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Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UNEB tem novos membros empossados

Os novos membros da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UNEB foram empossados pelo reitor da UNEB, José Bites, em cerimônia no dia 30 de agosto.

A equipe já realizou sua primeira reunião de trabalho na última quarta-feira (5). Durante a atividade, foram eleitas a docente Ione Jatobá e a técnica Aline Motta para coordenação e vice-coordenação da CPA, respectivamente.

Também foram pauta do encontro, a definição de um cronograma de ações e o início das atividades necessárias para o processo de autoavaliação da universidade.

Em estreita articulação com a Secretaria Especial de Avaliação Institucional (Seavi), a CPA tem delineado estratégias para o desenvolvimento da autoavaliação, especialmente voltadas para o envolvimento da comunidade da instituição no processo.

UNEB convida comunidade para elaboração democrática do primeiro Orçamento Participativo da universidade

Em que projetos e atividades a universidade deve priorizar a aplicação dos recursos orçamentários no próximo ano? A UNEB está convidando a comunidade acadêmica para participar democraticamente da definição dessa questão.

A instituição acaba de lançar a primeira etapa do Orçamento Participativo 2019.

Nesta fase, professores, técnicos administrativos e estudantes de todos os departamentos e unidades acadêmicas e administrativas da universidade podem participar preenchendo questionário on-line já disponível.

Acesse aqui questionário on-line

Na consulta cada membro da comunidade vai opinar sobre o grau de prioridade no orçamento para metas relacionadas a áreas como graduação, pós-graduação, pesquisa e inovação, extensão, infraestrutura, assistência estudantil, ações afirmativas, internacionalização, valorização do servidor, comunicação e cultura.

As metas estão associadas às dimensões do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade.

Segundo a Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), setor que está assessorando o processo do OP 2019, a ampla participação nesta fase inicial vai possibilitar o levantamento de indicadores que nortearão a etapa seguinte – a dos debates presenciais, a serem promovidos nos departamentos e unidades da instituição, nos quais deve ser assegurada a participação de todos os segmentos da universidade e a comunidade externa.

A institucionalização do OP visa fortalecer a gestão democrática, compartilhada e transparente na UNEB, ampliar a participação da comunidade acadêmica nos processos decisórios e na definição das metas prioritárias da universidade no período.

A elaboração do Orçamento Participativo está em conformidade com as diretrizes metodológicas estabelecidas na Resolução 1.301/2017, do Conselho Universitário (Consu) da UNEB. As fases finais previstas no processo são a consolidação da matriz de proposta orçamentária e a sistematização e ajustes dessa proposta, para registro no Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia (Fiplan) após definição da cota orçamentária do governo estadual.

Para coordenar a construção democrática do orçamento anual da UNEB foi constituído o Conselho do Orçamento Participativo (COP), integrado por representações dos segmentos da comunidade acadêmica, das equipes central e setorial de gestão universitária, bem como da comunidade externa e de instituições nas região onde atua a universidade.

Está sendo criado também o Comitê de Acompanhamento e Monitoramento Permanente do Orçamento Participativo (CAP), composto por representantes indicados pelas entidades dos três segmentos da comunidade acadêmica e pelos departamentos e administração superior da universidade.

Imagens: Marina Marques/Ascom

Conselho Universitário amplia cotas para novos grupos sociais e aprova criação de mestrados e doutorados

Realizada pela primeira vez no histórico Edifício Jequitaia, sessão do Consu marcou avanços nas ações afirmativas da UNEB 

Pioneira na implantação de sistema de cotas étnico-raciais entre as instituições da região Nordeste, a UNEB dá mais um importante passo na consolidação de sua política de ações afirmativas.

Por unanimidade, o Conselho Universitária (Consu) da UNEB aprovou reformulação do sistema, que amplia as cotas para outros segmentos sociais historicamente discriminados.

Além dos 40% para negros e 5% para indígenas em vigência, a universidade vai assegurar sobrevagas para quilombolas, ciganos, transexuais, travestis e transgêneros e para pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades, cada grupo com direito a 5% de sobrevagas.

