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UNEB realiza evento internacional sobre Representações Sociais, Educação e Subjetividades: dias 22 e 23/11

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEdUC), realizará por transmissão virtual, nos dias 22 e 23 de novembro, o X Simpósio Nacional de Representações Sociais e Educação (SNARS) e a V Conferência Internacional de Representações Sociais e Subjetividades (CIRS-BA).

O evento é uma iniciativa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicanálise e Educação e Representações Sociais (Geppe-RS) da Universidade e terá como tema “Onde há fumaça, há fogo: representações sociais do humano e da natureza na era da crise climática”.

Os interessados devem realizar inscrição, gratuitamente, através do site do evento, até o dia 21 de novembro.

A programação prevê conferências, mesas-redondas, lançamentos de livros e comunicações orais, com pesquisadores nacionais e internacionais. Destaque para participação das professoras Denise Jodelet (França) e Risa Parmanadeli (Indonésia).

A atividade será realizada com apoio do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Representações, Educação e Sociedades Sustentáveis (Gipres), vinculado ao PPGEduC da UNEB.

Informações: Instagram – @uneb_rs_educacao

Texto: Leandro Pessoa/Ascom

Seminário nacional dialoga sobre educação científica, tecnológica e geográfica em escolas periféricas urbanas

Seminário constitui espaço para reflexão das diretrizes envolvidas no sistema educacional nas periferias urbanas

Estudantes e professores do ensino superior e da educação básica estiveram reunidos na abertura das atividades do I Seminário Nacional sobre Educação Científica, Tecnológica, Geográfica nas Escolas das Periferias Urbanas (Sedup Urbanas), realizado no Campus I da UNEB, em Salvador.

O evento é uma realização do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Representações, Educação e Sustentabilidade (Gipres) da Universidade, e constitui um espaço para reflexão e discussão acerca das concepções, princípios e diretrizes envolvidos na construção do sistema educacional, das políticas públicas e das diretrizes nacionais, bem como das práticas de Educação, em Periferias Urbanas.

Evento teve apoio dos programas de pós-graduação PPGEduC e Proet da UNEB

A mesa de abertura contou com a participação do gerente de Pesquisa e Pós-Graduação da PPG da UNEB, Aníbal Santos, da diretora substituta do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I, Janeide Ferreira, do diretor do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I, Djalma Fiuza, e do coordenador do Gipres, Natanael Bonfim.

Natanael Bonfim explicou que o seminário foi pensado a partir de uma estrutura e diálogo que a UNEB já possui com as Escolas de Educação Básica e também com os programas de pesquisa e extensão de outras Universidades do país. “Identificamos a necessidade desse diálogo mais estreito entre os estudantes e professores de ensino superior com os estudantes e professores da educação básica de escolas periféricas. Assim se constituiu a Rede Nacional de Pesquisadores em Educação Periféricas Urbanas. A gente se sente muito feliz pela oportunidade de materializar esse diálogo por meio deste seminário”, ressaltou Natanael.

Também estiveram na abertura do seminário o coordenador do programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da Universidade, Emanuel Nonato, e a gerente de gestão escolar da Secretaria Municipal de Educação de Salvador, Patrícia Almeida.

Egressa da UNEB, Patrícia Almeida destacou a relevância do diálogo entre a educação superior e a educação básica. “É nesse encontro que nascem as grandes construções e aprendizagens, pois a educação básica guarda esse potencial de iniciação da vida acadêmica, pois em todos os espaços que se encontram pessoas dispostas ao saber existirá a aprendizagem”, declarou Patrícia.

Educação e cidadania nas periferias urbanas da América Latina

Atividade reservou conferência de Luís Zora, professor da Universidade de Cundinamarca Bogotá

O evento reservou a conferência de abertura “Educação e Cidadania como afirmação de direitos subjetivos nas periferias urbanas da América Latina”, ministrada pelo Luís Vasquez Zora, professor Universidade de Cundinamarca Bogotá, na Colômbia.

