Category Archives: Gestão em Pauta

UNEB e movimentos populares discutem regimento do Centro Acadêmico de Educação do Campo

Gestores e equipe técnica do centro convocaram representantes para composição de coletivo e discussão do projeto

O reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, participou de reunião com representantes de movimentos populares do campo, durante a tarde de ontem (18), na sala de reuniões da Reitoria, no Campus I da universidade, em Salvador.

O encontro teve como pautas a apresentação do projeto do Centro Acadêmico de Educação do Campo (Caec), iniciativa interdepartamental sediada em Conceição do Coité, e uma convocatória para representantes da sociedade civil organizada participarem da construção do regimento interno do equipamento.

Estiveram representados o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento de Luta pela Terra (MLT), o Movimento Estadual de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (Ceta-BA), a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado da Bahia (Fetag-BA), a Fundação de Apoio à Agricultura Familiar do Semiárido da Bahia (Fatres) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

“Consideramos fundamento a participação dos movimentos na definição e na consolidação do centro. Apesar de termos uma sede, as ações do centro têm que ultrapassar a dimensão desse espaço físico. Vamos trabalhar com a política da educação no campo em todo o estado, de qualquer departamento”, destacou o reitor.

Representante do MST, Djacira Maria de Oliveira celebrou a criação do centro e o convite para participação dos movimentos populares na sua consolidação. “A universidade já trabalha conosco há muitos anos nessa perspectiva da educação do campo e a criação do centro reforça a atenção para essa área e para o protagonismo do indivíduo do campo”.

Também participaram da reunião as representantes da equipe do Caec, Rosana Mara Rodrigues (coordenadora) e Joseane Alves, e o assessor Especial da UNEB para Projetos Estratégicos de Articulação da Educação Superior com os Territórios de Identidades do Estado da Bahia, Marcius Gomes.

“O projeto é bem amplo e tem esse caráter de uma unidade acadêmica. O centro tem autonomia para encaminhar ações de diversas naturezas e, inclusive, para conceber projetos. Por isso, a importância de vocês na composição desse coletivo, porque de vocês virão as proposições, as demandas e o nível de urgência delas”, explicou a professora Rosana.

De acordo com o projeto, o Caec tem como o objetivo geral coordenar, integrar, sistematizar, orientar e promover ações de ensino pesquisa e extensão em uma perspectiva interdisciplinar, assegurando o suporte necessário à elaboração e desenvolvimento de iniciativas voltadas para e com os sujeitos sociais do campo, com vistas ao desenvolvimento territorial sustentável e solidário.

Fotos: Danilo Oliveira/Ascom

UNEB e Olodum assinam convênio para oferta de cursos gratuitos para comunidades do Pelourinho

A UNEB e o Olodum assinaram, na tarde da última terça-feira (18), um Termo de Cooperação Técnica Científica e Cultural para o desenvolvimento de programas, atividades e projetos de ensino e extensão.

O convênio, que tem validade de cinco anos, prevê a oferta de cursos gratuitos nas áreas de cultura e arte para a população do Pelourinho e entorno, e para bairros de atuação do Olodum como Uruguai, Pernambués, Vasco da Gama e Amaralina.

A cerimônia aconteceu no hall da Reitoria da universidade, no Campus I, em Salvador, e foi presidida pelo reitor José Bites de Carvalho, que destacou o caráter social e inclusivo do acordo e sua importância para o fortalecimento das políticas afirmativas da universidade e para a ampliação das suas ações no Pelourinho.

A cerimônia reservou a apresentação da Escola Olodum

“Estamos restabelecendo um convênio de cooperação que já existiu entre as instituições há alguns anos, mas que não executou as ações previstas. Com o grande apoio da deputada estadual Luiza Maia, pudemos restaurar essa parceria que irá ampliar e fortalecer a presença da UNEB no centro histórico de Salvador, a partir de articulações com entidades locais, como o Olodum, visando implementar ações conjuntas direcionadas, principalmente, para a comunidade do Pelourinho e entorno”, comemorou José Bites.

O presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, frisou a importante atuação da UNEB dentro das comunidades negras da Bahia, e reforçou que esse acordo potencializa as ações voltadas para esse público.

“A educação e a cultura são ferramentas imprescindíveis para o progresso e o desenvolvimento do país, precisam caminhar lado a lado. Esse é o maior objetivo dessa parceria, que além de beneficiar muito a população afro de Salvador, com a oferta de cursos técnicos e de extensão, vai levar para dentro da universidade a maestria e habilidade tecnológica da cultura”, ressaltou João Jorge.

A cerimônia, que contou com a presença de gestores da universidade e do Olodum, lideranças políticas, além da comunidade acadêmica e local, reservou ainda a apresentação da Escola Olodum.

UNEB no Pelô

Atualmente a universidade está presente no Pelourinho através de centros de estudos, grupos de pesquisa e assessorias que atuam em diversas frentes, desenvolvendo ações voltadas para comunidades socialmente excluídas.

Além da Pró-reitoria de Ações Afirmativas (Proaf), também estão no Pelourinho o Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH); o Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio- Americanos da UNEB (Cepaia); o Centro de Estudos em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (Cegres/Diadorim), e a Assessoria de Projetos Interinstitucionais para a Difusão Cultural (Apidic), todos envolvidos com a implantação e execução do convênio.

“As nossas ações caminham para ampliar cada vez mais a presença da universidade no centro histórico de Salvador, culminando na criação de um campus avançado”, antecipou o reitor.

