Tag Archives: Juazeiro

Juazeiro: Colóquio Brasil Itália destaca educação contextualizada e estratégias de internacionalização

A UNEB, através do projeto de pesquisa INTEREURISLAND, e a Universidade de Pádua (Itália) realizarão o I Colóquio Brasil Itália nos dias 21, 22 e 23 de agosto, no Campus III da universidade, em Juazeiro.

O evento, promovido pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação, Cultura e Território Semiárido (PPGESA), vinculado ao Departamento de Ciências Humanas (DCH III), abordará o tema Educação Contextualizada e o Diálogo Intercultural na Implementação de Novas Estratégias de Internacionalização da Extensão no PPGESA DCHIII/UNEB.

A iniciativa busca promover discussões sobre a ideia de “glocalização”, a partir das contribuições teóricas propostas pelo sociólogo e teórico da globalização Roland Robertson, como uma das referências interpretativas e de diálogo com/entre as culturas, os povos e as dimensões das relações construídas na internacionalização de saberes, formações, dos processos culturais e comunicacionais no mundo.

Podem participar do colóquio, estudantes, professores e pesquisadores dos programas de pós-graduação das Instituições de Ensino Superior situadas nas cidades de Juazeiro e Petrolina, no Brasil, e de Padova e Rovigo, na Itália. As inscrições devem ser realizadas no site www.coloquiobrasilitalia.com.

Extensa programação

O I Colóquio Brasil Itália reserva uma programação diversificada composta por mesas de debates, apresentações culturais, lançamentos de livros, além de atividades extensionistas e culturais. Destaque para a conferência de abertura intitulada Pedagogia e Diálogo intercultural, que será proferida pelo professor Giuseppe Milan (UNIPD, Itália), no dia 21 de agosto, às 10h, no Auditório ACM, no campus.

Para o professor Edmerson Reis, um dos organizadores do evento, a conexão entre pontos distintos do planeta, definida pela integração entre sociedades e suas culturas, influenciando-se mutuamente, não pode ser considerada linear, pois ela se manifesta traçando contornos e características distintas a cada realidade, definindo uma inter-relação entre o local e o global com especificidades distintas.

Nessa perspectiva, a coordenadora do PPGESA, Carla Paiva, esclarece que, a partir da organização do colóquio, as instituições parceiras pretendem refletir sobre uma educação que se fundamenta na própria realidade como ponto de partida e de chegada dos conhecimentos e saberes diversos e de diálogo com as novas dimensões globais, a partir da lógica da interculturalidade.

Segundo o professor do programa Nicola Andrian, o objetivo é pensar novas estratégias de intercâmbio e internacionalização da extensão, por meio da abordagem do conceito GloCal (do contexto para o mundo).

Informações: PPGESA/Campus III – tel. (74) 3611 6860 ou e-mail ppgesa@uneb.br.

Texto editado pela Ascom/UNEB

 

Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos inscreve para aluno especial até 19/07

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA) do Campus III da universidade, em Juazeiro está com inscrições abertas, até o dia 19 de julho, para o curso de mestrado na categoria aluno especial 2019.2.

Estão sendo ofertadas 93 vagas, distribuídas em quatro disciplinas: Urgências Socioambientais no Semiárido; Meios, Mediações e Redes Sociais; Representações e identidades dos/nos territórios semiáridos na educação, na cultura e na mídia; e Avaliação educacional e aprendizagem.

Os interessados devem preencher formulário de inscrição online e apresentar, presencialmente ou por procuração simples, a documentação especificada no edital e o comprovante de pagamento da taxa, no valor de R$ 80 (por disciplina) de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h, na secretaria do programa, no campus.

O resultado final da seleção deve ser divulgado a partir do 6 de agosto, no site www.ppgesa.uneb.br e no mural da Secretaria Acadêmica do PPGESA. Os selecionados deverão efetivar matrícula nos dias 8 e 9 de agosto,

Informações: www.ppgesa.uneb.br.

INTERCOM: Estudantes de Jornalismo do Campus III conquistam prêmios e representarão Nordeste em edição nacional do evento

Estudantes da UNEB comemoram premiação conquistada em evento em São Luís (MA). Fotos: Divulgação 

Quatro trabalhos de estudantes do curso de comunicação Social/Jornalismo em Multimeios, do Campus III da UNEB, em Juazeiro, foram premiados no Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste (Intercom Nordeste 2019), realizado em São Luís (MA) entre os dias 30 de maio e 1° deste mês.