O pesquisador convidou os presentes a ampliarem sua perspectiva do conceito de direitos subjetivos, demonstrando que a incompreensão dele está na raiz de muitos dos conflitos sociais. “Possuir direitos sociais não significa necessariamente que temos uma vida confortável. É possível identificar uma raiva nos grupos sociais ao lidar com as diferenças. Isso constitui um desafio para os direitos subjetivos, que são um ideal que se não devidamente compreendidos podem se tornar um pesadelo”, frisou o palestrante.

Durante a abertura do evento, o público teve a oportunidade de prestigiar a apresentação musical do cantor Josemar Freitas.

A programação do evento segue até sexta-feira (27), com mesas temáticas, conferências, relatos de experiência, oficinas, minicursos, painel de debate e mostra de vídeos e fotografias.

A primeira edição do Sedup Urbanas tem apoio dos Programas de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduc) e em Estudos Territoriais (Proet) da universidade.

Texto e fotos: Leandro Pessoa/Ascom

Cultura digital e IA na educação centralizam discussões em seminário internacional do ForTEC

Com transmissão pela TV UNEB, sessão de abertura foi prestigiada por gestores da universidade.

Os impactos da cultura digital e da inteligência artificial (IA) no campo educacional foi tema central do VII Seminário Internacional do ForTEC, realizado de quarta a sexta-feira (11 a 13) no Campus I da UNEB, em Salvador.

Promovido pelo grupo de pesquisa Formação, Tecnologias, Educação a Distância e Currículo (ForTEC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da UNEB, o evento teve sua programação concentrada no teatro da universidade e em auditórios de departamentos do campus, reunindo pesquisadores, docentes, discentes e gestores da UNEB e de instituições de educação superior da Bahia e de outros estados do país e estrangeiras.

A sessão inaugural do seminário, dia 13, no teatro, foi transmitida ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube. Após apresentação musical do professor da universidade Sílvio Carvalho, a mesa de abertura foi composta pela pró-reitora de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel – que representou a reitora Adriana Marmori –, pelo pró-reitor de Pós-Graduação (PPG), Elizeu Clementino, pelo coordenador do PPGEduC, Emanuel Nonato, líder do ForTEC, e pela diretora substituta do Departamento de Educação (DEDC) do campus, Janeide Medrado, com participação ainda do docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) Gidevaldo Novais, que integra o grupo de pesquisa.

Gabriela Pimentel (ladeada por Elizeu Clementino e Emanuel Nonato) destacou o apoio da Reitoria.

A pró-reitora Gabriela Pimentel, ao dar as boas-vindas aos participantes e parabenizar a organização do seminário, expressou os votos da reitora Adriana Marmori de que o evento seja coroado de pleno êxito acadêmico.

“A Reitoria não mede esforços para apoiar e trazer a pesquisa e a produção científica para as discussões nesta universidade. Agregamos hoje mais de 170 cursos de graduação e mais de 30 programas de pós-graduação, transitando em todas as áreas do conhecimento. É muito importante, portanto, trazer o tema da cultura digital para discussão dentro desta instituição, e esperamos que essa discussão seja espelhada em todos os espaços da UNEB”, destacou Gabriela Pimentel.

Em sua fala, o pró-reitor Elizeu Clementino (PPG) saudou os estudantes de graduação e professores da educação básica e os pesquisadores de universidades de Portugal e Espanha presentes.

“O ForTEC tem se constituído como espaço de redes e de rizomas. E a temática deste ano se inscreve nos impactos que temos vividos contemporaneamente – impactos das inteligências artificiais (IAs) e de programas como o ChatGPT na nossa vida cotidiana e acadêmica”, disse Elizeu Clementino, alertando que “precisamos aprender a conviver com essas novas tecnologias, mas também precisamos fazer um outro movimento: o de construir culturas humanas saudáveis para conviver com as disposições tecnológicas, e o ForTEC vem contribuindo significativamente com esse movimento nos contextos local, regional, nacional e internacional”.

