O projeto de extensão da UNEB “Tom de Prosa” vai realizar, nos dias 9 e 23 de março, a partir das 19h, homenagem dedicada às mulheres, com transmissão online no canal Ateliê Vozes, no YouTube.
No primeiro programa, no dia 9, contará com a presença da poeta, escritora, pesquisadora e especialista em gênero e liderança, Lucelena Ferreira.
Com diversos livros publicados, Lucelena Ferreira também é autora do Manual Antimachista, publicado no ano de 2022 pelo Senado Federal.
O projeto de extensão da universidade “Tom de Prosa” é idealizado pelo professor Silvio Carvalho, do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da instituição, em Salvador.
O programa é veiculado de forma quinzenal e tratam de temas voltados para a educação, as artes, a literatura, a promoção da leitura e a cultura de modo geral.
O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do Campus X da UNEB, em Teixeira de Freitas, está com inscrições abertas para submissão de artigos para compor o Dossiê “Língua e Política em Transversalidades Cognitivo-afetivas”, da Revista Missangas.
Os interessados devem enviar as produções, até o dia 31 de julho, através do site da revista e seguir as orientações de submissão.
A Revista Missangas: Estudos em Literatura e Linguística é uma publicação semestral realizada pelo PPGL do Campus X da universidade. O periódico aceita para publicação artigos inéditos sobre estudos literários e estudos linguísticos.
O início do Março Mulher trouxe consigo uma mobilização das estruturas da UNEB para a participação, a proposição de diálogos e reflexões. A Reitoria da instituição realizou encontro, na manhã da última sexta-feira (3), para apresentação do projeto “Mulher Solte o Verbo”.
A atividade, promovida na Sala de Reuniões da Reitoria, no Campus I, em Salvador, foi conduzida pela reitora, professora Adriana Marmori, e contou com a participação de gestoras, servidoras técnico-administrativas e docentes, presencialmente e por mediação tecnológica.
O movimento, que está em sua quarta edição, consiste na realização de rodas de conversa, com temas definidos, integralmente protagonizadas por mulheres das comunidades unebiana e externas, nos diferentes setores e espaços acadêmicos da UNEB.
O público participa “soltando o verbo”, ao expressar os seus anseios, pensamentos, opiniões em espaços democráticos, livres e abertos para intervenções. As atividades devem contar com convidadas, que vão associar as suas falas às demais, após a participação efetiva daquelas que se inscreveram e trouxeram as suas contribuições anteriormente.
“Vamos marcar o Março Mulher com ampla participação. Defina a data, organize a roda com convidadas, divulgue amplamente, convide a todas a ‘soltarem o verbo’ e vamos juntas fortalecer o nosso ser e estar mulher em sociedade”, convidou a reitora.
A reunião de apresentação da iniciativa contou com a participação de 58 servidoras da UNEB, da capital e do interior da Bahia, que apresentaram propostas temáticas e de ações conjuntas, e assumiram o compromisso de multiplicar ações por todo o estado.
É esperado com o movimento que sejam pautados assuntos e temas por vezes não dialogados no cotidiano e que são de interesse; a construção de grupos de diálogos permanentes sobre mulher e sociedade; o compartilhamento de resultados de pesquisas realizadas na universidade; a denúncia das formas de violências, racismos, sexismos e machismos; e o fortalecimento dos vínculos de confiança e respeito mútuo em coletividade.
De acordo com a vice-reitora, professora Dayse Lago, discussões como essas precisam ser assumidas sempre nos diversos espaços. “Estou muito animada com as temáticas, com essa proposta de movimento. A metodologia de dar voz proposta é muito importante para que cada uma seja devidamente escutada. Porque ao silenciarmos, estamos corroborando para práticas patriarcais e machistas”, salientou a gestora.
Com organização central do Gabinete da Reitoria, as ações da iniciativa devem ser planejadas e realizadas neste mês de março pelos setores e espaços acadêmicos, que precisam enviar informações gerais sobre as atividades por meio de formulário eletrônico, para que recebam um detalhamento da metodologia participativa proposta.