As linhas básicas presentes no termo serão definidas e detalhadas em novo encontro que será agendado em breve. Contudo, algumas ações já estão em andamento como a criação de um mestrado em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras, com abertura de seleção de 20 alunos regulares ainda este ano, e a instalação de uma turma de curso pré-vestibular do Projeto Universidade Para Todos (UPT), ambos no Pelourinho.

Fotos: Ilanna Barbosa

Reitor da UNEB participa de reunião com governador e secretários estaduais

Pautas das categorias dos técnicos administrativos e docentes da universidade foram discutidas pelos gestores

O reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, se reuniu com o governador do estado, Rui Costa, o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, e o secretário estadual da Educação (SEC), Walter Pinheiro, na última segunda-feira (10), na Governadoria, Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

No encontro, o reitor debateu com o governador sobre a importância de garantir a promoção dos técnicos administrativos e a alteração de carga horária da categoria. Professor Bites registrou também a celeridade e compromisso com a promoção e progressão dos docentes e com o remanejamento de vagas.

Dentre os encaminhamentos da reunião, Rui Costa solicitou ao secretário da Saúde o agendamento de uma reunião com a direção do Departamento de Ciências da Vida (DCV), do Campus I da UNEB, coordenações de colegiados dos cursos da área de Saúde e das clínicas universitárias.

A iniciativa terá como pauta discussões sobre o prosseguimento das ações voltadas para a Policlínica da UNEB e a criação de bolsas para preceptores.

Também participaram do encontro, o subsecretário da Educação (SEC), Nildon Pitombo, o pró-reitor de Administração (Proad) da UNEB, Marcelo Ávila, e o oficial de gabinete da Secretaria Especial de Articulação Interinstitucional (Seai) da instituição, Marcelo Lemos.

Regularização de concessões

Após o encontro na Governadoria, o reitor da UNEB e o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, se reuniram para tratar das questões referentes ao orçamento da universidade.

Professor Bites solicitou que fosse feita a recomposição orçamentária da instituição, considerando as dificuldades que estão sendo impostas pela limitação orçamentária. O secretário garantiu a regularização das concessões de manutenção para a UNEB.

A reunião foi acompanhada também pela pró-reitora de Planejamento (Proplan) da UNEB, Lídia Boaventura.

*Texto e fotos: Ícaro Rebouças/Reitoria com edição do Núcleo de Jornalismo/Ascom

XEnafisio: Estudantes de sete estados discutem Educação e Fisioterapia na UNEB

Pesquisadores e discentes promoveram trocas sobre alternativas para formação para além da sala de aula

Estudantes de sete estados brasileiros se reuniram durante a manhã de ontem (12) para discutir a formação acadêmica em Fisioterapia e as possibilidades de vivências profissionais para os discentes da área.

Discentes participam de dinâmicas de grupo e atividades culturais durante a programação

O debate foi promovido durante mesa do X Encontro Nacional dos Estudantes de Fisioterapia (XEnafisio), realizada no Teatro UNEB, no Campus I da instituição, em Salvador.

A atividade contou com a participação das pesquisadoras Alina Lins (UNEB) e Ana Paula Medeiros (Ufba) e dos representantes discentes Erivaldo Lima e Geisa Dias.

De acordo Alina, os estudantes devem se propor a ampliar o conceito do cuidar e buscar o aprendizado aliado ao prazer de promover trocas visando a transformação social, seja nas atividades de ensino, pesquisa ou extensão.

“Precisamos mudar essa visão de que a extensão não tem valor, porque lá realmente cumprimos o nosso papel de interagir com a comunidade, transformando-a. Pesquisa é importantíssima, mas precisamos produzir algo que realmente traga valor social”, afirmou Alina.

A programação reserva mesas, oficinas, espaço de saúde mental e grupos de discussão

Docente da Ufba, Ana Paula Medeiros destacou a importância da busca pela formação interdisciplinar na área de Fisioterapia, para o atendimento de novas demandas impostas pelas dinâmicas sociais contemporâneas.

“Hoje é preciso um novo modelo de formação dos fisioterapeutas, que desenvolva práticas mais transformadoras. Os usuários possuem demandas que são subjetivas, para além das dores que apresentam e precisamos compreendê-la. Para isso, é importante a inclusão das Ciências Sociais, do olhar para a cultura”, salientou a pesquisadora.

Após o momento de orientações com docentes, a estudante Geisa Dias propôs uma dinâmica musical aos seus colegas e expôs suas experiências em busca de novas alternativas para vida acadêmica, a exemplo da atuação no movimento estudantil e em projetos de extensão.

Já Erivaldo, convocou os seus pares para a ocupação de espaços interdisciplinares e de liderança, como a Aiesec e a Fundação Estudar, em busca de uma formação mais ampla, e apresentou relatos de vivências em atividades voluntárias.

Espaço de imersão e trocas

O X Encontro Nacional dos Estudantes de Fisioterapia teve início no último domingo (9) e segue com extensa programação até o próximo sábado (15), no Campus I da UNEB, em Salvador.

Cezar: êxito na proposta de promover a imersão dos participantes aliada ao intercâmbio

Integrante da comissão organizadora do evento, o estudante da UNEB Cezar Macêdo acredita que a iniciativa tem sido exitosa na proposta de promover a imersão completa dos participantes aliada ao intercâmbio de experiências pessoais e acadêmicas.

“Tentamos pautar e incentivar todos a buscar o ensino, a pesquisa e a extensão dentro das suas instituições, sejam públicas ou privadas. Aqui estamos nos integrando com todos e trocando experiências com pessoas de outras universidades e que trazem vivências de outros estados, isso é muito importante para a nossa formação”, avaliou Cezar.