Colonização da atenção

Na sessão inaugural, o coordenador do PPGEduC e líder do grupo de pesquisa, Emanuel Nonato, ao agradecer aos parceiros e apoiadores do evento, salientou que “é uma alegria manter, já em sua sétima edição, esse espaço de interlocução sobre educação e tecnologia“: “Espero que esse seminário possa fazer de todos nós pesquisadores mais aptos aos desafios que esse campo nos apresenta neste quadrante do século XXI”.

Com mediação de Emanuel Nonato, o pesquisador e professor da Universidade de Málaga (UMA), da Espanha, Ángel Gómez proferiu a conferência de abertura “Educar la atención en la era digital“.

O conferencista iniciou afirmando (em tradução livre do espanhol) que “quero compartilhar minhas perplexidades, nos últimos anos, pela situação especial que estamos vivendo para o bem e para o mal”.

Ángel Gómez (UMA): deteriorização do desenvolvimento cognitivo e emocional pelas novas tecnologias.

“Nos últimos 25 anos, vimos avançar a internet, os celulares inteligentes, as plataformas e redes sociais, sem refletirmos e trabalharmos o suficiente para oferecermos oportunidades pedagógicas de utilização dessas novas tecnologias. Com essas tecnologias vemos incríveis oportunidades de interação, imaginação e de solução de problemas e criatividade. Mas ao mesmo tempo, elas produzem a deterioração do desenvolvimento cognitivo e emocional de crianças e jovens, principalmente em fase de formação, que utilizam massivamente essas tecnologias e a IA”, enfatizou Ángel Gómez.

Segundo o docente espanhol, sobre os problemas da atenção na cultura digital, “estamos vivendo uma colonização da atenção de nossas crianças e jovens por parte das redes sociais”.

Esta edição do ForTEC – evento bienal criado em 2014 – contou com a parceria da Unidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead) da UNEB e a colaboração do grupo de pesquisa na Universidade do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Divulgação.

VII Seminário de Pesquisa em Educação do ForTEC aborda cultura digital e inteligência artificial: de 11 a 13/09, em Salvador

O grupo de pesquisa Formação, Tecnologias, Educação a Distância e Currículo (ForTEC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da UNEB, vai promover o VII Seminário de Pesquisa em Educação do ForTEC, de 11 a 13 de setembro, no Teatro da Universidade, localizado no Campus I, em Salvador.

Esta edição do evento terá como tema “Cultura digital e inteligência artificial na educação: interface, alcances e entraves”, com conferência de abertura de Ángel Pérez Gómez, professor da Universidade de Málaga, na Espanha.

Os interessados em participar como ouvinte devem realizar inscrição no site do evento, até o dia 13 de setembro. A taxa varia entre R$ 50 e R$ 90. Os participantes receberão certificado.

A programação reserva conferências, mesas, palestras temáticas, apresentação de trabalhos e atividades culturais. O evento será transmitido pelo canal da TV UNEB, no YouTube.

O VII Seminário do ForTEC é realizado em parceria com a Unidade Acadêmica de Educação à Distância (Unead) da UNEB e do grupo de pesquisa ForTEC da Universidade do Sudoeste da Bahia (Uesb).

UNEB abre seleção para matrícula regular 2025 no PPGEduC – mestrado e doutorado; inscrições até 04/09

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC), do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I, em Salvador, abriu processo seletivo para aluno de matrícula regular dos cursos de mestrado e doutorado acadêmicos do programa.

Estão sendo ofertadas 69 vagas, sendo 32 para o mestrado e 37 para o doutorado, para ingresso no primeiro semestre de 2025.

As inscrições estão abertas até o próximo dia 4 de setembro, devendo ser realizadas exclusivamente pela internet, na página do Sistema de Seleção Discente de Pós-Graduação (SSPPG) da universidade. A documentação exigida e os critérios de participação no processo seletivo estão detalhados no edital da seleção.

No ato de inscrição, o candidato deve indicar uma das quatro linhas de pesquisa do programa para a qual está concorrendo. Os valores da taxa de inscrição são de R$ 150 para o mestrado e de R$ 200 para o doutorado.

