Category Archives: Destaques

Evento internacional aborda prática da leitura e educação lúdica: inscrições abertas

A UNEB, por meio do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), em conjunto com o Grupo de Pesquisa Psicolinguística: Perspectivas Interdisciplinares (GPLPI/UNEB) informa que o evento internacional Mediação Cultural e Formação Leitora: Bahia e Québec, que aconteceria nos dias 29 e 30 de junho, no Campus V da UNEB, em Santo Antônio de Jesus, foi adiado para os dias 13 e 14 de julho.

O evento, que tem o objetivo de estimular a prática da leitura por meio da educação lúdica, para que o leitor se torne sujeito de seu próprio dizer, contará com a palestra proferida pelo pesquisador da Université du Québec à Montreal (UQÀM) Ney Wendell. O docente apresentará as experiências canadenses de incentivo à leitura para crianças e adolescentes.

A programação reserva ainda o II Seminário Temático Interdisciplinar, que abordará a mediação cultural e a formação do público jovem leitor, com base nas experiências do professor no estado da Bahia, além de palestra, oficina de dramaturgia e exposição de livros.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público, os interessados em participar devem preencher e enviar a ficha de inscrição enviá-la para o e-mail  profletrasdch5@uneb.br. Há ainda a opção de se inscrever presencialmente na secretaria do PROFLETRAS.

O evento internacional Mediação Cultural e Formação Leitora: Bahia e Québec tem o apoio do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus V, em Santo Antônio de Jesus e do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe).

Informações: www.profletrasdch5.uneb.br.

Programa MAIS FUTURO divulga 4ª lista de homologação com estudantes da UNEB

A UNEB, através da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Praes), informa aos estudantes que a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), responsável pelo Programa MAIS FUTURO, divulgou ontem (5) nova lista de inscrições homologadas. Em tempo divulgamos também o novo cronograma do programa que vale tanto para a Bolsa Permanência, quanto para a Bolsa Estágio. Alertamos a todos os estudantes que entrem no endereço eletrônico maisfuturo.educacdao.ba.gov.br e acompanhem seus processos.

4ª Lista de Homologados
Novo cronograma 

Observatório inicia ações para mapear políticas públicas sobre drogas em 13 estados

Gestores, pesquisadores e representantes de entidades negras participaram do lançamento. Fotos: Cindi Rios/Ascom

“Precisamos instituir um novo marco legal para as políticas públicas sobre drogas que não seja o do proibicionismo, o do inimigo interno, o que existe uma guerra nas periferias e que esses jovens negros que estão morrendo por causa dessa guerra. Eles são muito mais vítimas e alvo, como sempre foi a comunidade negra no Brasil”.

Essas foram algumas das palavras proferidas pelo coordenador-geral do Coletivo de entidades Negras (CEN), Marcos Rezende, durante o lançamento oficial do Observatório Popular de Políticas sobre Drogas (OPPD Racial), na última segunda-feira (5), no Campus I da UNEB, em Salvador.

O OPPD Racial é uma iniciativa desenvolvida pelo CEN, entidade nacional do movimento negro, e apoiada pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades, ambos da UNEB, além da Open Society Foundations. O objetivo é mapear as políticas públicas sobre drogas em 13 estados das regiões Sudeste e Nordeste.

“O Observatório vem para tentar mudar esse estigma que existe na sociedade, para tentar reformular o conceito de política de drogas que não tem atingido os seus objetivos no que diz respeito ao ser humano. A parceria da UNEB vai possibilitar que esse debate chegue em todas as regiões possíveis e necessárias”, avalia Marcos, que é também coordenador executivo do projeto.

De acordo com a coordenação técnica do projeto, o Nordeste foi escolhido para receber as plenárias populares do observatório por ter os estados onde mais cresce o número de mortes de jovens negros. Já o sudeste é a região onde estão as maiores facções de tráfico de drogas do país.

