Planejar e definir ações prioritárias para a UNEB em 2023, com vistas ao fortalecimento das atividade acadêmicas e administrativas e o desenvolvimento dos territórios baianos.
Esse foi o principal objetivo da reunião, realizada nos últimos dias 9 e 10 de fevereiro, no prédio da UNEB, no Jequitaia, em Salvador, que contou com a participação de gestores da Administração Central e diretores dos 30 departamentos da universidade.
A proposta foi construir coletivamente uma matriz com ações prioritárias para 2023, que reflita a diversidade dos campi e dos territórios de identidade que abrigam os departamentos da instituição.
O encontro também mobilizou os participantes para a análise dos documentos e metas institucionais e busca dos pontos de integração com o Programa de Governo Participativo (PGP) 2022, do Governo do Estado da Bahia, na dimensão das políticas públicas de educação superior e áreas correlatas.
“A ideia desse encontro foi estimular a participação, a integração das ações, o estreitamento de frentes de diálogos. Foi um processo de planejamento diferenciado porque tocamos a necessidade de pensar as metas institucionais, já definidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no Programa de Gestão, de maneira articulada com as políticas públicas de estado. Pensamos questões acadêmicas e demos encaminhamentos, e fizemos uma incursão no orçamento da nossa universidade definindo juntos as prioridades para 2023”, destacou a reitora.
Adriana Marmori citou a filosofia Ubuntu “eu sou porque nós somos” para reforçar a importância do trabalho conjunto. “Enquanto gestores de uma universidade pública, precisamos nos ater às questões macro, entendendo que elas impactam diretamente às questões locais. A multicampia tem essa riqueza e precisamos estar imbricados com ela, em nossa condição de gestão, para pensarmos a nossa universidade na perspectiva da regionalização e fortalecimento dos territórios de identidade”, frisou.
Programação estratégica
A programação iniciou com uma mesa temática mediada pela reitora, intitulada Integração de Políticas Públicas para a Educação Superior e o papel da UNEB: PDI 2023 – 2027, Programa de Gestão 2022 – 2025, PGP 2023-2026. A atividade contou com a participação da pró-reitora de Planejamento (Proplan), Lídia Boaventura, do secretário especial de Avaliação Institucional (Seai), Ivan Novaes, e do coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes) do Governo da Bahia, Edson Valadares.
Na apresentação, Lídia lembrou que planejamento é processo, uma atividade contínua, em constante revisão e atualização. “Estamos priorizando as ações que serão realizadas em 2023, buscando coadunar com ações implementadas no estado para que a universidade possa exercer a sua função social com mais força”, detalhou.
O coordenador do Codes foi convidado para apresentar aos gestores da UNEB o Programa de Governo Participativo 2022.
“O programa de governo é o compromisso com a sociedade. Com base nele que as políticas públicas serão elaboradas. A sociedade quer participar, quer dar opinião. Quanto mais participativa, mais democrática é uma gestão. Fico feliz em ver que o trabalho da UNEB já existe uma cultura organizacional de alinhamento, articulação com as políticas públicas. Será um prazer trabalhar com vocês no fortalecimento desse processo”.
O gestor apresentou de modo aprofundado o processo de construção do programa de governo, destacando a ampla participação da sociedade, e frisou as prioridades da gestão, como: o Programa Bahia sem Fome; Geração de Emprego e Renda; Protagonismo Juvenil. Valadares destacou ainda todos os projetos do campo da Educação previstos no PGP.
Construção da matriz do planejamento
No turno da tarde, foi realizada uma atividade em grupo cujo objetivo foi reunir proposições das políticas públicas territoriais, em articulação com as com macro políticas, visando o desenvolvimento regional.
A iniciativa foi coordenada pela vice-reitora, Dayse Lago, e pelo assessor chefe da Reitoria, Sérgio São Bernardo.
“Os diretores foram organizados em nove grupos de trabalho, formados por proximidade geográfica, de acordo com os territórios onde os campi estão inseridos. O objetivo foi que, a partir do diálogo, identificassem ações prioritárias vinculadas aos departamentos que contribuam com o desenvolvimento regional, em articulação com o Programa de Governo Participativo. O resultado foi muito positivo, as proposições serão estudadas pela Equipe Central de Gestão para avaliação da viabilidade e, posteriormente, apresentadas ao governo do estado”, detalhou a vice-reitora.
Sérgio São Bernardo pontuou o resultado positivo no encontro: “Pensamos grandes ações de forma integrada, entre a administração central e os departamentos, visando o desenvolvimento territorial e concedendo maior pujança ao nosso planejamento interno. Avalio que a Reitoria deu um passo positivo na descentralização, valorizando e estimulando a autonomia, mas sem perder a integração da universidade”, disse.
Descentralização e colaboração
Os diretores de departamento elogiaram a metodologia proposta para a construção do planejamento 2023, destacando a descentralização das ações e a colaboração multiterritorial.
“Esse diálogo é importante porque nos concede a oportunidade de conhecer as nossas diferenças e similitudes, permitindo que a universidade potencialize os territórios na dinâmica da graduação, da extensão, da pesquisa, da oferta de cursos. Já desenvolvemos aqui muitas ações que coadunam com o programa governo, nesse sentido, a universidade pode atuar como impulsionadora, incubadora de projetos e ações que vão desenvolver os territórios e isso, sem dúvidas, é um grande ganho para a instituição e para a Bahia”, elucidou Vinicius Santos, diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VIII, em Paulo Afonso.
Izabel Cristina Dias, diretora do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XXI, em Ipiaú, avaliou como adequada a metodologia adotada para construção do planejamento.
“A metodologia adotada pela equipe de gestão central foi muito eficiente, uma vez que oportunizou a construção do planejamento da universidade de maneira participativa, colaborativa, sem perder de vista as particularidades de cada campus, de cada território. Os diálogos durante o encontro permitiram que nós pudéssemos acessar as demandas e os potenciais de cada lugar para traçarmos ações prioritárias de modo articulado”, afirmou a diretora.
Para Nelson da Silva, diretor do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XXII, em Euclides da Cunha, essa metodologia de planejamento participativo é fundamental no contexto de uma universidade multicampi como a UNEB.
“Esse movimento de planejar dentro do coletivo descentraliza o debate, promove o diálogo multiterritorial e permite o enlace de ações, projetos, programas. Das discussões e dos relatos de experiências locais, surgiram propostas e demandas regionais que visam fortalecer a universidade e contribuir com o desenvolvimento dos territórios”, destacou o diretor.
Nesta sexta-feira (10), a programação foi conduzida pela reitora, e contou com a participação especial do diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XIV, em Conceição do Coité, Adriano Eysen, que declamou o poema O Navio Negreiro, de Castro Alves.
As atividades tiveram como objetivo orientar os diretores sobre questões diversas da rotina acadêmica e administrativa. Foi um momento de alinhamento com os setores da administração central e de encaminhamentos institucionais.
Texto: Wânia Dias/Ascom