A decisão valerá para todos os processos seletivos de cursos de graduação e de pós-graduação abertos pela instituição já a partir do próximo ano. 

Por se tratar de sobrevagas (vagas adicionais), as novas cotas não alteram o percentual de 60% do total de vagas que é destinado atualmente a candidatos não-cotistas.

Para concorrer às cotas, o candidato deve também ter cursado o segundo  ciclo do ensino fundamental e todo o ensino médio exclusivamente em escola pública e possuir renda familiar mensal de até quatro salários mínimos.

A proposta de ampliação do sistema de cotas é de autoria da Reitoria da UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf).

A UNEB foi a primeira universidade do Nordeste e a segunda do país a instituir cotas sociorraciais, em 2002, para ingresso em todos os seus cursos de graduação e pós-graduação, reservando 40% das vagas para negros e, posteriormente, 5% de sobrevagas para indígenas.

Novos mestrados e doutorados no interior

Na mesma sessão, o Conselho Universitário da UNEB aprovou também a criação de novos cursos de pós-graduação stricto sensu em campi da capital e do interior do estado. Os processos ainda dependem da autorização da Capes/MEC.

Para o Campus I, em Salvador, o Consu aprovou a criação dos cursos de doutorado profissional – o primeiro nessa modalidade da instituição – em Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de mestrado em Estudos Territoriais.

Já para o interior, foram aprovados oito novos cursos:

– para o Campus II, em Alagoinhas, mestrado em Modelagem e Simulação de Biossistemas;

– para o Campus III, em Juazeiro, doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental e mestrado profissional em Gestão de Processo Comunicativo e Inovação Social;

– para o Campus VI, em Caetité, mestrado profissional em Ensino, Linguagem e Sociedade;

– para o Campus IX, em Barreiras, mestrado profissional em Agronomia;

– para o Campus X, em Teixeira de Freitas, mestrado em Letras e mestrado profissional em Educação e Infâncias; e

– para o  Campus XVIII, em Eunápolis, mestrado em Estudos Culturais e Educação.

Com a presença de cerca de 40 conselheiros, a reunião do Consu – instância máxima deliberativa da UNEB – foi realizada no último dia 13, no histórico Edifício Jequitaia, antiga sede da Petrobras, bairro da Calçada, em Salvador, histórico imóvel onde já funcionam alguns setores administrativos e programas da universidade.

Fotos: Ícaro Rebouças/Ascom

DEMOCRACIA: Diretores de departamento eleitos tomam posse para mandato 2018–2020

Presidida pelo reitor e vice-reitor, mesa da solenidade foi composta por gestores e representantes da comunidade acadêmica

“Prometo honrar o compromisso com a missão institucional, garantindo como universidade pública os princípios da inclusão, do respeito à diversidade e da promoção da cidadania.”

Com braço direito estendido, 25 diretores de departamento da UNEB – de um total de 29 – repetiram em coro as palavras acima, que fazem parte do juramento de posse no cargo, lido pela também empossada Kátia Albuquerque, reeleita diretora do departamento do Campus XIX (Camaçari).

Devido a diferenças nas datas de encerramento dos mandatos em suas unidades, outros quatro gestores serão investidos no  cargo nos meses de julho, agosto e outubro.

Veja relação completa de diretores(as) para biênio 2018–2020

Os gestores foram eleitos ou reeleitos pelo voto da comunidade acadêmica dos respectivos departamentos, em eleição direta realizada em maio passado, para mandato de dois anos (2018–2020).

A solenidade de posse, ocorrida no último dia 18, no Teatro UNEB, no Campus I, em Salvador, foi transmitida ao vivo, por videoconferência, para todos as unidades da instituição.

Representando os colegas empossados, a diretora Marinalva Fernandes, do Departamento de Ciências Humanas (DCH) de Campis VI (Caetité), disse ter a expectativa é de que “possamos resistir e lutar em defesa da universidade pública, que tem uma função social e emancipadora”.