O PPGEduC reserva 40% do total de vagas para candidatos negros que atendam os requisitos indicados no edital. As demais vagas são assim distribuídas: 30% para ampla concorrência, 20% para servidores docentes e técnicos administrativos do quadro efetivo da instituição e 10% para estrangeiros não residentes no Brasil.

Estão previstas ainda sobrevagas para candidatos indígenas (na proporção de 5% do total de vagas), quilombolas (5%), ciganos (5%), com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades (5%) e transexuais, travestis ou transgêneros (5%).

O processo seletivo para o curso de mestrado do programa está organizado em duas fases: a primeira compreende todos os procedimentos relativos à inscrição do candidato; a segunda compreende o exame de seleção, sendo dividida em cinco etapas: aderência do anteprojeto, prova dissertativa, avaliação de anteprojeto de pesquisa, avaliação do currículo lattes e entrevista oral.

O processo de seleção para o doutorado também está organizado em duas fases: a primeira compreende todos os procedimentos relativos à inscrição do candidato; a segunda compreende quatro etapas: aderência do projeto, avaliação do projeto de pesquisa, avaliação do memorial acadêmico e do currículo lattes e entrevista oral.

O resultado final da seleção para ambos os cursos, após recursos previstos, deve ser divulgado no dia 26 de março de 2025. Matrícula e início das aulas serão definidos oportunamente.

Inscreva-se para o PPGEduC – mestrado

Inscreva-se para o PPGEduC – doutorado

Veja edital completo da seleção

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Imagem: Divulgação.

ASCOM Entrevista: Lennize Pereira Paulo “Ninguém acreditava, ninguém falava sobre a Universidade de Pacientes. Hoje, somos reconhecidos mundialmente”

Lennize Pereira Paulo foi a palestrante convidada da abertura do semestre letivo 2024.2 do PPGEduC

A Assessoria de Comunicação (Ascom) da UNEB conversou com a pesquisadora Lennize Pereira Paulo, professora associada da Faculdade de Medicina e da Universidade de Pacientes, da Sorbonne Universidade, na França.

A docente trabalha com educação de adultos há 25 anos e, mais especificamente, com pessoas que vivem com doenças crônicas e profissionais de saúde. Lennize colaborou para criação da Universidade de Pacientes – Sorbonne Universidade (UdP-Sorbonne) com sua fundadora Catherine Tourette-Turgis.

Com 25 anos de experiência, Lennize colaborou para criação da Universidade de Pacientes

No último dia 13 de agosto, a cientista esteve no Campus I da UNEB, em Salvador, para proferir a conferência de abertura do semestre letivo 2024.2 do Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da universidade. A palestra teve como tema “Reconhecer a experiência e a expertise do doente: a universidade dos pacientes”.

Nesse bate-papo, a pesquisadora nos convida a conhecer como surgiu o projeto Universidade de Pacientes, de que forma a iniciativa se diferencia das outras ações voltadas para a educação em saúde e quais são as metodologias pedagógicas utilizadas para garantir que o aprendizado seja eficaz e envolvente para os/as estudantes pacientes.

Assessoria de Comunicação (Ascom): O que é a Universidade de Pacientes – Sorbonne e como surgiu a ideia desse projeto inovador?

Lennize Pereira Paulo: A Universidade de Pacientes é uma iniciativa inovadora que traz para a universidade a experiência da doença como um legado, uma proposta que acrescenta ao ser humano toda uma nova versão, apresenta uma parte do que o ser humano é capaz de produzir em situações de vulnerabilidade, além de reconhecer essa vivência como parte integrante da experiência humana e, portanto, que merece ser reconhecida.

A Faculdade de Medicina da Universidade Sorbonne foi o primeiro estabelecimento de ensino superior a abrigar uma Universidade de Pacientes. A ideia de uma Universidade de Pacientes veio da ideia da pesquisadora Catherine Tourette-Turgis, em 1997, quando ela acompanhava pacientes com AIDS que tinham se preparado para morrer e que, com a chegada das terapias triplas, se viram confrontados com o difícil retorno à saúde. Eles precisavam de um lugar onde pudessem ter suas experiências reconhecidas, pois haviam perdido tudo.