Articulação interinstitucional

Para o reitor da UNEB, José Bites, a iniciativa é importante para que a universidade amplie o diálogo com os movimento sociais e possa contribuir de forma efetiva para proposição de outras soluções que sejam mais efetivas para a conquista de uma sociedade mais justa e pacífica.

“Temos que avançar nessas discussões de forma mais consistente na capital e no interior do estado. Precisamos realizar as audiências públicas e, com o resultado desses esforços, atuar também junto ao poder público, subsidiando-o para para uma mudança radical do contexto que temos hoje”, destacou o gestor.

Pró-Reitora de Extensão (Proex) da UNEB, Maria Celeste Castro avalia que a perspectiva de uma rede de colaboração é consiste em um grande diferencial para a garantia de ampla participação social no processo e dos resultados previstos para as ações do observatório.

Segundo a professora da UNEB Anhamona de Brito, coordenadora técnica do projeto, a universidade respeita o seu caráter democrático e inclusivo ao acolher o projeto, e também garante os suportes técnico e científico necessários para fortalecimento da iniciativa.

“A nossa equipe tem buscado garantir uma prospecção mais robusta dos dados relacionados às políticas públicas que tem interface com as drogas no país. Contamos com todos para ampliar esse debate para as diversas comunidades que dialogam e constroem com a nossa universidade”, salientou a pesquisadora.

De acordo com o presidente do Ilê Aiyê, Antônio Vovô, o projeto vai apresentar uma nova alternativa de abordagem para a redução da violência e das drogas nas ruas. “Vejo essa iniciativa com muita satisfação. Porque há tempos estamos fazendo nossa abordagem, sem nenhum preparo, só pela nossa ótica. Agora com a UNEB e o CEN montando um projeto com essa abrangência incrível, com pessoas capacitadas, acredito que será diferente”.

O evento contou ainda com a participação de representantes governamentais, da União de Negros Pela Igualdade (Unegro) e de outras figuras importantes para o debate racial e a defesa dos direitos humanos.

 Metodologia do Mapeamento

O levantamento das políticas públicas será feito em plenárias populares nas 13 capitais dos estados selecionados.

Nessas viagens, garantidas a partir da parceria com a UNEB, a equipe do projeto participará de audiências públicas em assembleias legislativas estaduais, para apresentá-lo às instâncias de Estado, a fim de fortalecer o advocacy (pressão feita nas instituições públicas) e tentar reverter posições conservadoras do Executivo e do Legislativo sobre o assunto.

O projeto terá como produto final uma plataforma digital colaborativa, que terá como objetivo formar uma rede de ativistas negros que debatem o tema em suas comunidades, e levantar informações como estatísticas, projetos, leis, iniciativas diversas, que serão avaliadas pelos pesquisadores do projeto e aberta à consulta pública.

O resultado desse mapeamento será apresentado entre os dias 8 e 10 de dezembro, na capital baiana, em um grande seminário internacional que reunirá ativistas e autoridades no debate sobre drogas para formar um comitê de governança do projeto, responsável por dar encaminhamentos às informações colhidas.

Coletivo de Entidades Negras

O CEN é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, constituída com a finalidade de garantir direitos para as populações negras em seus múltiplos contextos e dimensões.

Criado em 20 de abril de 2003, o CEN conta com uma rede de filiados que compreende pessoas físicas e jurídicas, estando presente em 23 municípios baianos e em 17 estados brasileiros. Suas ações têm como público-alvo indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade, excluídos do mercado de trabalho, com baixa escolaridade e sem perspectivas de inserção social.

Entre as missões do CEN, está o combate às desigualdades raciais, o racismo e outras formas de violências e discriminação; defender os direitos e interesses dos povos de terreiro e comunidades quilombolas; preservar e fortalecer a cultura negra brasileira e africana e seu legado civilizatório; além de contribuir com propostas, soluções e alternativas para a melhoria da qualidade de vida da comunidade negra brasileira.

