Oitava edição do programa traz entrevista inédita sobre questões como o negro no livro didático.
O projeto de extensão CINEdebate & História, vinculado ao Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus VI da UNEB, em Caetité, está divulgando a nova edição do Programa Perspectiva.
A oitava edição traz entrevista inédita com a pesquisadora Ana Célia da Silva, abordando o tema “Educação das relações étnico-raciais”.
Professora aposentada do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da UNEB (Salvador) e do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da universidade, Ana Célia é uma das principais intelectuais brasileiras no campo de estudo do negro e sua representação em livros didáticos, currículo e relações raciais, e ideologia do branqueamento no Brasil.
A educadora possui longa trajetória política de luta no movimento negro, desde a década de 1970, na Bahia e outros estados.
Segundo o professor Jairo Carvalho, coordenador do projeto CINEdebate & História, na entrevista são abordadas questões como o negro no livro didático, o movimento negro unificado, políticas de ações afirmativas na UNEB, um balanço dos 20 anos de vigência da Lei 10.639/2003, entre outras.
A apresentação dessa edição do programa é de Pâmela Souza, estudante do curso de História do campus e bolsista do projeto.
O estudante do Programa de Pós-Graduação em Estudos africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAFIN) da UNEB, Nankupé Tupinambá Fulkaxó, lançou o livro “Índios, NÃO: Indígenas, TALVEZ: Povos Originários, SIM”.
A publicação traz o relato de luta e resistência dos povos originários e se propõe a contribuir com a desmistificação de um imaginário falso e cruel constituído por cinco séculos.
O livro carrega em si a força ancestral dos povos originários na luta e resistência, onde o termo “índio”, usado equivocadamente pelo invasor/colonizador e depois inserido politicamente pelos interesses de diminuir, apagar e estereotipar aqueles que são certamente os primeiros povos do continente de Abya Yala, hoje denominado de América.
A obra pode ser adquirida pela startup de publicação de livros Uiclap.
Professora Ana Rosa participou do 10º Congresso Internacional de Manga e Abacate
As principais doenças da manga e seu manejo no Brasil foram tema da participação da pesquisadora e professora do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, Ana Rosa Peixoto, que representou o Brasil no 10º Congresso Internacional de Manga e Abacate, realizado no último mês de agosto, na cidade de Casma, no Peru.
O congresso, organizado pela Associação dos Agricultores de Casma, reuniu 12 palestrantes de diferentes países, como Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México e Peru, com o objetivo de proporcionar conhecimento aos produtores, exportadores e importadores sobre novas tecnologias e tendências para a produção de manga e abacate para os diversos mercados.
A expertise do cultivo de manga no Brasil é referência no mercado da fruticultura no mundo. De acordo com a professora Ana Rosa, participar do congresso apresentando os resultados da pesquisa brasileira para o setor foi uma oportunidade de representar o país, bem como a região e a UNEB. ”Além de proporcionar o intercâmbio de pesquisas e conhecimentos sobre a produção dessas frutíferas em diferentes partes do mundo em um evento de grande relevância para a agricultura internacional”, destacou.
A palestra tratou sobre as principais doenças que infectam os pomares de manga na região do Submédio do Vale do São Francisco, com destaque para os aspectos da sintomatologia e diagnose, as condições que favorecem a sua ocorrência, bem como as principais medidas de manejo que são utilizadas para o controle dessas doenças.
A Associação dos Agricultores de Casma, organizadora do evento, é composta por pequenos e médios agricultores dedicados à produção e exportação de cultivos de qualidade e de alto nível tecnológico. A instituição é a principal organização agroexportadora da costa norte peruana.
Texto: com informações de Ianne Lima, DCTS Campus III. Foto: arquivo pessoal
Lançamento da obra será em cafeteria na cidade de Vitória da Conquista.