O projeto “Mulher Solte o Verbo” nasceu na Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB. Na sua primeira edição, em 2013, constituiu-se um espaço de crítica, construção coletiva, aprofundamento teórico e proposição de ações que vieram a contribuir para as edições subsequentes, em 2018 e 2020, na perspectiva do empoderamento feminino na sociedade.
A Editora da UNEB (EdUNEB), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) da universidade, vai promover a 1ª oficina para Conversão de Trabalhos Acadêmicos em livros científicos, nos dias 15, 22 e 29 de março, a partir das 18h, de forma remota.
A oficina tem como objetivo dar oportunidade para que mais egressos dos programas de pós-graduação ampliem a chance de aprovação nos editais da universidade, de livros oriundos de suas dissertações e teses.
Estão sendo oferecidas 25 vagas, sendo 15 para comunidade interna e 10 oportunidades para a comunidade externa da instituição. A inscrição para participar da iniciativa deve ser solicitada através do e-mail cursoccunha@gmail.com, e colocar no assunto “1ª OFICINA EDUNEB – LIVROS CIENTÍFICO”.
Em função da possibilidade de os pleiteantes excederem o número de vagas, serão considerados, por ordem de chegada, os e-mails enviados até 13 de março, às 10h.
Os pleiteantes receberão como resposta ao primeiro e-mail enviado, as informações detalhadas sobre a Oficina e, em anexo, um formulário de dados pessoais. O formulário deverá ser preenchido e enviado de volta, no máximo até o dia 13 de março às 12h, juntamente com a cópia do comprovante da maior titulação do interessado.
Na noite do dia 13 de março, cada pleiteante receberá, como resposta a esse segundo e-mail enviado (com o formulário preenchido e o comprovante de titulação), a informação do seu lugar na ordem das solicitações e a consequente confirmação do aceite ou não da sua inscrição na oficina.
O Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim, vai realizar, entre os dias 13 e 17 de março, o III Seminário de Pesquisa e Extensão (Sepex), na unidade.
O evento propõe contribuir com os movimentos de socialização de práticas de (multi)letramentos, sobretudo científico, e a formação de estudantes, professores e demais profissionais das áreas que compõem os cursos ofertados pelo departamento como, também um momento de aproximação entre as comunidades.
Os interessados em participar devem realizar inscrição no Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da instituição. A programação da iniciativa vai contar com palestras, mesas temáticas, e apresentações dos resultados dos projetos desenvolvidos pelos docentes e discentes ao longo do ano de 2022.
“Toda a programação que será apresentada durante o seminário é o resultado do trabalho ao longo do ano 2022, que foram projetos, práticas e vivências ampliadas pelos docentes e discentes, e que cumprem importante papel de dar visibilidade a todo o empenho da comunidade acadêmica na realização de suas atividades”, destaca o coordenador do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do Campus VIII da UNEB, em Senhor do Bonfim, Américo da Silva.
O seminário terá formato híbrido e as atividades presenciais acontecem no auditório do campus VII da universidade e no Centro de Artes Professor Marcos Fábio Oliveira Marques, localizado no Colégio Estadual, no centro de Senhor do Bonfim. As atividades virtuais serão transmitidas através do Canal da TV UNEB, no YouTube. O seminário terá carga horária de 40 horas.
A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB vai abrir inscrições, entre os dias 13 e 16 de março, para o processo seletivo de Projetos de Extensão com concessão de Bolsas de Iniciação à Extensão (Proiex) de 2023 para estudantes de graduação.
Na primeira etapa, serão selecionados projetos de extensão com vinculação às áreas temáticas à Comunicação, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Meio ambiente, Saúde, Tecnologia e Produção, Trabalho. As propostas podem ser apresentadas por docentes, servidores técnicos e analistas universitários da instituição, conforme regras apresentadas pelo Edital de Seleção.
As proposições devem estar previamente cadastradas no Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU) da UNEB. As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente no Sistema de Registro e Acompanhamento dos Projetos de Extensão (Sisproex) da universidade.
Todos os projetos cadastrados no SPGU serão apreciados por avaliadores ad hoc cadastrados no banco de dados da Proex. Os projetos passarão por duas etapas: análise de enquadramento, pela comissão técnica da Proex, e análise final por mérito. As propostas aprovadas serão divulgadas no dia 12 de abril.