UNEB recebe sessão de uso de terreno para implantação da sede própria em Eunápolis

No último sábado (3), foi publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE-BA) a cessão de uso, a título gratuito, para a UNEB de um terreno medindo 12.774 metros quadrados na cidade de Eunápolis.

A área, cedida pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Administração (Saeb), com interveniência da Secretaria da Educação (SEC-BA), será utilizada para implantação da sede própria do Campus da universidade no município.

“ Já dialogamos com a secretaria há aproximadamente um ano e agora podemos encaminhar a implantação de mais uma sede própria para a universidade. Após a consolidação do equipamento, teremos melhores condições para avançar no fortalecimento das nossas ações e da relação com a Educação Básica no município”, avalia o reitor da UNEB, José Bites de Carvalho.

Em paralelo à construção das instalações, deverá ser também encaminhado o projeto do Complexo Integrado de Educação em Eunápolis, onde serão promovidas articulações entre as ações de ensino, pesquisa e extensão da universidade e a Educação Básica no município.

O projeto prevê também a cogestão do Colégio Estadual Dr. Cleriston Andrade, equipamento já instalado no local, que atualmente é beneficiado por iniciativas desenvolvidas por professores da universidade, a exemplo do Observatório da Educação Básica e do Laboratório de Linguagem.

“Essa é uma conquista única para a UNEB. Um verdadeiro marco. Poderemos estreitar as relações entre a universidade e a Educação Básica. Será possível também a implantação de novos cursos de Graduação e de Pós-Graduação”, destaca a diretora do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus da UNEB em Eunápolis, Maria Jacilda.

De acordo com a gestora, um comitê local já discute o projeto de um curso de mestrado nas áreas de Cultura e Administração para ser ofertado pela universidade no município.

Para viabilizar a consolidação da nova sede própria, a UNEB envida esforços para o início do processo licitatório para construção de um pavilhão com 20 salas de aula, onde serão desenvolvidas as atividades do DCHT.

UNEB emite nota de esclarecimento sobre falsa notícia em redes sociais

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) vem a público esclarecer que qualquer informação sobre o estado financeiro da Universidade divulgada pela página do PNE (Portal Nacional da Educação) em redes sociais não passa de uma suposição sem procedência, por não ter nenhuma fundamentação em fontes oficiais.

Ademais, trata-se de uma informação veiculada em páginas que não possuem institucionalidade e que não apresentam confiabilidade. É importante deixar claro que, em nenhum momento, a UNEB foi procurada para checagem de dados que corroborem a falsa notícia.

Embora a Universidade enfrente diversas dificuldades em relação à sua autonomia, sustentabilidade e governança tem, constantemente, buscado alternativas que garantam a sua continuidade de modo a cumprir com todas as suas atividades administrativas e finalísticas com qualidade. É importante enfatizar que, desde 2014, mesmo diante dos constantes contingenciamentos e do controle do Estado sobre a UNEB, a Universidade reorganizou sua estrutura e procedimentos administrativos com a finalidade de equilibrar suas contas e manter a regularidade das suas atividades, sempre prezando pela transparência.

Deste modo, descartamos veementemente qualquer possibilidade de descontinuidade provisória ou permanente das ações da UNEB, que seguirá cumprindo com sua missão institucional de formar profissionais e cidadãos em todo o Estado da Bahia.

AFIRMATIVA: Programa de bolsas para estudantes cotistas prorroga inscrições

A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf), prorrogou as inscrições para submissão de propostas ao Programa de Bolsas de Pesquisa e Extensão para Estudantes Cotistas  – Afirmativa até o dia 21 de junho.

A iniciativa concederá 64 bolsas, exclusivamente, para estudantes cotistas regularmente matriculados nos cursos de graduação na modalidade presencial da UNEB.

As inscrições devem ser realizadas das 9h às  12h e das 14h às 17h, em dias úteis, na sede da Proaf, no Largo do Carmo, Centro Histórico de Salvador, mediante entrega da documentação especificada no edital de seleção (ver retificação).