Discente da Universidade Federal da Paraíba, Marynara Alves participa pela primeira vez de um evento acadêmica fora do seu estado e afirma não ter se arrependido de se lançar à experiência.

Marynara: junção de estados possibilita ver que problemas e lutas são comuns a todos

“Este evento tem nos dado voz. Não há imposição de conteúdo. E com essa junção de estados, podemos ver que não estamos sós, que os problemas, as lutas e os direitos que não são oportunizados são os mesmos e isso tem sido bastante rico. Creio que quando retornarmos para as nossas instituições, teremos uma visão muito mais ampla do que é a Fisioterapia”, ressaltou Marynara.

Discente da Faculdade Dom Pedro II, em Salvador, Daniel Almeida sonha em seguir carreira na área de osteopatia e avalia que o evento tem ofertado um olhar mais apurado para o cuidado com as pessoas e para o atendimento público.

Durante a tarde de hoje (13), será realizada a mesa-redonda O Brasil e a conjuntura crítica: o desmonte do ensino público superior e seus reflexos na formação em fisioterapia. Ainda serão promovidos grupos de discussão, oficinas e atividades culturais.

O X Enafisio é organizado pelo Movimento Estudantil de Fisioterapia (MEFisio), representado por Centros e Diretórios Acadêmicos de universidades localizadas em todas as regiões brasileiras.

Fotos: Cindi Rios/Ascom

Confira mais fotos do evento em nosso Flickr.

 

 

Seminário destaca contabilidade aplicada ao setor público: inscrições abertas!

O Colegiado do Curso de Ciências Contábeis, do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I da UNEB, em Salvador, vai realizar o Seminário Contabilidade Aplicada ao Setor Público entre os dias 7 e 11 de agosto, no Campus I da universidade, em Salvador.

O evento, que tem como principal objetivo proporcionar conhecimento sobre as prestações de contas públicas, a partir das perspectivas legais e dos órgãos de controle externo, é direcionado para profissionais de contabilidade, gestores públicos, estudantes de contabilidade, administração e outras áreas afins.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas no site www.fenacondigital.org.br/inscricao. A taxa varia entre R$ 25 e R$ 110.  Estudantes da UNEB estão isentos do pagamento da taxa.

A programação reserva palestras sobre temas como O profissional contábil e o Desafio das prestações de contas públicas, Contabilidade patrimônio aplicada ao setor público, e O Tribunal de Contas e o Dever da Prestação de Contas, além de minicursos que destacarão temáticas diversas a exemplo de Noções básicas de licitação, Lei de Responsabilidade Fiscal, e Principais motivos de rejeição nos julgamentos das contas municipais.

O seminário, coordenado pela professora Naira Moura (UNEB), é realizado em parceria com o Tribunal de Contas do Município (TCM), o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado da Bahia (Sescap), e o Sindicato dos Contabilistas do Estado da Bahia (Sindiconta).

Informações: Colegiado de Ciências Contábeis/Campus I – tel. (71) 3117-2267.

ALBA aprova projeto de lei que autoriza doação de terreno para Campus de Camaçari

Após uma série de diálogos e articulações, foi aprovado ontem (21), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o Projeto de Lei 21857/2016, que autoriza a doação de um terreno da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) para a Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

O projeto prevê a transferência do domínio de área de terra situada na Rodovia BA 512 – KM 1,5, em Camaçari, na Bahia, com o objetivo de contemplar o Departamento de Ciências Humanas e Tecnologia (DCHT) do Campus XIX da UNEB, no município.

“A doação do terreno é fruto das constantes articulações no sentido de qualificar a atuação acadêmica da universidade, uma vez que caminha na direção de cumprir com a meta de instalação de campi de referência, conforme previsto no projeto de gestão”, destacou o reitor da UNEB, professor José Bites de Carvalho.

A deputada estadual Luiza Maia, relatora da proposição, foi importante para inclusão do projeto de lei na pauta do dia e teve relevante atuação para a sua consequente aprovação.

“Começamos os diálogos para a cessão desde terreno em 2013. A Sudic concordou com a doação, o Governo do Estado concordou. Só faltava a Assembleia aprovar o Projeto de Lei (PL) do Poder Executivo e finalizar o trâmite, permitindo que a UNEB tomasse posse da área e efetive a ampliação da oferta de cursos. A aprovação deste projeto é uma mais uma vitória da educação superior na Bahia”, comemorou Luiza Maia.

Esforços para garantia da doação

 

Nos últimos meses, a Reitoria da UNEB e a direção do DCHT XIX realizaram uma série de reuniões, no intuito de dar celeridade ao projeto que estava parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) há dois anos.

Um dos encontros aconteceu em maio, entre o reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, o secretário de Relações institucionais (SERIN), Josias Gomes, e o deputado estadual Joseildo Ramos, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que garantiu intervir e dar agilidade aos encaminhamentos do projeto.

Após aprovação, a diretora do DCHT XIX, Kátia Silene Albuquerque, ressaltou a importância da doação para a ampliação dos investimentos e intervenções estruturais no campus.

“A UNEB ocupa está área desde a sua instalação em Camaçari, contudo, não possuía a titularidade do imóvel, o que impede a realização de intervenções no espaço. A cessão da área é de suma importância para garantir a titularidade da posse para a universidade, possibilitando a realização de intervenções e investimentos na infraestrutura do campus de forma a consolidar as ações já desenvolvidas”, afirmou a diretora do departamento.