“Minha solicitação ao reitor e a todos os diretores e diretoras é que fortaleçam a gestão democrática, assegurando a participação de todos os segmentos da universidade na tomada de decisões”, enfatizou a gestora.

Já em nome dos diretores que estavam finalizando o mandato, Otávio Assis, que comandou o departamento do Campus XXI (Ipiaú), lembrou que seus colegas “que se despedem do cargo puderam vivenciar os desafios contínuos da administração pública, marcada neste período invariavelmente por decretos de contingenciamento, restrições orçamentárias e redução de investimentos”.

“Fica aqui a nossa gratidão e o nosso reconhecimentos a cada um e a cada uma que estiveram ombro a ombro conosco na tarefa de gerir os departamentos da UNEB”, concluiu o ex-diretor.

Reitor: “Vamos manter a luta em defesa da universidade”

Presidida pelo reitor José Bites e o vice-reitor Marcelo Ávila, a mesa solene da cerimônia foi composta por membros da gestão central e setorial da UNEB e representantes dos segmentos da comunidade acadêmica. O termo de posse foi lido pela chefe de Gabinete da Reitoria, Hilda Ferreira. Parlamentares e lideranças políticas locais participaram do evento.

“Este é um momento de culminância de mais um processo democrático nesta universidade. É um momento de parabenizar todos e todas pela participação e contribuição nesse processo”, iniciou sua fala o reitor.

Bites agradeceu “aos diretores e diretoras que atuaram nos últimos quatro anos da nossa gestão (2014–2018) como guerreiros e guerreiras no fortalecimento de seus departamentos e campi, na luta permanente pelo funcionamento de seus cursos e para garantir a manutenção de todas as atividades e no atendimento às pessoas de forma sempre humanizada – vocês estarão sempre na história de construção desta universidade popular”.

Aos gestores empossados, o reitor disse que, para dirigir um departamento, é necessário “ter credibilidade, dedicação, compromisso e paciência para permanentemente servir”.

“Os desafios são imensos. Nossa agenda de compromissos passa por ações como os processos de autoavaliação institucional, de recredenciamento da universidade – tenho certeza de que juntos alcançaremos o recredenciamento pelo tempo máximo –, do orçamento participativo e da Estatuinte”, acrescentou o reitor.

Bites prosseguiu: “Precisamos reavaliar o nosso portfolio de cursos de graduação, ter coragem para enfrentar esse desafio, de modo a atender as demandas contemporâneas de formação, requalificando a graduação da universidade”.

Na área da pós-graduação, o reitor informou que a UNEB possui atualmente 14 projetos de mestrado e doutorado sendo avaliados na Capes/MEC. “Definitivamente devemos implementar outros doutorados, uma exigência do processo de recredenciamento desta instituição. A qualificação dos nossos campi no interior passa pela implantação da pós-graduação stricto sensu.” 

“Contem sempre com nossa gestão. Vamos manter a luta em defesa desta universidade pública, popular e de todos e todas nós”, finalizou Bites. 

Após também agradecer aos diretores em conclusão de mandato, o vice-reitor Marcelo Ávila conclamou os gestores empossados “a sermos uma unidade de gestão coesa, uma equipe forte, para vencermos os obstáculos que se colocarão diante de nós”.

“Temos uma crise política e econômica no país que está nos desafiando. A UNEB precisa avançar de forma consistente, sem perder a qualidade e a excelência já conquistadas em seus diversos setores e dimensões”, salientou Marcelo.

O vice-reitor concluiu parabenizando “os novos diretores e diretoras que se dispuseram a abraçar esse grandioso desafio, neste momento em que precisamos de criatividade e coragem para defender a educação pública, gratuita e de qualidade”.

Fotos: Cindi Rios/Ascom   

Vice-reitor da UNEB participa da cerimônia de posse da nova Reitoria da Uesb

Vice-reitor da UNEB, Marcelo Ávila representou professor Bites na cerimônia, que contou os demais reitores das estaduais

Na noite da última sexta-feira (15), os professores Luiz Otávio de Magalhães e Marcos Henrique Fernandes foram empossados para os cargos de reitor e vice-reitor, respectivamente, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

A cerimônia, realizada no Teatro Glauber Rocha, no Campus de Vitória da Conquista, contou com a participação do vice-reitor da UNEB, Marcelo Ávila, que representou o reitor José Bites de Carvalho.