O resultado está previsto para ser divulgado no dia 10 de julho.

O Programa de Bolsas de Pesquisa e Extensão para Estudantes Cotistas – AFIRMATIVA foi  aprovado pela Resolução 1214/2016 do Conselho Universitário (Consu) da instituição, publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE-BA) na edição do dia 2 de julho.

Informações: afirmativa.proaf@uneb.br.

Curso de Produção Textual em língua inglesa inscreve até dia 11 de julho

A UNEB, através do Colegiado de Língua Inglesa, do Departamento de Ciências Humanas (DCH) no Campus I, em Salvador, está com inscrições abertas, até 11 de julho, para o curso de extensão em Produção textual em língua inglesa I: ensino, aprendizagem e feedback.

O curso visa aprimorar a habilidade de escrita em língua inglesa, aprofundar o conhecimento sobre o ensino da escrita como processo e familiarizar-se com práticas pedagógicas formativas de avaliação e correção de textos escritos (teacher feedback e peer feedback).

A iniciativa, que oferta 18 vagas, é direcionada a estudantes de graduação do curso de Letras (Inglês) e professores de Língua Inglesa, com no mínimo proficiência intermediária.

As inscrições para o teste de nivelamento, que acontecerá no dia 12 de julho, podem ser solicitadas através do e-mail isalimasantos2015@gmail.com, mediante envio de ficha de inscrição preenchida. Os resultados serão divulgados em 15 de julho, via e-mail.

As aulas terão início em 9 de agosto, às quartas-feiras, das 14h30 às 17h30, na Sala 2  do DCH. A carga horária é de 45h.

O curso conta com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisa de Língua e Literatura Inglesa (CEPLLI) e do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe). Os participantes receberão certificado.

Informações: isalimasantos2015@gmail.com.

Imagem (home): Divulgação

Evento em Valença promove exibição e debate de filmes sobre inclusão social e educacional

 

A UNEB, por meio Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Educação Especial e Inclusão (Nupespi), do Departamento de Educação (DEDC) do CAMPUS XV da UNEB, em Valença, vai exibir e debater o filme Crash – No Limite, do diretor Paul Haggis e acontecerá nesta quarta-feira (7), às 19h, na unidade.

A iniciativa integra a programação do II Cine-Debate: Inclusão na Contemporaneidade, uma atividade do projeto de extensão Inclusão no cinema, coordenado pela docente Nicoleta Mattos.

O longa-metragem conta a história de Jean Cabot, uma  rica e mimada esposa de um promotor, em uma cidade ao sul da Califórnia. Ela tem seu carro de luxo roubado por dois assaltantes negros. O roubo culmina num acidente que acaba por aproximar habitantes de diversas origens étnicas e classes sociais de Los Angeles: um veterano policial racista, um detetive negro e seu irmão traficante de drogas, um bem-sucedido diretor de cinema e sua esposa, e um imigrante iraniano e sua filha.

O cine-debate é gratuito e não há necessidade de realizar inscrição prévia, os participantes da iniciativa poderão receber certificado de 4h. Logo após o filme será realizado uma roda de conversa.

O Projeto Inclusão no Cinema tem o objetivo de criar um espaço de reflexão e debates sobre a inclusão, social e educacional a partir de filmes e textos que problematizam essas questões na contemporaneidade.

As atividades dessa segunda edição do ciclo tiveram início no dia 2 de junho e seguem até o dia 19. As exibições acontecem no campus e também em outras Instituições de Ensino Superior (IES), na Secretária Municipal da Educação e em associações da cidade.

Evento aborda internacionalização e desafios para Pós-Graduação Stricto Sensu da UNEB

Gestores discutiram alternativas para o fortalecimento da internacionalização das ações da UNEB. Fotos: Cindi Rios/Ascom

“A estratégia de implementar políticas de desenvolvimento através das instituições de ensino superior, públicas e privadas, em parceria com instituições estrangeiras congêneres, passa pela promoção de cursos de Pós-Graduação para responder aos desafios presentes e futuros de desenvolvimento nacional”.