Fotos: Jorge Teixeira/Campus XIX (home) e Ícaro Rebouças/Reitoria (destaque interno)

Diretores de Departamento discutem projetos e socializam experiências em reunião

A Rede de Gestão Departamental, em parceria com o DCH (Campus de Juazeiro), promoveu articulações no dia 10 de junho

No último sábado (10), foi realizada uma nova reunião da Rede de Gestão Departamental (RGD) da UNEB, no Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus III da universidade, em Juazeiro.

O encontro teve como objetivos promover discussões sobre projetos e parcerias para a graduação e pós-graduação na instituição e trocas de conhecimento entre gestores da Equipe Setorial de Gestão Universitária (ESGU) da UNEB.

Participaram da reunião os diretores do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus II (Alagoinhas), Áurea da Silva Pereira; do DCH do Campus III (Juazeiro), Márcia Guena; do Campus VIII (Paulo Afonso), Susana Luz; e do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XI (Serrinha), Jean da Silva Santos.

Durante o encontro, foi discutida a articulação entre as unidades para publicação de um livro sobre ações do programa estadual Todos pela Alfabetização (TOPA) e foram apresentados projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos nos departamentos.

“Atividades como esta nos fortalecem enquanto instituição, pesquisadores e docentes. Estamos fomentando um processo de enriquecimento da gestão, por meio das trocas de experiências que trazemos de cada departamento, e, ao mesmo tempo, promovemos acordos, ajustes e parcerias”, avaliou a diretora Áurea da Silva.

Para a gestora do DCH do Campus III da UNEB, Márcia Guena, a reunião permitiu o alinhamento de projetos e propostas acadêmicas e administrativas: “O DCH se reuniu com os departamentos desta rede porque precisávamos, de fato, sentar e alinhar essas possiblidades, a partir de uma conexão com os outros campi”.

A proposta de regionalização das reuniões de gestão foi elogiada pelo diretor Jean da Silva, do DEDC do Campus XI. “Assim, otimizamos o processo de produção de projetos, contratos e a execução de recursos públicos. Também podemos incentivar a mobilidade de estudantes entre os cursos e ações conjuntas voltadas para a pós-graduação”.

A diretora do DEDC do Campus VIII, Susana Luz, afirma que a iniciativa permite encaminhar de forma mais organizada e eficiente ações importantes para o fortalecimento da graduação e pós-graduação no interior do estado.

A proposta de implementação das Redes de Gestão Departamental (RGDs) prevê o desenvolvimento e a potencialização de projetos e ações com base na aglutinação e congruência de interesses e demandas mútuas, e do intercâmbio de experiências.

Texto e fotos: Letícia Figueiredo, com edição do Núcleo de Jornalismo (NuJor) da Assessoria de Comunicação (Ascom) da UNEB

PROEX: institucionalização, interiorização e valorização marcam a extensão na universidade

Referenciar e valorizar a extensão na UNEB, articulando-a com o ensino e a pesquisa, e ampliar as ações no interior.

Assim podem ser resumidas as maiores metas e conquistas da gestão da universidade na área da extensão nos últimos anos.

“Nosso grande esforço foi no sentido de institucionalizar a extensão na universidade, bem como de garantir que, diante do recuo dos apoios federais, os projetos e ações, de iniciativa de alunos, professores e técnicos, tivessem continuidade. Não há milagres. O que se fez foi uma nova redistribuição da verba disponível. A política de editais garante a transparência e o mérito. Os projetos, programas, eventos e monitorias (de ensino e de extensão) se submetem, dentro da tradição acadêmica, a uma seleção”, conta Maria Celeste Castro, pró-reitora de Extensão (Proex).

Segundo a gestora, iniciativas como essas têm mantido a extensão em todos os departamentos e territórios onde a universidade está presente. “Também essa experiência de gestão, impactada por uma crise política e econômica sem precedentes, modificou a fisionomia da Pró-Reitoria de Extensão, uma vez que os recursos não são mais administrados na Proex, mas disponibilizados diretamente aos departamentos e aos contemplados pelos editais”, afirma.

Maria Celeste ressalta que a pró-reitoria acompanha o andamento de todas as ações, por meio de relatórios produzidos durante o processo e ao final, quando devem ser apresentadas as prestações de contas.

Os números registrados pelo setor, no ano de 2016 até o presente, indicam um aumento significativo das ações. São 1.314 projetos de extensão, concentrados nas áreas de educação, cultura e saúde, além de outros nas áreas de comunicação, direitos humanos, tecnologia e produção.

Bolsas: ampliação e equiparação

A pró-reitora considera a atual política de bolsas como de grande relevância para a comunidade acadêmica. “Porque garante a execução dos projetos e, sobretudo, uma melhor qualidade de vida acadêmica aos nossos alunos. Também ampara e protege contra a evasão, uma vez que essas bolsas, com o aumento dado, auxiliam no atendimento de algumas necessidades básicas dos estudantes”, explica.

O aumento equiparou o valor das bolsas de extensão com o das bolsas de pesquisa. Antes, as bolsas de extensão pagavam R$ 300 mensais, com a equiparação o valor passou a R$ 400.

Quantitativamente também, as bolsas de extensão foram ampliadas: são 350 do Programa de Bolsas de Extensão (Probex) da UNEB; 18 (em 2016) e 46 (2017) para monitoria do programa Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati); 96 (2016) e 92 (2017) do Programa de Apoio a Projetos de Extensão (Proapex) da universidade.