Também prestigiaram o evento a reitora da Uesc, Adélia Maria Carvalho Pinheiro, e o presidente do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia e reitor da Uefs, Evandro do Nascimento Silva; além de integrantes da comunidade acadêmica, representantes de diversas instituições do estado, autoridades dos poderes executivo, legislativo e judiciário e membros da sociedade civil.

A solenidade foi presidida pelo subsecretário de Educação do Estado da Bahia, Nildon Pitombo, que destacou a importância das universidades estaduais para a formação, em seus múltiplos entendimentos, nos territórios do estado.

“A universidade não tem o papel de formar só técnicos e profissionais. Mais do que isso, ela aciona um mecanismo gigantesco de confirmar entendimentos, ajudar compreensões, melhorar a qualidade de perfil técnico, de geração de empregos, de produção de renda. E a gente sabe dessa importância e tem clareza que tem que apoiar permanentemente esse processo das universidades estaduais”, ressaltou Pitombo.

A nova gestão foi empossada para o quadriênio 2018-2022. A solenidade contou ainda com apresentações musicais e a presença de servidores, professores e estudantes dos três campi da Uesb.

*Com informações e fotos da Ascom/Uesb

CRES 2018 inicia reafirmando educação superior como bem social, direito humano e dever do estado

No palco, bandeiras de países da América Latina e do Caribe lado a lado. E a diversidade não é por acaso. Elas representam a união das nações em defesa de uma causa única: a Educação Superior como um bem social, um direito humano e um dever do estado – tônica da Conferência Regional de Ensino Superior. Em 2018, a Cres chega a sua terceira edição reunindo 10 mil pessoas, de 40 países, em Córdoba, na Argentina.

Até sexta-feira (15), gestores, pesquisadores, professores e estudantes discutirão sete eixos temáticos que resultarão em estratégias conjuntas que deverão ser adotadas pelos países da região no sentido de garantir o acesso à universidade pelos membros das sociedades latino-americanas e caribenhas. “Primeiro, temos que assumir que somos diversos e também muito assimétricos. Somos muito desiguais. Então, a ideia é ouvir não só as universidades que têm prestígio, mas trazer todas as demais instituições que estão no sistema e que tem problema de qualidade, de reconhecimento, de legitimidade. A Conferência tem que buscar, de alguma maneira, a conversação entre as instituições e os governos para que os desenhos de políticas deem conta dessa situação e para que possamos enfrentá-la – as universidades em conjunto com a sociedade”, defende o diretor do Iesalc (Instituto Internacional para a Educação Superior na América Latina e Caribe), Pedro Henriquez Guajardo.

A Cres é realizada pelo Iesalc, braço latino-americano da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, como preparação para a Conferência Mundial da Educação que será realizada em 2021, pela Organização das Nações Unidas (ONU), na França. Para a ex-diretora do Iesalc Unesco, professora Ana Lúcia Almeida Gazzola, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), essa edição da Conferência deve ressignificar as ações do dois encontros anteriores – realizados em 1996, em Cuba, e em 2008, na Colômbia -, tendo em vista que as mudanças positivas e negativas ocorridas no período no cenário da Educação Superior.

“Temos como pontos negativos o aumento dos processos de mercantilização da educação superior, de uma privatização desregulada e, também, a circulação de cursos e projetos da educação superior online, que terminam por serem produtos acéticos, que não têm relação com as raízes, pensamentos e expectativas de cada local. Nesse aspecto houve um retrocesso ou um agravamento das condições de 2008. Mas, por outro lado, a integração regional cresceu – tanto através de enlaces, como através das redes de universidades e das associações de universidades, como no Brasil a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e a Abruem (Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais). Isso cresceu, avançou e eu acho que essa acolhida da convocação para essa Conferência Regional expressa exatamente esse crescimento em articulação e em integração regional”, afirma.