A avaliação foi apresentada pelo pesquisador da Universidade Politécnica de Moçambique Jamisse Uilson Taimo, durante o IV Workshop de Pós-Graduação e Encontro de Secretários dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da UNEB.

O docente ministrou a conferência de abertura da iniciativa, intitulada Internacionalização do Ensino Superior no Contexto da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).

O evento foi realizado pela UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG), em conjunto com a Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), entre os dias 24 e 26 de maio, no Hotel Vila Velha, no Corredor da Vitória, em Salvador.

A iniciativa contou também com colaborações da diretora executiva do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), Rossana de Souza. A gestora dialogou com a comunidade acadêmica sobre perspectivas para internacionalização institucional.

“Sabemos que esse processo não só é importante para a Pós-Graduação, mas para as universidades como um todo. A partir de eventos como esse, é possível que a universidade possa perceber quais as alternativas que tem para se inserir em programas de todo o mundo e desenvolver as suas articulações internacionais”, destacou Rossana.

Fortalecimento das articulações institucionais

Participaram da mesa de abertura o reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, a vice-reitora, Carla Liane, as pró-reitoras de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG), Tânia Maria Hetkowski, e de Ensino de Graduação (Prograd), Káthia Marise Sales, e a secretária especial de Relações Internacionais (Serint) Jardelina Nascimento.

De acordo com o professor Bites, é preciso compreender a dimensão da multicampia e desenvolver os trabalhos conforme o processo de interiorização da Pós-Graduação.

“Precisamos procurar promover o intercâmbio entre os programas da nossa universidade, para o fortalecimento de espaços onde podemos articular a pesquisa e atender as demandas de qualificação profissional no estado da Bahia”, ressaltou o reitor.

Fruto da política institucional de consolidação da Pós-Graduação, o evento teve como público-alvo os diretores de departamento, coordenadores, vice-coordenadores, secretários e docentes de Pós-Graduação Stricto Sensu da universidade.

Pauta recorrente nas discussões promovidas durante a iniciativa, a internacionalização também foi abordada pela vice-reitora da instituição, Carla Liane. “A internacionalização é um grande desafio que nos projetará para o futuro. Ela é importante para a consolidação da dimensão acadêmica da nossa universidade e requer o empreendimento de ações efetivas continuamente’’, frisou a gestora.

Segundo a pró-reitora da PPG, Tânia Maria Hetkowski, o tema tem sido um dos critérios de avaliação das instituições de educação superior (IES) por parte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Contexto que motivou, assim, a proposta de ampliar o diálogo dentro da comunidade acadêmica por meio do evento.

A programação da iniciativa contou também com mesa-redonda, apresentação cultural, apresentação de grupos de trabalhos e palestras, além de oficinas destinadas aos secretários.

Debate sobre genocídio e encarceramento marca lançamento de Observatório Popular de Políticas sobre Drogas

Desvelando a guerra às drogas através de uma perspectiva popular: desigualdades, encarceramento em massa e mortes. Esse é o tema da mesa de debates que marcará o lançamento oficial do Observatório Popular de Políticas sobre Drogas (OPPD Racial), nesta segunda-feira (5).

O evento, que acontecerá, às 14h, no espaço de convivência, em frente à Biblioteca Central, no Campus I da UNEB, no bairro do Cabula, em Salvador, contará com a presença do reitor da UNEB, professor  José Bites de Carvalho, do presidente do Ilê Aiyê, Antônio Vovô, do coordenador-geral do Coletivo de entidades Negras (CEN) e coordenador executivo do OPPD Racial, Marcos Rezende, da presidente da Unegro, Ângela Guimarães, além de representantes governamentais e  outras figuras importantes para o debate racial e a defesa dos direitos humanos.