As premiações aconteceram durante a Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), um dos eventos do congresso. Agora, os discente representarão a região Nordeste na edição nacional do Intercom, já agendado para setembro em Belém (PA).

A Expocom é destinada aos melhores trabalhos experimentais produzidos por estudantes da área de Comunicação. Neste ano, 13 trabalhos de alunos da UNEB de Juazeiro participaram da competição. Os estudantes concorreram com instituições de ensino superior de todos os estados da região.

Desta vez, quatro produções da UNEB de Juazeiro foram premiadas na edição regional:

– Programa Eufonia Especial Estádio Adauto Moraes
(categoria: Jornalismo/Modalidade: Produção laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo).

O Eufonia, programa educativo de ensino e extensão do curso, criado em 2006, apresentou na edição 590, que foi ao ar no dia 3 fevereiro de 2018, o “Eufonia especial de férias Estádio Adauto Moraes”. O programa, segundo estudante Márcio Reges, autor do trabalho, foi produzido com a intenção de contar histórias através da linguagem radiofônica.

Ao site de notícias Preto no Branco (PNB), o estudante revelou que produzir o programa foi um desafio. “Ao realizar pesquisas na Biblioteca Municipal de Juazeiro e na da UNEB, não encontrei materiais que se aprofundavam no tema. Nesse processo, enfrentei muitas dificuldades, pois tinha pouca coisa escrita. Pensei até em desistir. Mas foi aí que pensei: ‘Por que não contar com pessoas que acompanharam de perto essa história e que vivenciaram parte disso?'”, revelou. O programa tem a participação de diversas personalidades que fizeram história no estádio.

Para Márcio, ganhar o prêmio foi uma emoção indescritível. “Ser de uma universidade pública, que passa por uma série de dificuldades, e conseguir concorrer com outras instituições, que também tinham trabalhos maravilhosos, foi incrível. Não estava confiante, confesso, apesar de ter feito com muito amor. Mas estou muito feliz, ainda mais por saber que foi a primeira premiação do Eufonia. Me sinto muito orgulhoso, pois foi uma iniciativa minha, uma produção minha, com o apoio das professoras orientadoras”, disse o estudante.

– Nas águas do Velho Chico
(categoria: Jornalismo/Modalidade: Documentário jornalístico e grande reportagem em áudio e rádio).

A série de reportagens radiofônicas “Nas águas do Velho Chico” foi feita em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT, filial Juazeiro), num processo de vivência que se deu entre março e junho de 2018, no setor de Assessoria de Comunicação da instituição. A reportagem contou com três episódios: “O rio São Francisco não pode morrer”, “A Carta da Lapa, uma voz de vida para o Rio São Francisco” e “Comunidades resistem ao uso exploratório do rio”.

O tema central que uniu os três episódios foi a situação degradante à qual se encontra o rio São Francisco. “A nossa pretensão com a reportagem especial foi apresentar o rio São Francisco desde o local do seu nascimento até as verdadeiras causas de degradação à qual está submetido, alertando a sociedade sobre a possibilidade de sua morte frente ao uso exploratório de suas águas”, considerou Cássio Viana, aluno líder do trabalho.

O estudante se diz satisfeito com o reconhecimento: “É uma oportunidade de fazer ecoar a luta pela libertação dos povos das terras e das águas frente ao modelo de desenvolvimento imposto pelo capital e também de contribuir para a garantia de direitos que foram historicamente negados a essas populações. Esse prêmio mostra que escolhemos trilhar o caminho certo, que é o de construir uma comunicação mais plural, humana e menos industrial, que contemple outras imagens da realidade social. Além disso, possibilita um espaço para construção de outros discursos sobre o nosso semiárido, enfatizando nossas potencialidades e afirmando que o interior do Nordeste também produz jornalismo de qualidade”, disse.

– O campo é delas: mulher, futebol e quilombo
(categoria: Rádio, TV e Internet/Modalidade: Programa laboratorial de áudio).