Universidade para todos

O programa Universidade para Todos (UPT), do governo do estado por intermédio da Secretaria da Educação (SEC), faz parte da modalidade “prestação de serviço”, na classificação da extensão universitária.

“Essa ação, entretanto, por sua identificação como a própria extensão, foi, aos poucos, adquirindo outro caráter na UNEB, tornando-se, hoje, uma ação entre todas as outras que desenvolvemos na pró-reitoria. Essa mudança é resultado de uma nova compreensão do conceito de extensão que implantamos. Porque a universidade não pode ser vista apenas como uma ‘barriga de aluguel’. Entendemos que uma parceria com a UNEB obriga os envolvidos a considerarem a competência acadêmica desta instituição em gerir esses projetos, fazendo uso de todo o conhecimento produzido na academia e aqueles outros herdados e produzidos em sociedade”, avalia Maria Celeste.

No UPT, foram concedidas 1.100 bolsas em 2016 e 1.250 bolsas este ano. São bolsas para alunos da universidade, professores e técnicos administrativos.

Outra parceria importante na área da extensão será a formação de conselheiros tutelares do estado da Bahia e conselheiros dos Direitos da Criança e do Adolescente. Essa ação, que terá início no mês de agosto, é uma parceria da UNEB com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). O projeto objetiva capacitar 2.368 conselheiros em um curso de 200 horas.

Interiorização da extensão

Na avaliação da pró-reitora, a implantação da política de editais revelou o potencial e as necessidades existentes nos campi da UNEB no interior do estado.

“Podemos dizer que houve uma efetiva interiorização da extensão. Muitos projetos ganharam visibilidade pela possibilidade de obter recursos e apoio nos editais. A concorrência ampla e transparente permite que projetos tão diversos e de diferentes campi e departamentos – a exemplo dos projetos ‘Acompanhamento técnico de pequenos aquicultores do município de Xique-Xique’, ‘Sistemas locais e clusters criativos de inovação: fortalecimento da inovação, indústrias e economia criativa, cultura, esporte e turismo na Bahia’, ‘Oficina de criação de material didático no contexto da Lei 11. 645/2008: dispositivos didáticos para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena’, ‘Juristas leigos no Território do Baixo Sul’, ‘Clube de Ciências em Micologia e Bioética’, ‘Autos judiciais, arquivos culturais: prevenção de patrimônio documental e acesso publico aos acervos judiciais do Polo Regional Acadêmico de Caetité’, ‘Projeto de educação patrimonial: o Território do Alto Sertão da Bahia como espaço de produção do conhecimento’, entre vários outros, possam receber apoio e recursos”, defende Celeste.

Diálogo com princípio

A gestão da UNEB entende que qualquer ação acadêmica nasce do diálogo, “da disposição em ouvir, da generosidade em compreender e da capacidade em aceitar os argumentos que se mostrarem reais e justos”, conforme enfatiza a pró-reitora.

“Nessa busca pelo diálogo, nos aproximamos das instituições públicas de ensino superior da Bahia e de outros estados, das demais pró-reitorias, dos departamentos, colegiados e Nupes (Núcleos de Pesquisa e Extensão)”, diz Celeste.

Resultado dessa aproximação, a curricularização da extensão é considerada uma ação exitosa pela gestora. “A curricularização atende o que determina a Lei 13.005/2014, na meta 12.7, ou seja, o Plano  Nacional de Educação (PNE), o qual determina que 10% da carga horaria total do curso corresponda a ações de extensão. Atende também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior”, ressalta.

“As muitas ações que desenvolvemos no sentido de trazer essas questões para a roda de diálogos promoveram vários encontros, presenciais e por videoconferência, e o aprofundamento de diálogos in loco”, lembra.

Mais avanços em pauta

A pró-reitora destaca ainda outras iniciativas implantadas e que se mostraram promissoras.

A série Diálogos com a Proex realizou seu primeiro encontro discutindo em mesa-redonda a grave crise vivida pela população carcerária no país.

“Essa série tem como objetivo discutir as questões do cotidiano para a vida em sociedade. Os temas nascem dos ecos que nos chegam das ruas, das praças, das salas de aula. A primeira mesa teve como produto de suas discussões a construção de uma linha de pesquisa dentro do programa de mestrado a ser implantado no Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH) da UNEB”, antecipa Celeste.

Proex em Ação é uma iniciativa que desenvolve atividades variadas: cursos livres, exposições, palestras, entre outras. “Na primeira edição, estamos oferecendo cursos livres, agora no mês de julho. Serão 12 cursos, entre cursos de idiomas, de flauta doce, de cuidador de idoso e outros”, conta.

Nessa mesma perspectiva, a pró-reitora aponta também a ação Diálogos territoriais: por uma nova política sobre drogas – um olhar racial, uma parceria da UNEB com o Coletivo de Entidades Negras (CEN) e a Open Society Foundations que interioriza  as discussões e ações do projeto Observatório Popular de Políticas sobre  Drogas. “Nessa dinâmica, demonstramos efetivamente a importância da universidade na sociedade e o fazer extensionista da nossa UNEB”, conclui.

Mais informações:
A Extensão na UNEB – Ações 2016

Outra reportagem desta série: 
Série Ação Universitária – PROGRAD 

* Com edição da Proex. Imagem (home): Anderson Freire/Ascom

Reitor dialoga com estudantes indígenas e servidores no Campus de Juazeiro

Planos de carreira, promoção e progressão funcionais, regime de trabalho e concurso foram questões discutidas em reuniões

Na noite da última sexta-feira (26), o reitor da Universidade do Estado da Bahia, José Bites de Carvalho, esteve no Campus III da instituição, em Juazeiro, para participar da abertura do II Encontro de Estudantes Indígenas da UNEB, realizada no Departamento de Ciências Humanas (DCH).

