A Editora da universidade (Eduneb) irá lançar novos livros selecionados pelo Edital de Publicação de 2022/23, em live a ser transmitida pelo canal da TV UNEB, no Youtube, nesta terça-feira (12), às 19h.
Serão lançados três títulos:
Decadência e superação da metafísica a partir de Heidegger, escrito por Flávio de Oliveira Silva;
A Gestão Encarnada do Conhecimento – Grupo de pesquisas em gênero, sexualidades e queer de autoria de Clebemilton Gomes do Nascimento;
Corporeidades, Feminilidades, Homossexualidades e Transsexualidades – Constituição de Identidades de Gênero do autor Pedro Paulo Souza Rios.
Na manhã deste domingo (10), foi dada a largada para as provas do Vestibular UNEB 2024. Ao todo, 23.973 concorrentes (20% de abstenção) participaram do certame.
Foram aplicados os exames de língua portuguesa (incluindo literatura brasileira), língua estrangeira (inglês, espanhol ou francês) e ciências humanas (história, geografia e atualidades).
Na redação, os participantes foram convidados a produzirem um texto dissertativo sobre o tema “Doenças psicológicas e sua relação com estilo de vida da atualidade”.
Aproximadamente 2.370 profissionais trabalham para garantir a realização do processo seletivo em 68 estabelecimentos, 22 na capital e 46 do interior, em 25 cidades da Bahia.
Expectativa dos candidatos
Antes de começar as provas, os candidatos estavam com expectativas positivas. O jovem Rafael Leôncio se mostrou esperançoso para garantir uma das vagas do curso de Medicina, ofertado no campus de Salvador.
“Estou sentindo que esse vestibular será de vitória. Estudei, me dediquei e sinto que serei recompensado com meu desempenho nas provas”, contou o vestibulando, que deixou uma mensagem de autoestima para seus concorrentes: “Tenham esperança e espero que nenhum dos outros candidatos desistam dos seus sonhos”.
A candidata Renata Vitória Soledade confessou a sua ansiedade antes de começar o exame. “Estou um pouco ansiosa, mas torcendo que dê tudo certo. Venho me preparando para esse momento. Confesso que, a medida que se aproxima a hora das provas, bate aquele medo, aquela ansiedade, mas creio que vai dar tudo certo”, afirmou a concorrente a vaga do curso de Sistema de Informação.
Cursista do Programa Universidade Para Todos (UPT) Pop Rua da UNEB e também concorrente do vestibular, Sandra Regina Santos, aparentava tranquilidade e descontração. “Estou tranquila e estudei o máximo que pude para este dia de hoje. A universidade pública é o meu lugar!”, celebrou confiante.
Acolhimento aos candidatos
Momentos antes das aplicações das provas, a reitora da universidade, Adriana Marmori, a vice-reitora, Dayse Lago, e a pró-reitora de Ensino de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel, acolheram os candidatos nas escolas que visitaram na capital baiana.
“Os novos discentes que ingressarão na UNEB terão um grande acolhimento da comunidade acadêmica tanto dos professores, quanto dos nossos servidores técnicos e dos nossos estudantes. Irão encontrar uma gestão organizada estrategicamente para dar apoio aos discentes com as Pró-Reitorias de Ações Afirmativas, Assistência Estudantil, Graduação e demais setores, ou seja, uma rede comprometida em desenvolver uma educação superior de qualidade. A UNEB há 40 anos articula a formação cidadã à produção de ciência, tecnologia e inovação contextualizada, aspectos necessários para os profissionais em qualquer ramo de atividade e área de conhecimento. Desejo a vocês boa prova e sendo aprovados(as), boas vindas à nossa instituição”, ressaltou a reitora.
A vice-reitora, Dayse Lago, destacou que a universidade tem a premissa de formar cidadãos para a vida. “A UNEB se preocupa com a preparação de profissionais competentes para atuar nos diversos campos de atuação. Nossa intenção não é só prepará-los para o conhecimento técnico, mas também para o conhecimento político, da dimensão afetiva e social”, declarou.
A pró-reitora de Ensino de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel, destacou que a instituição está preparada para receber os novos estudantes. “Nossos candidatos não são apenas milhares de pessoas. Para nós, da UNEB, cada pessoa que concorre a uma vaga tem sua vida, sua trajetória. E é nesse movimento, que recebemos cada um e cada uma, com sua história, nesse período de processo seletivo. A UNEB é casa do povo e pelo povo que trabalhamos diuturnamente. Sigo aqui na torcida por todas as dezenas de milhares de pessoas diversas, que confiaram a sua formação superior a UNEB. Sucesso a todos e todas!”, disse.