A série radiofônica “O Campo é delas: mulher, futebol e quilombo” é dedicada a contar histórias de mulheres quilombolas do semiárido baiano que cultivam no futebol solidariedade e pertencimento. A produção aconteceu entre setembro e dezembro de 2018. “Conhecemos a realidade de dois times femininos, Coleguinhas Fashion Futebol Clube e Alagadiço Futebol Clube, que pertencem às respectivas comunidades, Rodeadouro e Alagadiço. Inicialmente, acompanhamos alguns jogos e visitamos as comunidades, com o intuito de conhecer os clubes e as futuras personagens do produto. A principal preocupação do grupo foi legitimar o lugar de fala das mulheres no futebol”, disse Jayane Rodrigues, uma das componentes do grupo.

O trabalho foi pensado como uma ferramenta de visibilidade e reconhecimento da prática feminina em comunidades quilombolas, além de remover os preconceitos do rádio ao tratar da participação da mulher negra e sertaneja no futebol, o que traz uma ressignificação ao papel do jornalismo. Por conta disso, toda a narrativa do podcast foi composta por uma diversidade de vozes de comunidades tradicionais que são constantemente negligenciadas.

“Pelo momento que estamos vivendo na educação pública do país, receber esse prêmio foi um baita estímulo. E levar essas histórias para outros grupos conhecerem é gratificante. Hoje, nós temos um presidente que possui discursos discriminatórios contra o povo quilombola, então, ter essas mulheres como sujeitos ativos do processo comunicativo é manter vivo algum traço da nossa democracia”, salienta a estudante.

– ReconectAr
(categoria: Cinema e Audiovisual/Modalidade: Roteiro de ficção).

“ReconectAr” é um convite à retomada de consciência da nossa presença enquanto natureza. Em meio ao ritmo imposto pelo tempo produtivo do capital e pelas suas armadilhas de dominação, a relação do homem com a natureza foi fragmentada pela modernidade a tal ponto que, por vezes, não nos reconhecemos mais nela, a violentamos ao invés de agradecer e zelar. Em ReconectAr, foram experimentados instantes de reencontro com um corpo não cotidiano, descondicionado e instintivo através da videoperformance.

“ReconectAr surgiu quando percebemos que dividíamos a mesma preocupação com o rio São Francisco e com o meio ambiente, além da relevância local e da possibilidade de o tema ser compreendido numa esfera global. Assim, o nosso desejo foi o de promover a reflexão do público sobre o distanciamento que existe entre natureza humana e ambiental, um dos principais fatores que leva alguém a desrespeitar o meio ambiente e então poluí-lo”, disse Andressa Silva, uma das integrantes do grupo.

“Além de uma motivação para novos trabalhos, é uma oportunidade de aprendizado e reconhecimento através de uma avaliação extracurricular, ainda mais de um evento de comunicação tão importante como esse”, avaliou a estudante.

Matéria publicada no site Preto no Branco.

 

Juazeiro: UNEB abre inscrições para doutorado em ecologia humana e gestão socioambiental

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) do Campus III, em Juazeiro, está com inscrições abertas, até o dia 30 de junho, para o curso de doutorado na categoria aluno regular.

Estão sendo ofertadas 15 vagas, distribuídas entre as seguintes linhas de pesquisa: Ecologia humana e Saúde; Ecologia Humana e Educação; e Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável.

Os interessados devem preencher ficha de inscrição online e enviar a documentação especificada no edital para a secretaria do PPGEcoH, pelos Correios, via Sedex. A taxa de inscrição é de R$ 120.

A seleção consiste em  análise do projeto de pesquisa e análise de currículo. O resultado está previsto para ser divulgado no dia 31 de julho, no site do programa.

Informações: portal.uneb.br/ppgecoh.

Docentes da UNEB participam de seminário sobre a região Nordeste, em São Paulo

Cláudia Vasconcelos e Juracy Marques (à direita) durante lançamento da revista Observatório. Foto: Divulgação

Os professores da UNEB Cláudia Pereira Vasconcelos, do Campus IV (Jacobina), e Juracy Marques, do Campus III (Juazeiro), participaram, no último dia 28 de maio, do seminário Sertões: identidades, representações e políticas, promovido pelo Itaú Cultural, em São Paulo.