De acordo com o Edital de Seleção, serão ofertadas 405 vagas para os discentes que atuarem nos projetos. Podem participar, estudantes matriculados nos cursos de graduação da universidade, que não usufruam de bolsa institucional de qualquer natureza, exceto as de assistência estudantil, e possuam disponibilidade para oferta de 20h semanais para as ações.
Após a divulgação do resultado das propostas, os bolsistas interessados deve realizar inscrição junto aos coordenadores dos projetos, no período entre os dias 13 e 20 de abril. O resultado dos estudantes aprovados será divulgado no dia 5 de maio. As atividades terão início também no dia 15 do mesmo mês. Os aprovados terão direito a bolsa de monitoria mensal no valor de R$ 700, durante oito meses.
Edital para projetos de extensão do Programa UATI
A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da universidade também vai abrir inscrições, entre os dias 13 e 16 de março, para projetos do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) e de bolsistas de monitoria, que irão atuar nas ações extensionistas deste ano.
Segundo o Edital de Seleção, poderão submeter propostas, professores em atividade ou servidores técnicos e analistas universitários. Os projetos devem preferencialmente possuir inserção nos seguintes eixos: atualização de conhecimentos, promoção da saúde, atividades socioculturais e tecnologia da informação.
Os projetos devem ser registrados no Sistema de Planejamento e Gestão Universitária (SPGU) da UNEB e as inscrições deverão ser realizadas exclusivamente no Sistema de Registro e Acompanhamento dos Projetos de Extensão (Sisproex) da universidade.
Todos os projetos cadastrados no SPGU serão apreciados por avaliadores ad hoc cadastrados no banco de dados da Proex. Os projetos passarão por duas etapas: análise de enquadramento, pela comissão técnica da Proex, e análise final por mérito. As propostas aprovadas serão divulgadas no dia 12 de abril.
Após a divulgação dos projetos aprovados, os estudantes poderão se inscrever, entre os dias 13 e 20 de abril, pelos coordenadores das propostas aprovadas. Serão ofertadas 65 vagas para estudantes regularmente matriculados em curso de graduação da instituição.
O resultado final dos projetos e dos bolsistas aprovados será divulgado no dia 5 de maio. As atividades dos projetos serão iniciadas no dia 15 do mesmo mês. A monitoria será desenvolvida no período de oito meses, durante o ano de 2023, e terá bolsa mensal no valor de R$ 700.
O UATI é um programa de extensão universitária que possui articulação acadêmica com os cursos de graduação ofertados pela UNEB e visa, a partir do acesso de pessoas idosas das diferentes regiões do estado da Bahia ao contexto universitário, propiciar ações efetivas de educação, artes, cultura, saúde, esporte e lazer em uma perspectiva de envelhecimento ativo. As atividades tem como público-alvo pessoas de qualquer nível socioeducacional, com 60 anos ou mais, que sejam oriundas de camadas populares.
O evento terá como palestrantes o médico infectologista e professor associado de Medicina, Philip A Chan, e da professora de Medicina e de Ciências Comportamentais e Sociais, Amy Nunn, ambos da Universidade Brown dos Estados Unidos.
A iniciativa é coordenada pelos docentes Laio Magno (UNEB) e Inês Dourado (Ufba). O evento é organizado em parceria entre a UNEB, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), o Projeto PrEPara Salvador, com apoio da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec), o Ministério da Saúde e a iniciativa Unitaid.
A Gerência de Informática (Gerinf) da UNEB, vinculada à Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO), informa que o setor está em processo de alteração de equipe e mudança da ferramenta para o registro e o acompanhamento de chamados da comunidade universitária.
Nesse sentido, registramos que nos próximos 15 dias, a partir desta segunda-feira (6), atenderemos exclusivamente através do e-mail sd@uneb.br, com a suspensão temporária do atendimento via telefone.