O coordenador de um dos locais de prova, Roberto Gonçalves, avaliou que a aplicação das provas no estabelecimento “foi marcado pela tranquilidade e sem intercorrências. A Universidade do Estado da Bahia está pronta para receber os nossos futuros estudantes”.
Provas continuam amanhã (11)
Nesta segunda-feira (11), serão aplicados os exames de matemática e ciências da natureza (física, química e biologia), conforme edital de convocação.
Nesta edição do Vestibular, a UNEB oferece 7.114 vagas, sendo 4.114 são para cursos de graduação na modalidade presencial e 3.000 oportunidades para os cursos na modalidade a distância, das quais 1.800 vagas são oferecidas pela instituição, 450 para cursos tecnológicos e 750 pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). O certame prevê o preenchimento das vagas para o ano letivo de 2024.
O Vestibular UNEB 2024 oferece mais de 150opções de cursos em toda a Bahia.
A Reitoria da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) publicou hoje (8) portarias, no Diário Oficial do Estado (DOE-BA), com as autorizações para conversão em pecúnia dos períodos de Licença Prêmio de servidores da instituição.
“A Gestão Universitária segue em trabalho engajado para fortalecer o reconhecimento dos direitos de todos os nossos trabalhadores e as nossas trabalhadoras. Nestas primeiras portarias constam 297 autorizações, dos servidores que deram entrada nos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro”, destaca a pró-reitor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da UNEB, professor Elias Dourado.
Ainda de acordo com o gestor, para a materialização da pecúnia, será respeitado o prazo dos seis meses previstos pela legislação, a contar do mês da solicitação/deferimento.
As novas listas seguirão o período e a ordem das solicitações, com amparo nos critérios especificados pelos dispositivos legais.
A Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da UNEB, realiza no próximo dia 13 de dezembro, às 9h30, no prédio Jequitaia (3º Andar), a abertura do projeto “Brecho Ecosolidário UNEB – rede de apoio mútuo através de saberes plurais, consumo e práticas conscientes para a sustentabilidade”.
A iniciativa, que se estende ao longo da semana, tem como objetivo estimular práticas de consumo consciente e sustentável, desenvolvendo ações envoltas pelo espírito de colaboração e coletividade.
“Para além de uma estrutura de trocas, é um espaço coletivo, colaborativo e multireferencial que visa, por meio de ações de caráter educativo, promover a saúde e a qualidade de vida da comunidade da UNEB”, explica a gerente de Qualidade de Vida da PGDP, Manuela Barreto.
Os participantes poderão adquirir os produtos em exposição a partir do uso de moedas ecosolidárias. Para conquistar as moedas é necessário realizar a doação de alimentos não perecíveis ou materiais de higiene pessoal e/ou limpeza, possibilitando assim a troca por produtos do brechó, de acordo com o valor estipulado.
O Brechó também aceitará doações de materiais diversos que estejam em perfeito estado e higienizados. As entregas deverão ser realizadas junto à Gerência de Qualidade de Vida e Promoção da Saúde da PGDP.
O Grupo de Trabalho de Educação Física (Gtef), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, está com inscrições abertas, até o dia 14 de outubro, para a nova turma do curso de massoterapia com técnicas em velas quentes.
Os interessados em participar devem se inscrever na sede do Gtef, no Campus I da universidade, em Salvador, das 8h às 13h.
As aulas serão ministradas de 16 a 19 de dezembro, na sala 10 do Departamento Ciências da Vida (DCV) do Campus I da instituição, em Salvador.
Informações: Gtef – cel. (71) 98724-0184 ou tel. (71) 3484-0016
Os estudantes do curso de Ciências Contábeis do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I da UNEB, em Salvador, participaram da elaboração de uma versão simplificada das Normas de Auditoria do Setor Público (NBASP).
O documento, que estabelece diretrizes de orientação à prática de auditoria, foi publicado pelo Instituto Ruy Barbosa e tem como proposta apresentar às NBASP de forma resumida e clara.