Cláudia Vasconcelos fez parte da mesa Sertões, identidades e representações, enquanto Juracy Marques, da mesa Revisão das políticas culturais e de desenvolvimento para os sertões.

O seminário marcou o lançamento de nova edição da revista Observatório, a qual traz como temática “Sertões: imaginários, memórias e políticas”.

Mais informações nestes links:

www.itaucultural.org.br/maio-do-sertoes

www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/lancamento-da-revista-do-observatorio-traz-seminario-sobre-a-regiao-nordestina

 

Juazeiro: UPT/UNEB teve 32 estudantes quilombolas classificados nos vestibulares 2019

Expressiva aprovação de estudantes do curso pré-vestibular Universidade para Todos (UPT/UNEB) da Comunidade Quilombola do Alagadiço, em Juazeiro, nos vestibulares de Universidades públicas foi tema do encontro ocorrido na última quinta-feira (9), no Paço Municipal, em Juazeiro (BA).

A reunião ocorreu a convite do prefeito de Juazeiro, Paulo Bonfim, e contou com a participação de representantes da UNEB, do UPT, da comunidade quilombola e dos estudantes aprovados, além de lideranças dos movimentos sociais ligados à Comunidade.

Durante o encontro, foi destacada a importância da participação de estudantes quilombolas nesse projeto. Dos 39 alunos da comunidade quilombola que cursaram o pré-vestibular, 32 foram aprovados nos vestibulares da UNEB,  e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Entre eles, 17 estudantes já foram convocados e matriculados.

A diretora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, professora Edonilce Barros, ressaltou que a Instituição se propõe a ser uma universidade popular e inclusiva e que, apesar da atual crise que acomete o ensino superior público brasileiro, inciativas como essa demonstram como a educação pode transformar a vida de pessoas e que o acesso à Universidade pode proporcionar oportunidades iguais para o futuro desses jovens.

O prefeito de Juazeiro, Paulo Bonfim, reforçou que a educação é o foco principal para fortalecer o futuro dos jovens e destacou o mérito da UNEB no desenvolvimento do projeto e, principalmente, o mérito dos alunos que se esforçaram para alcançar esses resultados.

A estudante Jamile Naara Café foi aprovada em primeiro lugar no vestibular da UNEB para os cursos de Pedagogia e Jornalismo. A jovem contou que tinha concluído o ensino médio há sete anos e viu no pré-vestibular da UPT uma oportunidade de continuar os seus estudos. “Essa aprovação foi uma grande conquista para mim. Como quilombola não teria muitas oportunidades, mas esse curso veio para nos incentivar a correr atrás do que queremos”, contou Jamile.

Inclusão – O primeiro curso pré-vestibular da UPT em comunidades tradicionais foi realizado na Comunidade Quilombola do Alagadiço, no município de Juazeiro, a primeira certificada pela Fundação Palmares. A viabilização dessa proposta foi fortalecida por meio de ações do projeto Perfil Fotoetnográfico das Comunidades Quilombolas do Submédio São Francisco: identidades em movimento, coordenado pela professora da UNEB, Márcia Guena que, em conjunto com o gestor do Polo Juazeiro da UPT, Élio Batista, apresentaram à demanda à UNEB.

A realização do curso contou com a parceria da Prefeitura Municipal de Juazeiro, que forneceu o transporte durante o período das aulas e realizou a reforma da escola da comunidade Alagadiço.

A professora Márcia Guena afirmou que as aprovações dos jovens quilombolas representam um momento importante para a comunidade negra. “Esse é um trabalho importantíssimo e a universidade tem o papel de estar junto das populações mais marginalizadas nos processos de inclusão que podem ser aprofundados por meio de parcerias, a exemplo da que tivemos com a Prefeitura”, completou.

O gestor do Polo Juazeiro da UPT/UNEB, Élio Batista, disse que formar a primeira turma da UPT fora da sede do Departamento, na zona rural, foi um desafio e que todos os esforços compensaram. “Para este ano de 2019 já temos três turmas aprovadas e uma voltada para estudantes que vivem em comunidade Quilombola no Baixo Salitre, com sede no Alagadiço. Isso que vai possibilitar atender ainda mais pessoas”, destacou.