Estudantes indígenas realizaram o ritual Awê durante o evento

O evento, que reuniu representantes dos povos Tuxá, Truká, Tumbalalá, Chiquitano, Kaimbé, Pataxó e Atikum Umã, teve como tema A presença indígena na universidade: acesso e permanência ainda é um desafio e discutiu as dificuldades enfrentadas pelos discentes indígenas, com colaborações do Núcleo Indígena da UNEB (NIU), composto também por estudantes.

A atividade foi fruto de parceria entre o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UNEB, o Centro de Pesquisa em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Reuniões com técnicos administrativos

Ainda durante a visita, o reitor participou de reuniões com os servidores técnicos administrativos do Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais (DTCS) e do DCH, acompanhado pelo então Pró-reitor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP), Marcelo Ávila, recentemente nomeado Pró-reitor de Administração (Proad), e pelo diretor do DCH do Campus IV da instituição, em Jacobina, João Rocha.

O reitor participou de reuniões com os técnicos administrativos do DCH e do DTCS

Durantes as reuniões, assuntos como a fragilidade dos planos de carreira dos técnicos administrativos, promoção e progressão funcionais, alterações no regime de trabalho e concurso público foram tratados entre os gestores e a categoria.

De acordo com o professor Bites, as questões apresentadas já foram discutidas no dia anterior (25), durante a reunião entre os Fóruns dos Reitores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e dos representantes dos Técnicos Administrativos das instituições, e estão sendo encaminhadas.

Reunião entre fóruns

Os Fóruns dos Reitores das Ueba e dos representantes dos Técnicos Administrativos das instituições se reuniram, na última quinta-feira (25), para discutir as pautas internas e externas da categoria.

Durante o encontro foi deliberado que os gestores vão encaminhas aos sindicatos a apresentação do orçamento das universidades relacionado às questões do segmento, o custo relativo e a projeção do impacto das progressões e promoções funcionais de 2016 nas folhas de pagamento das instituições.

Reitores e técnicos discutiram e encaminharam pautas internas e externas da categoria

Também foi acordado que os técnicos administrativos serão informados sobre a situação dos pedidos de aumento de carga horária de 30h para 40h, com o referente impacto no orçamento e a viabilidade orçamentária, projetando o impacto na tabela da Gratificação de Suporte Técnico Universitário (GSTU).

Além disso, o Fórum de Reitores se comprometeu em lançar nota se posicionando sobre a necessidade urgente de realização de concurso público, sobre a não inclusão em folha dos valores referentes às progressões, sobre a ausência de instrução para promoção dos servidores e defendendo que haja uma nova regulamentação para permitir celeridade na ampliação dos cargos comissionados.

O Fórum de Técnicos considerou que o diálogo foi importante, salientando que o exercício de alteridade deve orientar a atuação dos gestores e dos sindicatos.

Fotos: Ícaro Rebouças/Reitoria

PROGRAD: gestão acadêmica e qualificação dos cursos avançam na universidade

A Assessoria de Comunicação (Ascom) da UNEB inicia, com esta matéria, a série Ação Universitária, que vai apresentar as principais iniciativas e projetos desenvolvidos pelos setores da administração central da instituição nos últimos três anos. O que está nos planos de trabalho e as perspectivas para 2017 também serão pauta da série, que começa agora com a Prograd. Acompanhe.

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Duas grandes metas vêm priorizando as atividades da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd) na atual gestão da UNEB: o aprimoramento da gestão acadêmica e a qualificação dos cursos. Mais que um trabalho complexo, são um desafio de dimensões continentais.

“Nossa universidade, por seu perfil de multicampia, presente em quase todo o estado, e pela diversidade de seus cursos, tem demandas bem diversas. Temos cursos antigos, já consolidados, e cursos recentes, em áreas em que a instituição não possui tradição, experiência. Também oferecemos cursos em todas as áreas de formação – a única que faltava, a de Artes, o Conselho Universitário (Consu) acabou de aprovar o curso de Teatro. As necessidades de cada curso tornam-se, assim, bem diferentes, inclusive em relação à disponibilidade de corpo docente nos campi do interior. Tudo isso é um grande desafio que estamos enfrentando e, dentro das nossas possibilidades, atendendo”, avalia a pró-reitora Kathia Sales (Prograd).

Justamente para assegurar a qualidade e sustentabilidade dos cursos, a gestão aprovou, junto aos Conselhos Superiores da instituição, a criação de poucos cursos novos de graduação nos últimos anos.

“Temos extrema responsabilidade ao propor ou defender a implantação de novos cursos, para evitar sérios problemas e prejuízos na formação dos alunos no futuro”, diz a gestora.

Recentemente aprovadas, as licenciaturas em Teatro, do DEDC do Campus VII (Senhor do Bonfim), e em Física, do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I, já foram ofertadas para ingresso este ano. “No caso desses cursos, é importante observar que foram verificadas as condições preexistentes que favorecem a sua implantação, como a presença de docentes da área e de laboratórios”, salienta a pró-reitora.

Articulação e curricularização

Os cursos de graduação criados na gestão atual buscam sempre atender demandas institucionais de interesses sociais e regionais.

“Em diálogo permanente com os departamentos, a Prograd estimula essa articulação dos cursos com a sociedade e com os territórios de identidade onde estão inseridos. Propomos isso nas discussões dos currículos e portfólio dos cursos, no redimensionamento curricular e na curricularização da extensão, entre outras ações”, salienta Kathia.