Ascom: Qual o principal objetivo da Universidade de Pacientes e como ela se diferencia de outras iniciativas voltadas para educação em saúde?

Lennize Pareira Paulo: A UdP-Sorbonne atende a uma demanda das pessoas que vivem com uma doença crônica e desejam mobilizar sua experiência e compartilhar seus conhecimentos com a comunidade no campo da saúde, da formação ou em qualquer área na qual possam aplicar suas competências adquiridas. A UdP-Sorbonne também atende a uma necessidade das instituições, associações e organizações que trabalham no campo da saúde e desejam adaptar suas práticas aos princípios da democracia participativa em saúde.

O principal objetivo da Universidade dos Pacientes é reconhecer o saber da experiência como sendo um saber válido e merecendo o seu reconhecimento, no nível que a sociedade põe em mais alta instância do saber que é a universidade. A Universidade dos Pacientes nasceu da ideia de que o que as pessoas desenvolvem na experiência de vida quando têm uma doença crônica precisam ter um reconhecimento em termos de diploma ou de qualificação, que sirvam para o currículo delas, que sirvam para aumentar a entrada delas na sociedade ou no trabalho ou na reconversão profissional. Então, o objetivo da Universidade dos Pacientes é também mudar a visão de mundo em termos do que é ser doente, do que é o ser humano conviver com uma doença, mas também ajudar o mundo da saúde a reconhecer e crescer para eles e para outros.

Ascom: Como os pacientes são selecionados para participar dos programas da Universidade dos Pacientes? Existe um processo de seleção ou treinamento específico?

Lennize Pereira Paulo: Não existe processo de seleção. Os pacientes nos procuram e, partir daí, temos uma equipe que discute cada caso para verificar o que é possível se fazer. Cada caso é tratado de maneira humanizada por uma equipe.

Ascom: Quais são as metodologias pedagógicas adotadas pela Universidade dos Pacientes para garantir que o aprendizado seja eficaz e envolvente para os/as estudantes pacientes?

Lennize Pereira Paulo: Nós temos uma tradição pedagógica que leva em conta as experiências das pessoas. Então, é uma construção de saberes que são confrontados entre eles e confrontados com o saber institucionalizado da medicina, da farmácia, da genética, de profissionais de saúde que acompanham pessoas vivendo a experiência da doença. Então, eles aprendem sobre as doenças deles, mas também sobre a doença específica do outro e, ao mesmo tempo, tem uma pedagogia onde a narratividade e o encontro das subjetividades são muito importantes.

Ascom: Como a Universidade dos Pacientes adapta seus programas para atender a diferentes perfis de pacientes, incluindo aqueles com necessidades especiais ou condições crônicas?

Lennize Pereira Paulo: Em geral, nossos pacientes são de situações crônicas. Então, tudo já é pensado para essa realidade. Nós nos adaptamos e estudamos. Quando temos um projeto, vamos às associações e aos hospitais e fazemos uma imersão, chamamos às pessoas para nos ensinar e construímos a partir dessas experiências. Mesmo nosso espaço é pensado para necessidades especificas, a necessidade de intimidade para os autocuidados: banheiro exclusivo, uma cozinha equipada, sofás, ventiladores, aquecedores, cobertores. Tudo isso disponível para facilitar os/as estudantes um viver dos cursos e das atividades formativas sem tensão e mais acolhedora.

Ascom: Enquanto pesquisadora, que tipo de impacto tangível observou nas comunidades e nas instituições de saúde após as implementações dos cursos e programas da Universidade de Pacientes – Sorbonne Universidade?