A versão simplificada do documento surgiu a partir de debates em sala de aula, durante a disciplina de Auditoria Governamental. “Uma das nossas estudantes fez um resumo da Declaração de Lima sobre Diretrizes para Preceitos de Auditoria. Gostamos do resultado da atividade e resolvemos ir adiante. Os discentes aceitaram de imediato o desafio lançado. É muito importante aproximar os estudantes de Ciências Contábeis dessas normas internacionais”, explica o professor Inaldo Araújo, que supervisionou a turma no projeto.
A discente do oitavo semestre do curso, Fernanda Dantas, ressaltou que ter participado do projeto proporcionou uma multiplicidade de saberes. “Tivemos a oportunidade não só de aprender as normas, mas também de compreender sua importância enquanto profissionais contábeis e também como cidadãos. É gratificante ver que essa versão foi publicada por uma instituição de renome no âmbito do controle público, e saber que o projeto servirá de apoio para inúmeras instituições e estudantes Brasil a fora”, contou.
O documento reúne informações sobre os princípios das auditorias financeira, operacional e conformidade, controle de qualidade das auditorias realizadas pelos Tribunais de Contas, código de ética e princípios fundamentais de auditoria do Setor Público.
A publicação conta com o apoio do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) e da Empresa Gráfica da Bahia (EGBA).
– Acesse aquio documento das Normas de Auditoria do Setor Público
Servidores e gestores participaram da inauguração do novo equipamento da universidade
Seguindo o compromisso de oferecer uma alimentação saudável e de qualidade a toda comunidade acadêmica, no início da tarde de hoje (6), foi inaugurada a unidade do Restaurante Universitário (RU) no prédio da UNEB, localizado na Avenida Jequitaia, em Salvador.
A cerimônia de abertura contou com a participação da reitora, Adriana Marmori, dos servidores técnicos e gestores da universidade que atuam no espaço.
“Estamos muito felizes em abrir a unidade do Restaurante Universitário aqui no prédio do Jequitaia, onde maior parte dos servidores técnicos da Administração Central, das pró-reitorias, das assessorias e secretarias atuam. O nosso objetivo, como gestão, é garantir espaços como esse em todos os campi da nossa instituição. Afinal, todos nós temos o direito a uma alimentação saudável, e qualidade e com segurança“, ressaltou a reitora.
A vice-reitora, Dayse Lago, também esteve presente na inauguração e destacou que o espaço era um desejo dos servidores. “A inauguração do RU no Jequitaia tem um sentido importante, porque além de atender os desejos dos servidores por espaço, é um demonstração de uma gestão humanizada, inclusiva e democrática que procuramos implementar na universidade”, afirmou.
Servidora da UNEB, Valquiria Lira, garantiu a sua primeira refeição no novo equipamento da universidade. “É essencial que os servidores e colaboradores da UNEB tenham uma referência de restaurante como o RU, formada por uma equipe de nutricionistas que zelará por uma alimentação balanceada e adequada para a continuidade do nosso trabalho”, declarou.
Segundo a diretora do RU, Telma Maia, o novo espaço oferecerá para os servidores “uma alimentação saudável de qualidade, com preço acessível a todos os colaboradores da universidade”.
A nova unidade do Restaurante Universitário no prédio da UNEB, na Avenida Jequitaia, oferecerá apenas o serviço de almoço, no valor de R$ 9, com funcionamento de segunda a sexta-feira. O espaço tem previsão de atender em média 250 pessoas por dia.
Evento teve como tema “Direito à Educação e reestruturação da profissão docente: narrativas e políticas públicas”
Fomentar a formação de pós-graduandos e professores nos estudos da Política Educacional, por meio da articulação de diferentes programas de pós-graduação em Educação. Esse é o objetivo da 3ª edição da Escola Doutoral, que reúne atividades até esta quinta-feira (7), no Campus I da UNEB, em Salvador.
Nesta edição, o evento como temática “Direito à Educação e reestruturação da profissão docente: narrativas e políticas públicas”.
A abertura do encontro, realizada ontem (5), contou com a participação da reitora da UNEB, Adriana Marmori, da vice-reitora, Dayse Lago, do secretário Especial de Relações Internacionais (Serint) da universidade, Eliseu Clementino, do coordenador do Programa Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduc) da instituição, Emanuel Nonato, e da docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dalila Andrade.
Reitora (dir.) e vice-reitora (esq.) participara do evento Escola Doutoral
“O tema deste evento é extremamente relevante dado ao nosso cenário político, enquanto docente na busca de uma reestruturação das nossas ações e de políticas públicas que construímos e ajudamos construir no nosso país. Desejo que os laços que serão formados aqui se conciliem, de fato, na construção da difusão de todas as ciências e que elas estejam a serviço da humanidade”, ressaltou a reitora.