Ao tempo em que pedimos a compreensão de todas e todos, salientamos que essa é uma medida necessária para melhor atender toda a comunidade, com maior qualidade, confiabilidade e eficiência no serviço prestado pela Gerinf. No dia 20 de março, retomaremos o atendimento também por telefone.
Atenciosamente,
Gerência de Informática da UNEB (Gerinf) Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO)
Estão abertas as inscrições, até hoje (3), para a chamada pública para compor as comissões executivas territoriais do II Congresso de Extensão Universitária (CEU) da UNEB.
A segunda edição do Congresso de Extensão Universitária da UNEB será realizada entre os dias 24 e 26 de maio, no Campus XXIII da universidade, em Seabra.
A iniciativa é um espaço múltiplo e plural para a discussão e debate de temas emergentes que venham colaborar com a reflexão acerca do papel da extensão universitária na atualidade, bem como apontar os próximos desafios.
O evento é realizado entre a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e o Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XXIII da instituição, em Seabra.
Realizado pela Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), evento debateu sobre compromissos e ações na área
“Três elementos fundantes que devem estar nas nossas práticas a partir deste fórum, em todas as dimensões acadêmicas e administrativas: a acessibilidade, a inclusão e a permanência.”
A fala da reitora Adriana Marmori, durante a abertura do I Fórum Sain de Acessibilidade e Inclusão da UNEB, realizado ontem (1º), no teatro da universidade, no Campus I, em Salvador, traduziu a centralidade desse tema na atual gestão universitária.
O evento, realizado pela recente Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), debateu sobre os compromissos e ações institucionais da universidade acerca da temática, reunindo gestores, docentes, técnicos, estudantes e egressos, além de representantes de instituições e órgãos públicos que atuam na área dos direitos das pessoas com deficiência (PcDs).
Adriana Marmori (ao microfone): amplo processo formativo para construir e consolidar cultura de respeito e valorização à PcD
“Estamos em uma grande universidade pública e multicampi. Somente com um amplo processo educativo e formativo, envolvendo toda a comunidade acadêmica e comunidade externa é que vamos conseguir construir e consolidar essa cultura de respeito e valorização das pessoas com deficiência, de fato e de direito, da mesma forma que conquistamos com outros marcadores sociais que a UNEB agrega”, ressaltou Adriana Marmori.
Convocando os gestores e comunidade para esse desafio, a reitora ressaltou que “existem coisas que não podem esperar, que precisam ser melhoradas já, a exemplo das pistas táteis e dos profissionais apoiadores para nossos estudantes com deficiência nas salas de aula, em todos os campi”.
Com relação a preconceitos e intolerância, a reitora expressou seu veemente repúdio às declarações xenofóbicas e racistas proferidas recentemente por um vereador no Rio Grande do Sul contra trabalhadores baianos. “Nossa reverência e respeito ao povo baiano e aos povos indígenas na Bahia”, enfatizou Adriana Marmori.
Citando o lema internacional da luta das pessoas com deficiência — “Nada sobre nós sem nós“, base orientadora do evento e referência da Política de Acessibilidade e Inclusão da UNEB, implantada recentemente —, a coordenadora da Sain, Jaciete Barbosa, agradeceu a participação dos diretores de departamento, equipe da gestão central e comunidade acadêmica da universidade, dos núcleos de acessibilidade e inclusão (NAIs) da instituição e parceiros externos, a exemplo dos centros de apoio pedagógicos sediados em vários municípios do estado.
Jaciete Barbosa informou que carta de intenções da UNEB sobre o tema está sendo construída coletivamente com a comunidade
“Esse fórum é uma grande conquista para todas e todos nós. Estamos realizando uma construção coletiva de nossas ações institucionais com o apoio de tantos parceiros. Tenho certeza que esse é o primeiros de muitos fóruns e iniciativas nessa área que realizaremos“, destacou Jaciete Barbosa.
A coordenadora da Sain informou que está sendo construída coletivamente uma carta de intenções da UNEB, na qual constarão os compromissos da universidade para levar à prática efetiva os princípios e diretrizes da Política de Acessibilidade e Inclusão.