Lennize Pereira Paulo: A universidade começou a se abrir para os/as pacientes. Em 2010, quando ela foi lançada oficialmente, eles não tinham acesso a diplomas porque eram pacientes. Hoje, temos, pelo menos, de acordo com um último rápido estudo que fiz, já tínhamos mais de 24 faculdades que introduziam pacientes, por exemplo, sobre os mais variados temas que vão da educação terapêutica do paciente até o acompanhamento da transição do gênero. Lá já colocaram essas pessoas interessadas. Antes, eram só os profissionais que falavam dessas pessoas. Hoje, elas estão dentro do programa para falarem delas também. Então, em termos universitários, houve um impacto muito grande. No início, todo mundo ria das nossas ações e às vezes atacavam publicamente Catherine, sua fundadora. Hoje todo mundo quer fazer. É um impacto muito grande na sociedade porque as pessoas têm acesso e produzem saberes. Há um outro impacto que é a participação de nossos/nossas estudantes pacientes que depois do diploma atuam nos hospitais, nas formações dos profissionais de saúde e nas pesquisas, propõem dispositivos inovadores que vão muito além do hospital e do sistema de saúde, como o exemplo da criação de dispositivos de acompanhamento do retorno ao trabalho dessas pessoas, que tiveram uma íntima experiência com o câncer.

A França está fazendo um trabalho maravilhoso nesse sentido, graças ao nosso trabalho e das outras iniciativas mundiais, mas fizemos a nossa parte numa época em que ninguém acreditava, ninguém falava sobre a Universidade dos Pacientes. Temos uma experiência de avanço de 15 a 20 anos.

Entrevista realizada por Rozin Daltro/Ascom, com produção e edição de Danilo Cordeiro/Ascom

Fotos: Danilo Cordeiro/Ascom 

Veja galeria de fotos da participação da professora Lennize Pereira Paulo na abertura do semestre letivo 2024.2 do PPGEduC

UNEB realiza evento sobre Educação Científica, Tecnológica e Geográfica nas Escolas das Periferias Urbanas nos dias 26 e 27/09, em Salvador

A UNEB, por meio do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Representações, Educação e Sustentabilidade (Gipres), vai promover o I Seminário Nacional sobre Educação Científica, Tecnológica, Geográfica nas Escolas das Periferias Urbanas (Sedup Urbanas), nos dias 26 e 27 de setembro, no Campus I da instituição, em Salvador.

O evento tem a finalidade de criar um espaço de intercâmbio que fomente a reflexão e discussão sobre aspectos que envolvem as concepções, princípios e diretrizes para um sistema educacional, políticas públicas e diretrizes nacionais, bem como práticas de Educação em Periferias Urbanas.

Os interessados em submeter trabalhos (ver regras) devem enviá-los para o e-mail resumos.sedup.urbanas@gmail.com, até o dia 15 de setembro. As inscrições para participantes devem ser realizadas gratuitamente, até o dia 26 do mesmo mês, no site do evento.

O seminário reserva em sua programação conferências, mesas de debate, comunicação e relatos de experiências, oficinas e minicursos, lançamento de livros, premiação de mostra de vídeos e fotografias, e apresentação cultural.

A primeira edição do Sedup Urbanas tem apoio dos Programas de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduc) e em Estudos Territoriais (Proet) da universidade.

Informações: www.sedup.urbanas.uneb.br

UNEB sedia 10ª edição do Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica (Cipa); abertura atrai centenas de pesquisadores do Brasil e exterior

Mesa de abertura do evento teve participação de gestores, pesquisadores

A UNEB está sediando, no Campus I, em Salvador, a décima edição do Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica (X Cipa), entre os dias 20 a 23 de maio.

A abertura do evento, na manhã de ontem (20), lotou o teatro da universidade, com a presença de centenas de docentes, discentes, pesquisadores, gestores e convidados da UNEB e de instituições da Bahia, do Brasil e de outros países. O congresso também está sendo transmitido ao vivo pela internet, no canal da TV UNEB, no YouTube.

Centrada no tema “Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica: democracia, narrativas e outros modos de vida“, essa edição é segunda que a UNEB recepciona (a primeira foi em 2006), comemorando os 20 anos de história do congresso, que foi inaugurado em 2004.

O X Cipa é promovido pela UNEB em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (Biograph) e o Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da universidade.

A mesa da abertura foi composta pela reitora Adriana Marmori, a vice-reitora Dayse Lago, o secretário especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB, Elizeu Clementino, que preside o X Cipa, a diretora do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da universidade, Carla Liane, o discente Ângelo Dantas, da comissão de estudantes do PPGEduC, e a presidente da Biograph, Rosvita Bernardes.