Para o presidente da Abruem e reitor da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), Aldo Nelson Bona, o debate proposto pela Cres ocorre num momento de grandes desafios para as universidades da América Latina e do Caribe, e em especial do Brail. “O desafio do financiamento, mas também do ponto de vista do questionamento de sua função, do seu papel social. Então, estar nesse encontro, promovendo um debate sobre os rumos da educação superior no continente, sem dúvida nenhuma, é de fundamental importância e o o grande número de participantes chama a atenção. Por isso, os resultados que sairão daqui serão válidos, sem dúvida nenhuma”.

A Abruem, nessa edição da Cres, tem a participação de representantes de nove instituições de ensino superior afiliadas: Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), UEL (Universidade Estadual de Londrina), Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), Unespar (Universidade Estadual do Paraná), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) e Unioeôste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná).

Nessa terça, o presidente da Abruem, reitor Aldo Bona é um dos conferencistas do painel “Políticas Públicas de Educação Superior da América Latina e Caribe”. A Associação tem ainda representes nas mesas “Acesso aberto e democratização do conhecimento”, “Inovação tecnológica e desenvolvimento sócio-produtivo”, “Educação Superior e cooperação multilateral”, “Educação Superior e meios de comunicação” – respectivamente os reitores Marcus Tomasi, da Udesc; Marcelo Knobel, da Unicamp; o vice-reitor da Unespar, Sidney Kempa; e o chefe de gabinete da Unicentro, professor Marcio Fernandes.

No fim do dia, os presidentes da Abruem e da RUP (Rede de Universidades Provinciais da Argentina), Aldo Bona e Hernan Vigier, assinam um convênio de ampla cooperação entre as associações.

Foto (home): Ascom/Abruem

CONSU aprova Programa de Atenção à Saúde, amplia bolsa-auxílio estudantil e avança no processo estatuinte

As duas câmaras que compõem o Conselho Universitário deliberaram sobre extensa pauta. Fotos: Toni Vasconcelos/Ascom

Criação dos programas de Atenção à Saúde e de Editoração e Publicação de Periódicos Científicos. Aprovação do cronograma da eleição direta para diretor de departamento. Ampliação da bolsa-auxílio complementar para discentes. Constituição da comissão paritária para elaborar a metodologia e regimento da Estatuinte.

Apesar do seu alcance e pioneirismo na universidade, esses foram apenas alguns itens deliberados pelo Conselho Universitário (Consu) da UNEB em seu primeiro encontro deste ano, que se realizou no Hotel Vilamar, em Salvador, dividido em duas sessões: ordinária, no dia 21 de março, que foi suspensa devido ao blecaute nas regiões Nordeste e Norte do país; e extraordinária, no último dia 17. Mais de 40 conselheiros participaram das sessões.

Aprovado por unanimidade, o Programa de Atenção à Saúde da UNEB, embora franqueado a toda a comunidade acadêmica, destina-se principalmente ao atendimento de estudantes nos campi do interior do estado, segmento com maior dificuldade de acesso a esse serviço.

O reitor José Bites de Carvalho, presidente do Consu, adiantou que a gestão universitária já reservou dotação orçamentária para o novo programa este ano.

Entre as resoluções ad referendum homologadas pelos conselheiros, está a ampliação dos quantitativos da bolsa-auxílio complementar para estudantes – passam a ser dez parcelas de R$ 300, igual valor da bolsa-auxílio do estado – e da bolsa de iniciação científica (Picin) – aumento de 210 para 251 bolsas.

Também foram homologados o Plano de Desenvolvimento Institucional da UNEB (PDI 2017–2021), principal instrumento de planejamento da universidade para esse período, e a criação do curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado) em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras, vinculado à Unidade Acadêmica de Educação à Distância (Unead) da instituição.

