A UNEB e o Colégio Estadual Thales de Azevedo (CETA) realizaram, durante todo o dia desta quinta-feira (14), a Feira Axé Saúde. O evento foi realizado na unidade escolar, localizada no bairro do Costa Azul, em Salvador.
A iniciativa, destinada para estudantes, professores e gestores do colégio, teve como objetivo promover abordagem teórica e prática sobre racismo e antirracismo, ajudando professores e estudantes a entenderem como a saúde e a equidade racial estão conectadas.
A mesa de abertura contou com a presença da pró-reitora da Extensão (Proex) da UNEB, Rosane Vieira, das representantes das Secretarias estadual da Educação (SEC), Ana Cristina Santos, e da Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Aline Teles, além da diretora do CETA, Elisângela Marques, e da membro do Conselho Estadual da Saúde, Maria Eugênia.
“Precisamos aprender e entender que qualquer fenômeno social, qualquer debate, inclusive no campo das exatas, como a matemática, precisa ser racializado e generificado. Necessitamos entender quem produz esse conhecimento e que ele sempre é difundido de um lugar específico, de um lugar de fala. Pensar a saúde atravessada pelas questões étnico-raciais é fundamental para sairmos desse lugar e compreendermos as questões da saúde pública não apenas por uma perspectiva prática ou técnica”, destacou a pró-reitora da Proex, Rosane Vieira, que representou a reitora da UNEB, Adriana Marmori, atualmente em missão internacional.
A representante da Secretaria Estadual de Educação (SEC), Ana Cristina Santos, destacou a importância da feira de saúde. “Ficamos contentes que o Colégio Thales de Azevedo tenha a preocupação com o debate sobre a saúde da população negra. Nós temos realizado trabalhos e palestras sobre essa temática, e estar aqui hoje é de grande importância, porque sabemos que o racismo faz mal à saúde, e é preciso combatê-lo. Não é o fato de ser negro que vai causar a doença, mas o preconceito que nos afeta. Falar sobre esse tema com vocês, que são tão jovens, e buscar entender nossa história e nossa ampla ancestralidade é de fundamental importância”, afirmou a gestora.
A coordenadora da feira, Liliam Aquino, ressaltou que a realização da feira é fruto da consolidação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que norteia sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. “Penso que esse projeto da feira tem importância, levando em consideração as alterações que tivemos na LDB há alguns anos, como a questão da religiosidade afro-brasileira e da saúde da população negra. Para entender a saúde como uma questão também condicionada por aspectos sociais e raciais. Acredito que esse projeto pode ser uma referência para outras histórias e experiências, na abordagem da questão da saúde da população negra com um tema também ligado à religiosidade e às nossas ancestralidades”, declarou a professora.
A programação da feira reuniu assistência à saúde com aferição de pressão arterial, avaliação nutricional, manutenção de óculos, vacinação (tétano, gripe, hepatite B), exame de bioimpedância, triagem auditiva, atendimento médico e laboratorial.
A atividade ainda reservou apresentação musical, rodas de conversa, oficinas InovaThales, apresentação teatral e de dança.
A jovem e estudante do CETA, Beatriz Doria, prestigiou a programação. “É muito importante iniciativas como essa para promover conhecimento e aprendizado aos alunos em diversas áreas. É gratificante fazer parte de uma escola que pode nos proporcionar essas ações como o Colégio Thales de Azevedo”, disse a discente.
O evento tem apoio das Secretarias estadual da Educação (SEC), de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), e de Trabalho, Emprego e Renda (Setre), além do Conselho Estadual da Saúde e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Texto e fotos: Danilo Cordeiro/Ascom
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