O professor Baktalaia Leal, do Campus XX da UNEB, em Brumado, vai lançar seu novo livro Quando os detalhes sobem na garupa, no próximo sábado (16), às 19h, na Cafeteria Morioka, localizada na Avenida Jorge Teixeira, 602B, bairro Candeias, no município de Vitória da Conquista.
Com selo da editora Mondrongo, a obra reúne poemas e aforismos do autor, que é mestre e doutor em Letras, além de cronista, ensaísta e poeta. Divididos em dez capítulos, os textos da publicação são agrupados por temáticas que trazem “reflexões sobre vários aspectos da vida, do tempo e do olhar sobre o ser humano, sobre seus conflitos e suas relações pessoais e interpessoais”, conforme apresentação na orelha do livro.
Na contracapa da edição, o cineasta João Wilker escreve: “A poesia de Baktalaia Leal celebra o reencontro com o que há de mais humano em nós. Cada verso é esculpido com a maestria de um cupido com amnésia, cujo propósito é nos fazer amar sem lembrar o porquê e o antes. O convite é para mergulhar nas palavras que dançam em sincronia com os batimentos do coração, descobrindo que, ao regressar, encontramos o que transcende o tempo”.
O livro já disponível para compra no site da editora. E o trabalho literário do autor pode ser acompanhado também no perfil que ele criou no Instagram @versoemrefil.
Texto: Baktalaia Leal, com edição da Ascom. Imagens: Divulgação.
O projeto Coro Oyá Igbalé, vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da UNEB, em Salvador, seleciona cantoras voluntárias (mulheres) de todos os naipes de voz, para o espetáculo “Amor”, que além de celebrar os nove anos do projeto será a última apresentação do coro neste ano.
A seleção das candidatas será realizada pela professora Julice Oliveira, coordenadora do projeto, no mesmo dia 14, das 14h às 18h, na sala 105 do Pavilhão Aulas Multidisciplinar (PAM) do campus, localizado na Rua Silveira Martins, 2.555, bairro do Cabula.
Podem se inscrever mulheres com idade mínima de 16 anos e que fazem parte da comunidade acadêmica da UNEB (professoras, estudantes, funcionárias e colaboradoras), discentes do programa Universidade para Todos (UPT), mulheres que residem em bairros vizinhos ao campus, profissionais liberais, professoras das redes estadual e municipal de ensino, donas de casa e demais interessadas.
As candidatas não precisam ter experiência em canto ou haver participado de outros corais, pois o trabalho desenvolvido pelo Coro Oyá Igbalé ensina a cantar música sacra afro-brasileira, assim como o vocabulário especializado.
Os ensaios regulares acontecem sempre às quintas-feiras, das 13h30 às 17h; e os ensaios extras, aos sábados, das 8h às 12h, na sala 105 do PAM.
Entre os principais objetivos do trabalho realizado pelo Coro Oyá Igbalé, destacam-se a difusão e popularização da música sacra afro-brasileira, democratização do acesso à cultura, fomento à inclusão da população negra e das comunidades de matriz afro-brasileira no espaço da universidade pública por meio de uma ação cultural; e defesa da liberdade de expressão e combate ao racismo cultural.
Em 2023, o Coro Oyá Igbalé está realizando os espetáculos “Coração de caboclo: homenagem aos 200 anos do Dois de Julho”, “Okàn-Fadaká”, “Omolu, o rei da Terra”, “Opará”, “Omo Obatalá” e, para encerrar o ano, “Amor: nove anos do Coro Oyá Igbalé”. Também realizará oficinas, cursos e palestras.
O projeto, neste ano, conta com o apoio da Reitoria da UNEB e da direção do DEDC. O colegiado do curso de Filosofia do departamento, o Grupo de Estudos em Estética e Contracultura, o Grupo de Pesquisa em Filosofia, Educação e Psicologia Analítica e o Centro Acadêmico de Filosofia dão apoio cultural à iniciativa.