A vice-reitora, Dayse Lago, destacou que o encontro propõe uma reflexão da ciência que é produzida na UNEB. “Esse é um momento de analisarmos o que produzimos enquanto ciência na universidade e de promovermos troca de experiências, mas também pensar como redimensionar e como fortalecer nossas formações como estudante e docente”, avaliou.
Elizeu: “Iniciativa visa centralidade de promover discussões no entorno do direito à educação”
Segundo o secretário da Serint, Eliseu Clementino, a Escola Doutoral nasce da articulação de três pesquisas financiadas pela CNPq e Capes em que reúne parcerias com pesquisadores de diferentes países. “Essa iniciativa tem como centralidade promover discussões no entorno do direito à educação e reestruturação docente somando um conjunto de parcerias, que já vem construindo diferentes ações de pesquisa, de formação, de publicação, com colegas pesquisadores de diferentes instituições e países como Estados Unidos, África do Sul, Espanha, Chile, Portugal, Argentina e México”, explicou.
Para o coordenador do PPGEduc da UNEB, Emanuel Nonato, evento como o da Escola Doutoral possibilita a articulação de relações entre estudantes de diversos países. “Este encontro oportuniza que nossos alunos inicie o trajeto de criar redes de relação, porque a profissão do conhecimento se faz em comunidade, é na articulação dos produtores de conhecimento que nós produzimos uma ciência forte e pujante”, disse.
Dalila: “Encontro traz a experiência de pesquisa e de colaboração, que rompe fronteiras”
A pesquisadora da UFMG, Dalila Andrade, ressaltou que a Escola Doutoral contribui para o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação. “Esse encontro traz a experiência de pesquisa e de colaboração, que rompe fronteiras e a barreira da língua. Iniciativa de longa data, de cooperação de uma década a partir da rede de pesquisadores formada no âmbito da Associação Mundial da Sociedade Científica da área de Educação”, frisou.
O evento também contou com a participação da diretora-substituta do Departamento de Educação (DEDC) do campus I, Janeide Ferreira, e da pró-reitora de Pesquisa e Ensino Pós-Graduação (PPG) da UNEB, Tânia Hetkowski.
Atividade teve conferência com participação do pesquisador Salim Vally (África do Sul)
A atividade ainda reservou a conferência “Direito à educação e o enfrentamento às desigualdades”, que foi ministrada pelos pesquisadores Salim Vally (University of Johannesburg University, Africa do Sul) e Dalila Andrade (UFMG), com mediação do secretário da Serint, Eliseu Clementino.
Durante os quatro dias de evento, houverá uma extensa programação formada por conferências, mesas-redondas, comunicações orais e oficinas de trabalho.
A Editora da universidade (Eduneb) irá lançar novos livros selecionados pelo Edital de Publicação de 2022/23, em live a ser transmitida pelo canal da TV UNEB, no Youtube, nesta quinta-feira (7), às 19h.
Serão lançados três títulos:
Vamos ensaiar? Planejamento e metodologias de ensaio em Música da escritora Elisama da Silva Gonçalves Santos;
Múltiplos Olhares para as Relações Raciais na Educação dos autores Maria Anunciação Conceição Silva, Fabiana Augusta Alves Jardim e Rosenilton Silva de Oliveira;
Violência de Gênero em Sant’anna Do Catú no Pós-Abolição, Bahia (1890-1930), escrita por Larissa Cheyenne Nepomuceno de Jesus.
Oitava edição do Seminário Internacional Acolhendo as Línguas Africanas (Siala) teve sua abertura no Teatro UNEB.
“Esse oitavo Siala já estávamos acertando para fazer em Sergipe, mas felizmente a UNEB se iluminou de novo com a gestão da reitora Adriana e toda sua equipe, que faz um trabalho muito competente”.
A reflexão da professora Yeda Pessoa de Castro, idealizadora do Seminário Internacional Acolhendo as Línguas Africanas (Siala), deu a dimensão da relevância desse evento na universidade, na abertura da oitava edição do evento na noite de ontem (4), no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador.
Uma das mais conceituadas etnolinguistas do país e fundadora do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros em Línguas e Cultura (NGEALC/UNEB), realizador do seminário, Yeda Castro não escondeu seu contentamento em participar da mesa do evento: “Recebo esse convite como um presente, no momento em que comemoro quase 90 anos de idade, a metade dos quais dedicada aos meus estudos entre Brasil e África”.