Compuseram a mesa de abertura do evento, além da reitora e da titular da Sain, a coordenadora de Educação Especial da Secretaria estadual da Educação (SEC), Marlene Cardoso, a promotora de Justiça Cínthia Guanaes, do Ministério Público do Estado (MP-BA), a coordenadora do Núcleo de Educação Especial (Nede) da universidade, Sandra Farias, e os representantes do Fórum de Diretores e Diretoras de Departamento, Érica Macedo, e da Associação dos Docentes (Aduneb) da UNEB, José Augusto.
O fórum foi transmitido ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube e contou com o trabalho de guias-intérpretes de Libras e outros profissionais de apoio às pessoas com deficiência. Por motivo de saúde, a vice-reitora Dayse Lago participou remotamente do evento. A iniciativa prestou homenagem especial à técnica administrativa da universidade Ana Batista, pioneira na condução do Nede e nas ações institucionais nessa área.
“Temos que subverter a ordem excludente”
Para Douglas Christian (à esq.), o problema são os impedimentos sociais colocados para as pessoas com deficiência
Pessoa com deficiência visual por baixa visão, Douglas Christian Melo, doutor em Educação e docente da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), abordou o tema “Acessibilidade e inclusão na universidade: estabelecendo compromissos e ações institucionais”, na conferência de abertura do fórum, que proferiu.
“Por causa da minha deficiência, me disseram que eu não poderia correr, e eu corri. Me disseram que não poderia andar de bicicleta, e eu andei. Me disseram que eu não chegaria à graduação muito menos a ser professor universitário, mas eu cheguei. Temos que subverter essa ordem social excludente, que destrói nossas aspirações e sonhos“, afirmou o conferencista.
Segundo Douglas Christian, uma pessoa com deficiência tem alguma dificuldade “orgânica” (entre aspas, ele ressalva), mas esse não é o problema: “O problema são os impedimentos sociais que estão colocados para essas pessoas”.
“Já sabemos há muito tempo o que precisa ser feito e implantado, como pistas táteis, rampas, etc. Então, por que não foram feitas ainda? A deficiência não é um muro, o muro é da sociedade, que provoca a exclusão. Portanto, não se trata de uma questão técnica, trata-se de um questão política“, acrescentou o docente.
Para avançar nas conquistas desses direitos, avalia Douglas Christian, é fundamental entender que “o tema da acessibilidade e da deficiência é transversal a todas e todos, desde a educação infantil até a terceira idade, perpassando por todas as minorias sociais, como LGBTQIA+, negros, quilombolas, indígenas, mulheres e outras”.
Abordando a questão da legislação a respeito do tema, a promotora de Justiça Cínthia Guanaes assegurou que o Brasil já possui todo um arcabouço legal sobre inclusão e acessibilidade, a começar pela Constituição Federal.
“Temos uma lei brasileira de inclusão que vem reforçar que a educação constitui direito da pessoa com deficiência. Porém, temos ainda muitas barreiras para romper, muitas dificuldades. Por exemplo, precisamos garantir não apenas o acesso à universidade, mas também a permanência com qualidade do estudante com deficiência do início ao fim de seu curso“, pontou a representante do Ministério Público estadual, ponderando que “infelizmente somos uma sociedade que ainda não acredita que a pessoa com deficiência tem capacidade de ser um profissional, de se formar”.
Reitora cumprimentou advogado Matheus Martins (OAB-BA) pelas relevantes reflexões que apresentou no fórum
Outro convidado para o fórum foi o advogado Matheus Martins, representando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), que é ativista pela inclusão no segmento da PcD.
Louvando o MP-BA pela atuação em prol dos direitos humanos, o advogado lembrou que “foi graças à luta dos ativistas aqui e no exterior que o Estatuto da Pessoa com Deficiência do Brasil conseguiu ser mais oportunizador e menos protetivo”.
“Não queremos ser privilegiados, não queremos proteção. Queremos igualdade de oportunidade. Não defendemos o direito de ser um profissional no dobro do prazo do curso ou da formação, devido a qualquer dificuldade; queremos ser um profissional com as mesmas oportunidades dos demais”, complementou Matheus Martins.
Texto: Toni Vasconcelos / Ascom. Fotos: Danilo Oliveira / Ascom.