A nova licenciatura em Física, por exemplo, vem atender a carência de professores da área nas redes públicas de educação básica estadual e municipais. Já a licenciatura em Teatro figura como primeiro curso superior da universidade na área de Artes, a fim de consolidar essa área na UNEB e a própria atuação da instituição nesse campo do saber.

Outro exemplo é o novo curso de Administração na modalidade semipresencial do Campus III (Juazeiro), que também tem perfil voltado para o desenvolvimento regional sustentável e a gestão de cidades. “Esse curso é mais uma iniciativa pioneira da UNEB, porque é o primeiro curso de oferta regular contínua na modalidade de educação a distância (EaD) implantado na Bahia e um dos raros no Brasil”, enfatiza a pró-reitora.

O tema da articulação e curricularização da extensão tem sido pauta constante nos eventos da Prograd, em diálogo com a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e com os colegiados de curso.

“A curricularização da extensão é uma exigência do PNE (Plano Nacional de Educação). Criamos uma comissão em 2016, da Prograd e Proex, para elaborar uma proposição de regulamentação desse tema, que será socializada com os colegiados e departamentos e, depois, encaminhada para apreciação dos Conselhos Superiores da UNEB”, conta a gestora.

Reconhecimento e redimensionamento

Outro amplo esforço que vem sendo realizado pela gestão universitária diz respeito ao reconhecimento dos cursos de graduação. O reconhecimento pelo Conselho Estadual de Educação (CEE-BA) é uma exigência legal que autoriza a universidade a emitir os diplomas de conclusão de curso, entre outros procedimentos.

A Prograd tem garantido que a totalidade dos cursos de oferta contínua da universidade estejam em situação regular e atualizada em seus processos de reconhecimento ou de renovação de reconhecimento junto ao CEE, dando continuidade ao trabalho desenvolvido pela pró-reitoria na gestão anterior.

Também todos os cursos na modalidade EaD da instituição estão com seus projetos protocolados no órgãos estadual – três desses cursos já foram reconhecidos pelo CEE: as licenciaturas em Matemática, em História e em Química.

“Quando esta gestão começou, em 2014, havia um passivo enorme de registros acadêmicos e regularização de funcionamento dos cursos EaD, impedindo de os alunos se formarem ou receberem o diploma. Muitos cursos não tinham nem projetos pedagógicos aprovados internamente na universidade. Em um trabalho articulado com os departamentos e colegiados, temos avançado muito nisso”, conta Kathia. 

A pró-reitora cita ainda a recente implantação do novo Sistema de Registros, Diplomas e Certificados (SRDC) da UNEB, que está agilizando esses processos acadêmicos, como a informatização dos procedimentos. 

A gestão também está atuando sistematicamente na complexa seara do redimensionamento curricular, promovendo vários encontros acadêmicos gerais e por área de formação, envolvendo todos os cursos de graduação, para construir esses processos junto com os colegiados e departamentos.

“Devido à nossa multicampia e às especificidades de cada departamento e curso, esse trabalho ganha complexidade bem maior na UNEB. Temos vários colegiados de um mesmo curso: por exemplo, 16 de Letras vernáculas, 12 de Pedagogia e nove de História. Construir uma unidade nesse contexto exige muito diálogo”, afirma a gestora.

Segundo Kathia, todos os currículos de curso da UNEB já estão em processo de discussão visando o redimensionamento. “Esperamos concluir a maior parte desses processos ainda este ano. Nos casos de vários colegiados de um mesmo curso, defendemos sempre a unidade com flexibilidade, ou seja, um desenho curricular comum, mas que contemple as diferenças locais e territoriais”, explica.

O redimensionamento curricular objetiva atender alterações nas legislações nacionais e a necessidade permanente de avaliação e atualização dos cursos, incluindo mudanças nos perfis profissiográficos.

Estágio, bolsas, calendário

A gestão está empenhada também no acompanhamento e fortalecimentos das atividades de estágio curricular, incluindo a atualização do regulamento de estágio dos cursos de graduação da UNEB.

Para esse fim, a Prograd reativou a Coordenação Central de Estágio e retomou a periodicidade regular dos grandes eventos que tratam do tema.

“No ano passado conseguimos realizar o Encontro de Estágio da UNEB, com ampla participação de docentes da capital e do interior do estado. E a edição de 2017 já está agendada para o período de 19 a 21 de julho”, antecipa Kathia Sales.

As principais metas da Prograd nesse campo de trabalho são a atualização do Regulamento Geral de Estágio e a regulamentação de estágio em situações específicas, como a dos Núcleos de Práticas Jurídicas (NPJs) dos cursos de Direito e do Internato do curso de Medicina da universidade.

A gestão atuou ainda na valorização das bolsas de monitoria de ensino, elevando o valor da bolsa mensal para R$ 400, equiparando-o ao da bolsa de pesquisa na instituição. Essa ação é relevante para consolidar o objetivo acadêmico da monitoria de ensino, que funciona como atividade complementar dos cursos de graduação, proporcionando maior interação entre docentes e discentes e entre teoria e prática nos processos formativos.

Outra área que tem demandado constante ação da pró-reitoria é a do calendário acadêmico. “Nos últimos semestres letivos, por conta de paralisações e outras ocorrências, a gestão tem trabalhado intensamente, em aberto diálogo democrático com os diversos segmentos da comunidade acadêmica, nas adequações do calendário acadêmico, sempre buscando evitar ou minimizar prejuízos para as atividades acadêmicas e os estudantes”, destaca Kathia.