Estatuinte e eleição nos departamentos

Outra importante deliberação do Consu foi a constituição da comissão responsável pela elaboração da metodologia e regimento interno da Estatuinte da UNEB – instância que promoverá a reformulação do Estatuto da universidade, documento que define a estrutura organizacional e o funcionamento geral da instituição.

Os conselheiros decidiram por uma comissão paritária em relação aos três segmentos da comunidade acadêmica, com a seguinte composição: sete docentes, sete técnicos administrativos e sete estudantes, e mais dois membros de cada segmento escolhidos pelo Consu, totalizando 27 integrantes.

Ficou definido que, entre os membros escolhidos de cada segmento, deverão constar representantes dos campi e departamentos do interior.

A comissão paritária deve apresentar proposta de metodologia e regimento na próxima reunião do Consu, prevista para 14 de junho, para deliberação.

O cronograma da eleição direta para o cargo de diretor de departamento no biênio 2018–2020 foi homologado também pelos conselheiros. O período de campanha foi estabelecido de 20 de abril a 4 de maio, com a votação ocorrendo no dia 9 de maio (exceto no campus de Teixeira de Freitas, que será no dia seguinte (10) por força de feriado municipal na véspera). Segundo o cronograma eleitoral, a homologação pelo Consu do resultado das urnas, após prazos de recurso, acontecerá no dia 7 de junho.

O Conselho também definiu nova constituição da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UNEB, instância de grande relevância para o próximo processo de recredenciamento da universidade. Essa comissão central (haverá as comissões setoriais em cada departamento/campus) tem agora composição paritária de sete membros, sendo dois de cada segmento da comunidade acadêmica e um da sociedade civil.

Concurso, seleção e contingenciamento

Reitor e vice-reitor coordenaram as sessões

Na coordenação da mesa do Conselho, o reitor José Bites e o vice-reitor Marcelo Ávila atualizaram os conselheiros sobre outros temas prioritários da gestão, a exemplo da realização de novo concurso público para analistas e técnicos universitários.

“Estamos conversando constantemente com o governo do estado. A previsão da Saeb (Secretaria da Administração) é de colocar nosso pleito na pauta do Cope (Conselho de Política de Recursos Humanos) agora em maio. Será um concurso exclusivamente para atender as demandas de pessoal dos departamentos da UNEB, além de vagas para o Sistema de Bibliotecas (Sisb) da universidade”, explicou o reitor.

Os gestores informaram que novo concurso público para professores somente será realizado quando o governo autorizar os processos de promoção docente que a universidade encaminhou à Saeb.

Como medida emergencial, a UNEB está contratando temporariamente, desde o começo do ano, cerca de 200 professores para atender a oferta de componentes curriculares nos 29 departamentos.

“Todos as medidas e esforços possíveis estão sendo adotados pela gestão universitária para a universidade continuar em funcionamento normal, mas estamos vivendo um contingenciamento de 40% em nosso orçamento deste ano. Em temos de investimento, esse percentual é ainda maior”, disse Bites.

Nesse encontro do Consu, o reitor foi empossado como presidente do Conselho por um membro do quadro técnico administrativo da universidade, a conselheira Ananete Sampaio (em seu primeiro mandato à frente da Reitoria, em 2014, Bites também foi empossado no Consu por uma servidora técnica).         

Após escolhidos pelos respectivos membros, tomaram posse também os novos presidentes e vice-presidentes das duas câmaras que compõem o Consu: na Câmara para Assuntos de Legislação e Normas (CLN), foram eleitas as conselheiras Adriana Marmori (presidente) e Dayse Lago (vice); e na Câmara para Assuntos de Administração (CAD), os conselheiros Jean Santos (presidente) e Rosane Vieira (vice).

Também foram assuntos abordados durante o encontro o processo de implantação do orçamento participativo na UNEB, a participação da instituição no recente Fórum Social Mundial e as homenagens aos 35 anos da universidade, a serem comemorados no mês de junho.

A pedido da conselheira Maeve Mascarenhas, os conselheiros fizeram um minuto de silêncio em homenagem póstuma à vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro.