O OPPD Racial é uma iniciativa desenvolvida pelo CEN, entidade nacional do movimento negro, e apoiada pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades, ambos da UNEB, além da Open Society Foundations. O objetivo é mapear as políticas públicas sobre drogas nas 13 estados das regiões Sudeste e Nordeste.

Para o reitor José Bites, o lançamento das atividades do observatório em junho fortalece o calendário de atividades no mês em que a instituição completa 34 anos.

“A UNEB tem se consagrado pelo seu caráter popular e inclusivo, o que amplia a nossa responsabilidade de fortalecer os debates entre os diversos setores e a pesquisa científica, principalmente neste cenário alarmante que vincula elevação da pobreza, mortes e violência, muitas vezes praticadas por agentes estatais, sob o manto da guerra às drogas”, afirma o reitor.

De acordo com a coordenação técnica do projeto, o Nordeste foi escolhido para receber as plenárias populares do observatório por ter os estados onde mais cresce o número de mortes de jovens negros. Já o sudeste é a região onde estão as maiores facções de tráfico de drogas do país.

Para Marcos Rezende, o fato de o CEN ter atuação consistente na defesa da pauta racial e outras questões ligadas às minorias em 15 estados potencializa a capacidade de articulação em rede com outros movimentos sociais e populares, fortalecendo a relevância política desta pauta.

“São mais de 400 organizações da sociedade civil que se articulam conosco e estão envolvidas nas plenárias populares e na criação de um núcleo de governança, para que o OPPD Racial seja uma experiência não apenas exitosa, mas também com impactos concretos no ativismo político”, detalha.

 Metodologia do Mapeamento – O levantamento das políticas públicas será feito em plenárias populares nas 13 capitais dos estados selecionados.

Nessas viagens, garantidas a partir da parceria com a UNEB, a equipe do projeto participará de audiências públicas em assembleias legislativas estaduais, para apresentá-lo às instâncias de Estado, a fim de fortalecer o advocacy (pressão feita nas instituições públicas) e tentar reverter posições conservadoras do Executivo e do Legislativo sobre o assunto.

O projeto terá como produto final uma plataforma digital colaborativa, que terá como objetivo  formar uma rede de ativistas negros que debatem o tema em suas comunidades, e levantar informações como estatísticas, projetos, leis, iniciativas diversas, que serão avaliadas pelos pesquisadores do projeto e aberta à consulta pública.

“A ideia central é que a plataforma consiga dimensionar a real situação dessas regiões brasileiras dentro da questão das drogas”, explica a coordenadora técnica do projeto, Anhamona de Brito, também professora da UNEB, advogada e ativista de defesa dos direitos humanos.

O resultado desse mapeamento será apresentado entre os dias 8 e 10 de dezembro, na capital baiana, em um grande seminário internacional que reunirá ativistas e autoridades no debate sobre drogas para formar um comitê de governança do projeto, responsável por dar encaminhamentos às informações colhidas.

Coletivo de Entidades Negras – O CEN é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, constituída com a finalidade de garantir direitos para as populações negras em seus múltiplos contextos e dimensões.

Criado em 20 de abril de 2003, o CEN conta com uma rede de filiados que compreende pessoas físicas e jurídicas, estando presente em 23 municípios baianos e em 17 estados brasileiros. Suas ações têm como público-alvo indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade, excluídos do mercado de trabalho, com baixa escolaridade e sem perspectivas de inserção social.

Entre as missões do CEN, está o combate às desigualdades raciais, o racismo e outras formas de violências e discriminação; defender os direitos e interesses dos povos de terreiro e comunidades quilombolas; preservar e fortalecer a cultura negra brasileira e africana e seu legado civilizatório; além de contribuir com propostas, soluções e alternativas para a melhoria da qualidade de vida da comunidade negra brasileira.

*Texto de Yuri Silva, coordenador de Comunicação do Coletivo de Entidades Negras, com Edição da Ascom/UNEB