatura, performances e manifestações da cultura popular foram algumas das produções artísticas que o público prestigiou na estreia do projeto de extensão da UNEB “Terça Cênica Salvador”, realizado na última terça-feira (15), no Teatro da universidade, no Campus I, em Salvador.

O evento reuniu a comunidade acadêmica da instituição e o público morador do bairro do Cabula, no entorno do campus, que aplaudiram intensamente a cada apresentação artística.

Lavínia (esq.) prestigiou a estreia do evento

“Eu adorei as apresentações. Elas abordaram temas importantes da nossa sociedade e que nos fazem pensar. Acho ótimo ter essas atividades culturais na universidade, pois elas animam o nosso dia a dia e nos aproximam da comunidade externa”, disse a estudante da universidade, Lavínia Correa.

O público pôde conferir apresentações artísticas, com destaque para o espetáculo ‘O corpo preto da cidade de Salvador’ do grupo Juventude Negra do Quilombo Cabula, que aborda as questões raciais e sociais vivenciadas pela juventude negra, além das performances de dança contemporânea da Cia The Impact, intervenções poéticas do artista Pedro Blus, roda de capoeira com os integrantes da Associação de Capoeira Defesa e Ataque Nova Geração, e apresentação com misturas de ritmos da linguagem hip hop do grupo RuArt.

Grupo RuArt apresentou movimento hip hop

Valmir Nunes, do grupo hip hop RuArt, falou sobre a apresentação na primeira edição do Terça Cênica e ressaltou o valor do ritmo para a inclusão social. “É importante que as pessoas reconheçam que essa é uma arte que vem da rua, mas que não é marginalizada, é uma forma de inclusão social e também de educação”, afirmou.

Projeto idealizado no Campus de Senhor do Bonfim

O Projeto Terça Cênica é desenvolvido desde 2018 pelo curso de licenciatura em Teatro, do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII da instituição, em Senhor do Bonfim, e foi ampliado a sua ação para a capital com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e da Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult) da universidade, e a parceria do projeto Arte e Comunidade, de lideranças do Cabula.

Enjolras: projeto valoriza cultura e arte local

“O objetivo deste projeto é promover a integração entre as diferentes expressões artísticas que existem na universidade, como o teatro, a música e a dança. Queremos compartilhar com a sociedade o talento e a criatividade dos nossos estudantes, que há cinco anos vêm realizando espetáculos no Campus de Senhor do Bonfim. É uma forma de valorizar a cultura e a arte local”, ressaltou o professor Enjolras de Oliveira, coordenador da iniciativa no Campus de Senhor do Bonfim.

O articulador de arte e cultura comunitária do projeto no Cabula, Adriano de Andrade, destaca a importância de realizar o evento no território do entorno do Campus I da UNEB, que ele considera como um lugar rico em manifestações artísticas e culturais.

Adriano: Cabula rico em cultura e arte

“Estamos muito felizes em trazer o Terça Cênica para o Cabula, esse espaço de resistência e luta abrigado no Campus I da UNEB, onde encontramos diversas organizações e movimentos sociais que fazem arte, cultura e educação. Convidamos a todas e todos para vir todas as terças-feiras, às 18h, conferir essa iniciativa maravilhosa aqui no Teatro da universidade”, disse.

Nelma: UNEB vive efervescência cultural

Segundo a coordenadora de Cultura e Artes (Ascult) da universidade, Nelma Aronia, a UNEB está passando por um “período de efervescência cultural muito forte. Essa colaboração com o Terça Cênica é frutífera e vai gerar bons frutos no estímulo às artes ao redor do Campus I da universidade”, afirmou.

Durante as apresentações do Terça Cênica serão realizadas apresentações produções artísticas de teatro, circo, música, dança, literatura, audiovisual, performances e manifestações da cultura popular, criadas e apresentadas pela comunidade universitária e pelos moradores.

Texto e fotos: Danilo Cordeiro/Ascom