COMPROMISSO: em 2018, UNEB já contratou 37 professores e está selecionando 163 novos docentes

Referendada por larga maioria da comunidade acadêmica na eleição de outubro passado, a gestão universitária não deu trégua aos esforços para a contratação de novos docentes e, assim, assegurar a oferta de componentes curriculares em todos os campi da instituição este ano.

De janeiro até o momento, a universidade já contratou 37 professores e está selecionando outros 163 docentes, totalizando 200 novos profissionais em sala de aula nos 29 departamentos.

Segundo dados da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da UNEB, dos 37 docentes já contratados, 33 foram designados de cinco seleções públicas para professor substituto realizadas pela instituição nos últimos anos, todas ainda dentro do prazo legal de validade, a saber: editais 019/2014 (quatro professores designados), 103/2015 (12), 093/2016 (12), 006/2017 (um), 006/2018 (quatro); um docente é visitante; e os outros três foram convocados do concurso público aberto pela universidade em 2016 (Edital 103/2016), específico para o Departamento de Ciências da Vida (DCV), no Campus I.

E estão em andamento duas novas seleções públicas para professor substituto  — inscrições abertas de amanhã (27) a 5 de abril —, que perfazem um total de 163 vagas distribuídas em 23 campi da instituição.

“Estamos determinados a buscar atender as demandas por professor de todos os componentes curriculares ofertados este ano nos departamentos da capital e do interior, a fim de garantir a qualidade do ensino em todos os nossos cursos. Entendemos que esse é um direito fundamental dos nossos discentes e um dos compromissos prioritários da gestão central e setorial da universidade”, avaliou o reitor da UNEB, José Bites de Carvalho.

O reitor assegurou também que, embora a universidade esteja realizando emergencialmente contratações docentes por tempo determinado, a gestão continuará empenhada em conseguir autorização do governo do estado para a abertura de novos concursos públicos: “A solução definitiva da falta de professores está no concurso público. Continuaremos negociando com o governo, apesar do atual cenário geral de restrições orçamentárias”.

De acordo com a pró-reitora Lilian Encarnação Conceição (PGDP), as vagas de docentes constantes dos editais de seleção abertos foram definidas atendendo demandas dos colegiados de curso e diretorias de departamento.

Imagem: Anderson Freire/Ascom

CAPES RECOMENDA: UNEB conquista dois novos mestrados, em Serrinha e Salvador

A comunidade acadêmica começa o ano letivo com uma almejada notícia. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) recomendou dois novos cursos de pós-graduação stricto sensu da UNEB.

O mestrado profissional em Intervenção Educativa e Social será sediado no Campus XI, em Serrinha, e o mestrado acadêmico em Ciências Farmacêuticas no Campus I, em Salvador.

Os projetos dos cursos foram encaminhados para avaliação da Capes em 2016 e a recomendação foi publicada agora, no final de fevereiro, atendendo recursos da universidade (veja ofícios aqui e aqui).

Prioridades da gestão universitária, a ampliação e interiorização da oferta de pós-graduação são consideradas estratégicas para assegurar o próximo recredenciamento da UNEB pelo Conselho Estadual de Educação (CEE).

“Desde o mandato anterior, temos investido fortemente na pós-graduação, de forma responsável e consistente, com a crescente oferta de cursos de qualidade em áreas diversas e em vários campi, inclusive nas modalidade interinstitucional e interdepartamental. Com isso, estamos garantindo a qualificação da nossa universidade e oportunidade de melhor titulação aos nossos docentes e técnicos administrativos”, comemorou o reitor da UNEB, José Bites.

A notícia foi também aplaudida na Secretaria estadual da Educação. Na avaliação do subsecretário da SEC, Nildon Pitombo, esses novos programas stricto sensu “refletem a maturidade das nossas universidades estaduais, que vêm organizando os processos acadêmicos de produção de conhecimentos pela via da pós-graduação”.

“Parabéns à UNEB. Esses avanços também capacitam o estado para cumprir as metas do Plano Estadual de Educação no que concerne ao quantitativo de mestres e doutores”, enfatizou Nildon.