Etnolinguista Yeda Castro: “A UNEB trouxe para a academia o que nós chamamos de o povo de santo”.
“É uma alegria ver o Siala de volta a esta casa, onde ele nasceu. A UNEB trouxe para a academia o que nós chamamos de o povo de santo. E isso é uma vitória, uma verdadeira retribuição desta universidade por tudo que esse povo de santo tem feito para sobreviver e resistir a todo tipo de perseguição e a todo o regime escravocrata”, destacou a docente.
A etnolinguista contou que foi na UNEB que encontrou o espaço adequado para produzir e pesquisar sobre línguas e culturas africanas: “Em 2006, no reitorado do saudoso professor (Lourisvaldo) Valentim, com a professora Adriana Marmori como pró-reitora de Extensão (Proex), tivemos todo o apoio para fazer a primeira edição do Siala”.
Evento bianual, foi sediado na UNEB até a quinta edição, lembrou Yeda Castro. “Depois não encontramos mais o apoio necessário, e tivemos que realizar duas edições em outros estados. Até sermos novamente acolhidos agora pela gestão atual da universidade”.
Reitora Adriana Marmori: Siala foi original e pioneiro e tem inspirado outras experiências no país.
Presidindo a mesa de abertura do VIII Siala, a reitora Adriana Marmori reforçou as palavras da etnolinguista: “Falar do oitavo Siala é falar de uma história. O retorno desse grande evento para a UNEB foi um retorno com muita luta. E com esta edição, esse seminário internacional está se sedimentando como um espaço político importante de discussão sobre as línguas africanas na Bahia e no Brasil”.
“O Siala foi original e pioneiro na academia e tem inspirado outras experiências e eventos semelhantes no país. Cada vez mais precisamos estudar e preservar essa diversidade linguística que temos, que é o nosso maior patrimônio cultural e imaterial”, afirmou Adriana Marmori, acrescentando pensamento da filósofa, professora e escritora Lélia Gonzalez sobre o legado das lutas dos povos negros: “Foi dentro da comunidade escravizada que se desenvolveram formas politico-culturais de resistência que, hoje, nos permitem continuar uma luta plurissecular de libertação“.
Mãe Ana de Xangô destacou legado de Mãe Stella de Oxóssi, doutora honoris causa da UNEB.
Ao lado da reitora e da etnolinguista, compuseram também a mesa de abertura Mãe Ana de Xangô, ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, e Nengua de Nkice, sacerdotisa do Terreiro Tumbenci, ambas casas de candomblé em Salvador, e a pesquisadora Andréa Adour, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Muita felicitação estar aqui para falarmos das religiões de matriz africana, da sua essência, das memorias, patrimônio e cultura. Falar desses temas é falar de ancestralidade. E de lembrar de Mãe Stella de Oxóssi, doutora honoris causa da UNEB, a quem tive a honra de suceder e que implementou e valorizou a cultura da costura, do tecer fios, do pano do Alaká. O pano da costa é o pano de acolhe, que cobre o ventre da mulher”, contou Mãe Ana de Xangô, já adentrando o tema da mesa-redonda que daria continuidade à noite de abertura.
Nengua de Nkice (Mameto Lembamuxi) desejou que seminário seja de muitas vitórias para a universidade.
De volta ao Teatro UNEB pouco dias após a homenagem que recebeu em celebração aos 50 anos de sua iniciação no Terreiro Tumbenci, Nengua de Nkice (Mameto Lembamuxi) disse de sua “grande satisfação de estar nesta mesa do Siala, convidado pelo reitora Adriana e sua equipe; que esse seminário seja de muitas vitórias para a universidade e para todos e todas nós”.
A noite de abertura do seminário foi concluída com a mesa-redonda “Os fios da memória negra tecidos no Alaká“, com a participação de Yeda Castro e Mãe Ana de Xangô e coordenação da professora Eumara Maciel, do NGEALC. Os pesquisadores Muniz Sodré, da UFRJ, e Raul Lody, da Fundação Gilberto Freyre, que também participariam da mesa, enviaram mensagem por vídeo.
No começo das atividades, houve apresentação do Coral Universitário da UNEB, sob regência de André Lopes, docente da universidade.
A ampla programação do VIII Siala se estende até amanhã (6), com diversas conferências, mesas-redondas, minicursos e oficinas.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.