Reitora Adriana Marmori saúda os participantes: educação emancipatória e antirracista.

“Parabéns todas e todos vocês que fazem pesquisa, em especial na área da educação, em nossa UNEB e demais instituições. Acreditamos em uma educação que seja emancipatória, antirracista, uma educação que trate das relações com o planeta e com todos os seres vivos. Aproveito para saudar as pedagogas e pedagogos aqui presentes no nosso dia [20 de maio, Dia do(a) Pedagogo(a)] e registar nossa inteira solidariedade aos educadores povos do Sul do Brasil, que passam por este momento de calamidade”, destacou a reitora Adriana Marmori, parabenizando a equipe organizadora do evento.

Dayse destacou o esforço da gestão na formação dos servidores e docentes

Ao dar as boas-vindas aos participantes do congresso, a vice-reitora Dayse Lago enfatizou “o esforço grande da nossa gestão não apenas de buscar estruturar a UNEB como também investir na formação de pessoas e dos nossos servidores docentes e técnicos”.

Já o presidente do X Cipa, Elizeu Clementino, expressou agradecimentos especiais a pesquisadores e gestores que “contribuíram muito para esse nosso movimento chegar até aqui”. O titular da Serint fez um resumo de cada edição do Cipa nos 20 anos de história do evento.

Elizeu agradeceu todas as pessoas envolvidas que fizeram acontecer o X Cipa

“Tivemos, nesta edição, um total de 1.016 inscritos, dos quais 896 são associados da Biograph; 603 inscritos submeteram trabalhos em diferentes modalidades do congresso. A participação de pesquisadores brasileiros e estrangeiros – do Canadá, Portugal, França, México, Colômbia, Argentina, Chile –, de estudantes de pós-graduação e de graduação, de professores da educação básica e de movimentos sociais atesta a capilaridade do Cipa para discussões sobre diferentes domínios e interfaces da pesquisa (auto)biográfica”, assinalou Elizeu Clementino, agradecendo à Reitoria, às assessorias de Comunicação (Ascom) e de Cultura e Arte (Ascult) da universidade pelo amplo apoio ao evento.

A mesa solene contou também com a presença do pró-reitor de Infraestrutura (Proinfra), João Rocha, representando o grupo gestor da administração central da UNEB; da diretora regional Sudeste da Biograph, Ecleide Furlanetto, das representantes do conselho fiscal, Carmem Passos, e do conselho de publicação, Filomena Monteiro, da associação; e das representantes da Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (RBPAB), Dislane Moraes, e do grupo GIS Le Sujet dans la Cité (França), Christine Delory-Momberger.

A abertura foi precedida da apresentação artística da Escola Olodum e do Tripé Mágico.

Vozes insubordinadas

A conferência de abertura, ainda na manhã do ontem, foi proferida pelo veterano pesquisador francês Gaston Pineau, da Université de Tours, pioneiro nos estudos dessa área.

Gaston apresentou balanço da trajetória das pesquisas divulgadas no âmbito da história da Biograph e do Cipa

O estudioso apresentou um balanço da trajetória das pesquisas e das publicações no âmbito da história da Biograph e do Cipa. “Para trabalhar esse objetivo de construção de sentido da vida e para a própria vida, os movimentos de pesquisas (auto)biográficas e de histórias de vida e formação pretendem evitar um desperdício planetário e mortificante de experiências humanas  vividas e se inscrevem em movimentos cidadãos e polêmicos sobre a ciência”, concluiu Gaston Pineau.

No turno vespertino do primeiro dia do congresso, o teatro universitário recepcionou a mesa “Artes de viver conhecer e formar: vozes insubordinadas“.

Evento teve a presença do cacique Juvenal Payayá, indicado ao título de doutor honoris causa da UNEB

Com mediação do professor Michael Ramos, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPGED) da UNEB, relataram breve histórico de suas trajetórias de vida e lutas o cacique Juvenal Payayá, que este ano vai receber o título de doutor honoris causa da universidade (já aprovado pelo Conselho Universitário); a doutoranda Thiffany Odara, mestra pelo PPGEduC, mulher trans negra, ialorixá e ativista; a triatleta, cantora e multiartista Ira Vilaronga, atuante em defesa dos direitos das pessoas cegas e de baixa visão, também mestra pelo PPGEduC.