Citando também os esforços das gestões central e setorial da UNEB para a interiorização desses programas, a pró-reitora de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG), Tania Hetkowski, destacou o apoio à formação continuada de pesquisadores, educadores e profissionais comprometidos com o desenvolvimento educacional, humano, social e cultural da população baiana.

“Conquistas como essas demonstram a importância das políticas públicas de pós-graduação na UNEB, bem como de planejamentos estratégicos para ampliar a interiorização e consolidar esta universidade multicampi como um centro de referência de pesquisa, de tecnologia, de  inovação e de formação continuada”, acrescentou Tania.

Pioneiro no Território do Sisal 

O mestrado profissional em Intervenção Educativa e Social da UNEB é a primeira pós-graduação “genuinamente sisaleira e socialmente referenciada no Território do Sisal”, como informa o diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XI, Jean Santos.

Segundo o diretor, o programa, que tem caráter interdisciplinar, será implantado já este ano, “em um contexto em que precisamos reafirmar o papel da educação como princípio fundante da resistência, da transformação social e manutenção da democracia”.

“A chegada desse mestrado nos anima por estarmos dando conta de algumas dimensões concretas do ensino superior na Bahia, a exemplo da interiorização e da internacionalização da pós-graduação stricto sensu da UNEB. Com isso, dialogamos diretamente com as metas do plano de gestão da administração central da universidade, assim como concretizamos alguns dos compromissos desta atual gestão do DEDC. E o novo mestrado também vem elevar Serrinha a um polo de desenvolvimento regional no tocante à educação”, pontuou Jean.

O Programa de Mestrado Profissional em Intervenção Educativa e Social (MPIES) do Campus XI tem a coordenação da docente Sandra Célia Coelho, que também atua na Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB.

“Esse é o primeiro curso de pós-graduação stricto sensu que traz como característica a internacionalização, referendada pela interlocução com a Serint e a colaboração de professores de universidades portuguesas”, salientou Sandra.

De acordo com a coordenadora, os profissionais formados pelo curso estarão habilitados a intervir em situações em que haja necessidades preventivas ou remediativas em termos dos padrões de desenvolvimento humano e social, assegurando condições para se atingirem estágios de bem-estar e qualidade de vida.

Para a ex-diretora do departamento do campus de Serrinha Elivânia Andrade, atual pró-reitora de Assistência Estudantil (Praes), a implantação do mestrado profissional, “além de fortalecer o processo de interiorização da pós-graduação no Território do Sisal, vai contribuir para o estudo e pesquisa em um contexto que está sempre pautando questões socioculturais tão diversas e peculiares como o da região sisaleira”.

Pioneiro na área de saúde

Já o mestrado acadêmico em Ciências Farmacêuticas, além de ser o primeiro curso stricto sensu a ser ofertado pelo Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I, é pioneiro na área de saúde da universidade – “um marco histórico, científico, acadêmico e social para a UNEB”, conforme observou o professor Aníbal de Freitas, coordenador do programa.

A proposta do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UNEB visa a valorização dos recursos naturais oriundos dos territórios de identidade do estado. “O PPGFarma vai formar recursos humanos para atuar nas áreas acadêmica e de pesquisa e também para o setor empresarial farmacêutico e de saúde em geral, além do setor químico e outros, carentes em profissionais qualificados, particularmente em áreas de pesquisa e desenvolvimento”, informou Aníbal.

Dispondo inicialmente de uma linha de pesquisa – Prospecção, análise biológica e clínica de fármacos e produtos naturais –, o PPGFarma conta com um corpo docente com formação em Farmácia, Química, Medicina, Biologia e Fisioterapia tanto da UNEB como de outras instituições.

Entre os parceiros que contribuíram para a recomendação do programa pela Capes, o coordenador cita a Bahiafarma, Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped), Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e Programa de Pós-Graduação em Química Aplicada (PGQA) da UNEB.

O edital de seleção para a primeira turma do novo mestrado está previsto para segundo semestre deste ano.

Imagens: Anderson Freire (home) e Marina Marques (acima)/Ascom