Laboratórios e mobilidade discente

A estruturação e manutenção dos laboratórios de ensino são da alçada dos respectivos departamentos. Entretanto, considerando as limitações orçamentárias das unidades acadêmicas, a gestão criou o Programa de Apoio aos Laboratórios de Ensino da UNEB (Prolab), visando contribuir nesse esforço de manutenção e na expansão desses equipamentos tão relevantes para a formação do estudante de graduação.

Contando com recursos da Prograd e da Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO) da universidade, o programa destinou, em seu primeiro edital, publicado em outubro do ano passado, um montante de R$ 1 milhão para custear despesas com aquisição de aparelhos e softwares educacionais e para manutenção dos laboratórios.

Dos mais de 80 projetos classificados, 24 foram contemplados nessa edição inaugural do Prolab, beneficiando laboratórios de diversos departamentos e campi.

Cada projeto recebe até R$ 50 mil, recurso que é repassado diretamente para o professor pesquisador, facilitando o processo burocrático e permitindo maior flexibilidade no gerenciamento.

“Esse edital teve forte repercussão positiva na comunidade acadêmica. E já estamos avaliando algumas modificações nas próximas edições do programa, com o intuito de atender cursos recém-implantados, por exemplo”, adianta a pró-reitora.

Ainda no campo da qualificação dos cursos e da formação na graduação, a UNEB vem tendo especial protagonismo na articulação de uma rede de mobilidade discente entre as instituições públicas de ensino superior estaduais e federais na Bahia, que já se estende para Pernambuco.

“Somos a única instituição que tem presença em praticamente todo o estado. E isso nos favorece na articulação dessa rede interinstitucional”, diz Kathia.

A parceria em prol da mobilidade estudantil, capitaneada pela UNEB, envolve as outras três universidades estaduais baianas (Uefs, Uesc e Uesb) e as universidades federais da (Ufba), do Recôncavo da Bahia (Ufrb), do Oeste da Bahia (Ufob), do Sul da Bahia (Ufsb) e do Vale do São Francisco (Univasf), ofertando centenas de vagas para os discentes em vários cursos.

“Essa rede tem crescido tanto que já está tendo desdobramentos. Por exemplo, estamos discutindo com a Ufba um convênio para mobilidade discente na pós-graduação. E pró-reitorias de Extensão estão empenhados em construir uma parceria de mobilidade na extensão”, antecipa a gestora.

Os acordos de mobilidade estudantil promovem o contato direto do discente com a diversidade da cultura acadêmica das instituições conveniadas, favorecendo a ampliação de sua vivência sociocultural e possibilitando o acesso a componentes curriculares para a integralização curricular.

A rede de mobilidade objetiva também diversificar a aprendizagem e a formação dos discentes, além de ampliar as parcerias e processos de construção do conhecimento entre instituições.

Agenda, projetos e perspectivas

A Prograd tem muito a fazer ainda este ano. A agenda de eventos 2017 mira especialmente a formação de coordenadores de colegiado.

“Esse investimento na formação de coordenadores é uma ação permanente da gestão. Precisa ser contínuo, até porque os gestores de colegiado concluem os mandatos a cada dois anos”, explica Kathia Sales.

Os encontros de formação, assinala a pró-reitora, são muito importantes também para aproximação desses gestores entre si e da administração central da universidade, promovendo a troca de experiências e o diálogo.

Agora mesmo, em abril, a Prograd realizou o X Encontro de Formação dos Coordenadores de Colegiado (EnFoCo), em Salvador, abordando o tem A gestão dos projetos político-pedagógicos e o desenvolvimento curricular

Entre o final de maio e começo de junho, estão previstos a segunda edição do Encontro de Estágio da UNEB, que vai pautar a atualização do regulamento de estágio, e o inédito Fórum de Licenciaturas da universidade.

“O Fórum de Licenciaturas, que será realizado pela primeira vez na universidade, terá dois temas principais na pauta: o redimensionamento curricular em meio à conjuntura atual do país e a sensibilização e formação dos coordenadores de colegiado para participação no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que este ano será voltado para as licenciaturas”, conta a gestora.

No mês de agosto, a agenda da Prograd reserva a promoção o V Colóquio de Práticas Pedagógicas Inovadoras da instituição, que vai assegurar um espaço privilegiado de troca e aprofundamento dos saberes e práticas da docência universitária.

Para ampliar e consolidar o processo de formação na área, a gestão vai realizar, no próximo semestre, o primeiro Curso de Formação para Coordenador de Colegiado de Curso de Graduação da universidade. No formato de um curso de extensão na modalidade EaD, terá carga horária de 90 horas além dos encontros presenciais, envolvendo também os secretários de colegiado.

A Prograd planeja ainda, para este ano, operacionalizar os editais de mobilidade estudantil com as instituições parceiras, com acompanhamento e reedição dos convênios em vigência e a construção de novas acordos e editais.

“Outro tema importante da nossa agenda 2017 é promover uma ampla discussão acerca do formato dos processos seletivos de ingresso na graduação da UNEB. Uma proposta em avaliação é que a universidade passe a adotar a nota do candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sem necessidade de fazer prova, como ocorre com a seleção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu/MEC). Como já adotaram outras instituições, esse formato proporciona maior flexibilidade ao calendário acadêmico da universidade, porque independe do cronograma do Sisu”, conclui a pró-reitora.

Imagem (home): Anderson Freire/Ascom