Antes de sua fala, o cacique Payayá chamou ao palco sua esposa, Edilene Payayá, para realizarem uma cerimônia de reverência aos ancestrais e ao grande espírito do seu povo. Membro fundador do Movimento Associativo Indígena Payayá (Maip), o cacique publicou 12 livros, entre romances, contos, crônicas e poesia.

O X Cipa se estende até esta quinta-feira (23), com diversificada programação acadêmico-cientifica e artístico-cultural no campus da universidade. Essa edição tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira e Danilo Cordeiro/Ascom.

UNEB abre seleção para aluno de matrícula especial 2024.2 nos cursos de mestrado e doutorado do PPGEduC; inscrições de 31/05 a 01/07

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC), vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do Campus I, em Salvador, está com inscrições abertas – entre os dias 31 de maio a 1º de julho – para seleção de aluno de matrícula especial 2024.2 dos cursos de mestrado e doutorado do programa.

Estão sendo ofertadas 25 vagas em 13 disciplinas para ingresso no semestre letivo 2024.2. Os candidatos podem se inscrever para seleção em até duas disciplinas. Do total de vagas, o programa reserva cotas na proporção de 40% para negros.

As inscrições devem ser realizadas por meio do Sistema de Seleção Discente de Pós-Graduação (SSPPG) da UNEB. No ato da inscrição, o candidato deve anexar a documentação requerida, em formato PDF, conforme edital da seleção. A taxa é de R$ 80.

O processo seletivo consistirá de duas etapas: homologação das inscrições e análise da justificativa (para cada disciplina escolhida) e do currículo Lattes do candidato. O resultado final da seleção será divulgado no dia 5 de agosto, com o início das aulas previsto para o dia 12 do mesmo mês.

Acesse aqui edital da seleção

Acesse aqui SSPPG/UNEB para inscrição

Informações: e-mail selecaoppgeduc@uneb.br.

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Imagem: Anderson Freire/Ascom.

UNEB realiza colóquio internacional sobre Educação e Humanidades; inscrições para submissão de trabalhos até 29/01

O Grupo de Pesquisa Educação e Humanidades (UMANITÀ), vinculado ao Programa de Pós-Graduação Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da UNEB realizará, entre os dias 13 e 15 de março, o I Colóquio Internacional de Educação e Humanidades (CIEH), no Teatro da universidade, no Campus I, em Salvador.

O evento tem como objetivo difundir e expor o saber relacionado com a Educação, as Humanidades tanto no campo da racionalidade tecnocientífica, quanto e principalmente em diferentes patrimônios simbólicos, de saber e produção de sentido.

“O colóquio exporá um inventário de estudos, ações, aprofundamentos realizados no âmbito do Grupo de Pesquisa Educação e Humanidades (UMANITÀ), apresentando como esses campos se diferem da Ciência, embora também possam ser tratados por ela, mas com ênfase em suas singularidades, originalidades, na sua relação fundamental com os significantes da transmissão, do saber e da subjetividade”, explica um dos coordenadores do evento, Arnaud Soares.

As inscrições para submissão de trabalhos (ver regras) seguem até o dia 29 de janeiro. Os artigos devem abordar as áreas temáticas sobre “Educação e Artes”, “Educação e Tecnologia da Informação e Comunicação”, “Epistemologia, Currículo: pesquisas em educação”, e “Processos Tecnológicos, Educação e Humanidades”.

Já as inscrições para ouvinte devem ser solicitadas, até o dia 23 de fevereiro, no site do evento. A taxa varia de acordo com o perfil do público (R$20 para estudante de graduação, R$40 para discente de pós-graduação, e R$50 para professor e pesquisador).

A programação do colóquio reúne conferências, mesas-redondas, comunicações orais, oficinas e minicursos.