A pró-reitora de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB, professora Dina Maria Rosário, irá receber do Grupo Gay da Bahia (GGB) o prêmio de Honra ao Mérito Cultural da Diversidade LGBT. A cerimônia de premiação acontece no próximo dia 8 de setembro, às 16h, na Casa do Carnaval, em Salvador.
Professora Dina Maria Rosário, gestora da Proaf
A Honra ao Mérito Cultural da Diversidade LGBT é uma honraria criada pelo GGB e tem como finalidade premiar personalidades, órgãos, empresas, marcas, entidades públicas e privadas, estaduais e nacionais, que se distinguiram por suas contribuições à diversidade cultural LGBT atuando de forma efetiva no combate à LGBTfobia.
No convite à professora Dina Maria Rosário, o GGB destaca a adoção pela UNEB, desde 2020, de políticas de reserva de vagas para estudantes transgêneros, travestis e transexuais nos processos seletivos para os cursos de graduação e pós-graduação.
Além de gestora da Proaf, Dina Maria é docente do Colegiado de Pedagogia do Campus XIII da universidade, em Itaberaba; doutora em Ciências Sociais e Jurídicas pela Universidad de Cádiz (Espanha); mestre em Orientação e Avaliação SocioEducativa pela Universidad de Cádiz; especialista em Psicopedagoga e Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Bahia.
Em 2018, a UNEB institucionalizou as cotas para a população trans, com entrada em 2019 na gestão da então pró-reitora da Proaf Amélia Maraux, e mantidas pelo seu sucessor, Marcelo Pinto. À época da criação das cotas para a população trans, a atual pró-reitora, Dina Maria Rosário, fazia parte da equipe da Proaf, na função de Gerente de Promoção e Acompanhamento das Ações Afirmativas.
Entre os eventos, destacam-se conferência internacional e congresso de IC na Universidade de São Paulo (USP).
Estudantes do curso de Ciências Contábeis, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX, em Camaçari, estão participando de eventos relevantes de iniciação científica (IC) na área.
“Como docente da área, enfatizo aos estudantes a necessidade de organizar as ideias, de preferência inovadoras, que tenham a potencialidade de serem executáveis. Assim, os trabalhos demonstram o diferencial e inovação requeridos pelos eventos e revistas científicas. Confesso sentir uma emoção sem igual quando os trabalhos são aprovados em renomados eventos científicos de Contabilidade, tal como o congresso da USP, da Anpcont, entre outros. Incentivo, acompanho e apoio as apresentações dos discentes. Essa atuação como docente incentivadora de pesquisa, originou-se no meu doutorado e pós-doc. Amo fazer pesquisa”, contou Márcia D’Souza.
A professora também orientou, revisou e foi coautora de artigos apresentados nos eventos pelas discentes:
Débora Nepomoceno Rodrigues, artigo “Perícia contábil previdenciária: importância do perito contábil na tomada de decisão do juízo em ações de aposentadoria por incapacidade permanente” – também aprovado para ser apresentado em congresso de iniciação científica em Contabilidade da Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC) agora em setembro;
A solenidade reuniu autoridades religiosas e políticas, movimentos sociais, familiares e amigos, e contou com as apresentações culturais.
Com o Plenário Cosme de Farias lotado, a Câmara Municipal de Salvador concedeu a Medalha Zumbi dos Palmares ao advogado, professor, poeta, Ogan de Oya do Terreiro Ile Asé Taoya Logni, Sérgio São Bernardo, em sessão solene realizada na noite de ontem (22).
A outorga da honraria, concedida a pessoas, grupos ou entidades que se destacam em diversos âmbitos da sociedade na luta pelo combate ao racismo e a favor da cultura afro-brasileira, foi proposta pelo vereador Tiago Ferreira (PT).
“A sua luta por justiça social, igualdade racial e respeito às religiões de matrizes africanas é reconhecida e reverenciada hoje, neste plenário lotado, com a concessão dessa medalha tão simbólica, que representa a resistência e a força do povo negro”, destacou o proponente Tiago Ferreira.
Sérgio São Bernardo emocionou os presentes com um discurso forte e emblemático sobre a condição do povo negro no Brasil, destacando avanços e retrocessos. “Esse é, sim, um momento de celebração, de reconhecimento, de afetos. Mas, sobretudo, é um ato político, momento de realimentação pra seguir com essa luta que nunca acaba. Estamos mudando a história. A cada dia somos mais representações negras, ocupamos mais espaços de poder. Estamos construindo um mundo mais digno para que as ancestralidades que vêm depois de nós, vivam, se fortaleçam, se perpetuem”, frisou o homenageado.
Sérgio: “Estamos construindo um mundo mais digno para que as ancestralidades que vêm depois de nós, vivam, se fortaleçam, se perpetuem”
A solenidade, que reuniu autoridades religiosas e políticas, movimentos sociais, familiares e amigos, contou ainda com as apresentações culturais da Associação Cultural de Capoeira Mangangá, com a participação de Tonho Matéria, mestre e fundador da entidade; e do músico Ari Gil.
Biografia – Nascido em Salvador, filho de comerciantes, Sérgio São Bernardo começou sua vida laboral aos nove anos, trabalhando como camelô na Baixa dos Sapateiros.
Influenciado por Cosme de Farias e Luiz Gama, viu nos estudos uma oportunidade de transformar a sua vida e a vida dos demais com a sua inserção no movimento estudantil.
Formado em filosofia e direito na Universidade de Católica de Salvador, o homenageado conta com um currículo acadêmico com títulos e especializações nas áreas de direitos humanos, filosofia, políticas raciais e religiosos.
Sua notável formação acadêmica o habilitou para desenvolver atividades profissionais nas áreas de magistério, assessoria parlamentar, voluntariado social em ONGs, atuando também como presidente da comissão de proteção ao consumidor da OAB Bahia e com outras atribuições profissionais.
Atualmente, Sérgio exerce a função de professor do curso de direito da Universidade do Estado da Bahia, onde também atua como e assessor chefe da reitoria.
O historiador, pesquisador e escritor Manoel Neto, coordenador do Centro de Estudos Euclydes da Cunha (CEEC) da UNEB, teve o seu livro “Três Ensaios Sobre o Cangaço” indicado pela editora Casa Editorial para concorrer ao prêmio literário da Fundação Biblioteca Nacional.
“Essa indicação demonstra a seriedade do trabalho de pesquisas desenvolvido pelo CEEC sobre os movimentos sócio-religiosos do Nordeste brasileiro e baiano, o que se materializa através da publicação de revistas e produções audiovisuais com milhares de visualizações nas redes”, explica o professor Manoel.
Na publicação, lançada em agosto de 2022, Manoel Neto aborda o cangaço sob diferentes perspectivas. O primeiro dos ensaios trata da mulher no cangaço; o outro comenta os bilhetes que Lampião enviava aos seus adversários e vitimas e o terceiro analisa o assassinato de Maria Bonita, degolada ainda com vida durante a luta no Gota do Angico em julho de 1938, passados portanto, 85 anos.
As ocupações de terra, a formação das grandes propriedades e as disputas violentas pela dominação econômica e pelo poder político são analisadas com o objetivo de ampliar a compreensão sobre o surgimento e permanência do cangaceirismo em sete estados nordestinos – Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Prêmio – Concedido anualmente, desde 1994, o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional tem por objetivo reconhecer a qualidade intelectual das obras publicadas anualmente, no Brasil, em língua portuguesa.
O professor da UNEB, Gildeci Leite, estará hoje à noite (10) na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipêlo), no Centro Histórico de Salvador, para o lançamento do livro “Baianidades Literárias e Culturais”.
A solenidade será realizada às 19h, na Casa das Editoras Baianas, localizada no Largo do Pelourinho. O evento contará com as participações das docentes Jailma Moreira e Vanessa Vaz.
